O PT e uma sensação que as pesquisas não medem
22 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindapor Luiz Carlos Azenha no Viomundo
Numa recente palestra na França, aquela em que, ao cobrir, a Folha tirou do contexto palavras do ex-presidente, Lula fez uma declaração de deixar a esquerda brasileira arrepiada, sobre o que ele vê como objetivos do trabalhador (a) brasileiro (a), quiçá mundial: um homem/mulher bonito (a) para casar, uma casinha, um carrinho e um computador/ipad/ipod.
Dado o tom descontraído em que foi feita a declaração, não devemos levá-la ao pé da letra. Porém, fica clara a dimensão material da “ideologia” do lulismo. Lula não se referiu no discurso à necessidade de conquistar o poder para atender àqueles objetivos que havia elencado, talvez um cacoete dos que não querem deixar o jogo muito explícito diante do adversário de classe. Mas ficou subentendido, já que quem discursava era um ex-presidente de dois mandatos.
Lula fez o nome no estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo.
Por obrigação de ofício, conheci a cidade operária nos anos 80. Não propriamente nas grandes greves do ABC, nem na história subsequente do Partido dos Trabalhadores. Eu era um repórter de TV iniciante, na TV Globo de Bauru, e vinha a São Paulo cobrir férias de outros repórteres.
Depois que os metalúrgicos inventaram “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, a emissora deixou de enviar repórteres mais graduados para cobrir os eventos no ABC. Sofreram os de escalão médio, que nos contavam histórias passadas. Eu era peão. Fui lá em outras circunstâncias, gravar o Globo Cidade, boletim sobre problemas comunitários.
Estive lá outras vezes, mas neste sábado passei algumas horas em São Bernardo por conta do jogo entre o time local e o Santos, na abertura do Campeonato Paulista.
Lula estava em seu camarote com dona Marisa e cartolas, o que diz muito sobre como o Brasil mudou nos últimos 30 anos. Havemos de concordar que boa parte das mudanças se deveu ao Partido dos Trabalhadores, com seus erros e acertos, virtudes e defeitos.
A mídia corporativa, fiel aos ditames neoliberais do PSDB, mesmo sem querer contribuiu muito com o PT: o partido que ocupa o Planalto há dez anos, que administra estados e centenas de prefeituras, nunca sentiu-se confortavelmente no poder, por conta das críticas diárias e muitas vezes injustas.
E isso, de certa forma, faz bem, já que suscita os debates internos que podem levar o partido a avançar. Ou não.
O fato é que o estádio da Vila Euclides, hoje Estádio Primeiro de Maio, está um brinco. São Bernardo passou por uma transformação completa. A cidade operária é hoje uma cidade de classe média.
Cerca de 15 mil pessoas no estádio e eu, com um amigo, no meio da torcida do Bernô.
Gente de todo tipo, como a gente sempre encontra nas arquibancadas de um estádio.
Muitos superlativos: “O presidente tá aí hoje” (em São Bernardo, Lula não é ex); “tá na SporTv, tem gente do mundo inteiro olhando”; “o Samuel vai acabar com o Neymar”.
Todas as jogadas em que o craque do Santos se aproximava da lateral, as pessoas corriam com os celulares para fotografar (a caminho do Ipad, diria Lula).
Na arquibancada, dezenas de meninos com o corte de cabelo e os brincos do Neymar, não por serem santistas, mas porque Neymar é um produto de seu tempo (e, lembrem-se, ascendeu na vida).
As crianças ao meu lado eram de uma família muito, muito simples.
Estavam todas claramente encantadas com o espetáculo, desde os fogos de artifício da abertura até as malandragens do Neymar. Os pais complementaram a festa com salgadinhos e refrigerantes. Nem a chuva os espantou: a família comprou capas para todos, a 5 reais a unidade.
Apesar da derrota, sairam todos alegríssimos do estádio pelo simples fato de terem participado.
Quem conhece o Brasil, sabe que isso nem sempre foi possível.
Nas minhas viagens pelo país, sempre me encanta ver a alegria espontânea de quem antes não podia e hoje pode. Comprar carne, andar de avião, comprar celular com três chips (para escapar das tarifas altíssimas entre operadoras), comprar a Honda Biz ou Pop.
Fico fascinado especialmente pela liberdade geográfica: quem antes não podia sair de sua região, hoje pode. De moto ou de avião. O cara que economizava na passagem de ônibus hoje vai ao Ibirapuera com a família, aos domingos. Quando o bilhete único do Haddad estrear, preparem-se: o que o cara antes gastava no transporte vai bombar o comércio e o lazer.
O Merval provavelmente se arrepia com tudo isso, mas o fato é que desconhecer estes acontecimentos, em si, turva as análises políticas que ele produz. Estamos falando de algo que escapa ao Ibope ou ao Datafolha.
Por mais que a gente despreze esta ascensão material, ela se traduz também numa sensação de pertencimento que nenhuma pesquisa de opinião é capaz de medir.
Pertencimento equivale, sem ser, a uma libertação de classe.
Faz alguns anos fui ao Quênia fazer uma reportagem sobre a família de Barack Obama.
Ficamos em um hotel de Kisumu, na margem do lago Vitória.
Num momento de folga, fui ao bar do hotel, o mais chique da cidade. Fiquei de papo com o barman. A certa altura ele me contou que até hoje recebia visita de gente vinda dos confins do interior queniano. Aquele hotel tinha sido famoso durante o colonialismo britânico e era segregado, ou seja, exclusivo dos brancos. Tinha a primeira piscina de Kisumu, onde negros não se banhavam.
Alguns visitantes, segundo ele, não consumiam absolutamente nada: vinham para ter certeza de que, agora, podiam entrar. Vinham, olhavam e iam embora, provavelmente concluindo que, sim, os tempos tinham mudado.
Era a certeza de que agora pertenciam. Tinha a sensação, ainda que falsa, de que estavam plenamente integrados à sociedade.
Dividiam os ídolos (o zagueiro Samuel), os líderes (o Lula vem ao estádio comigo), os bens físicos (eu também posso ser explorado por preços caríssimos de refrigerantes) e imateriais (vou botar a foto do Neymar no Face e tirar uma onda desse moleque folgado que eu só via na Globo).
O grande problema da oposição brasileira é que, gostem ou não do PT, o partido está associado a estasensação compartilhada hoje por milhões de brasileiros.
Colocado de forma simples, o PT pode até ser aquele homem (mulher) feio (a), mas foi o único (a) que, no baile, me tirou para dançar.
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O neoliberalismo está acabado? Pense bem antes de responder
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaNo Carta Maior
Observando, atônito, as lições desaprendidas na Grã-Bretanha, na Europa e nos Estados Unidos, me chama a atenção que toda a estrutura do pensamento neoliberal seja uma fraude. As demandas dos ultra-ricos se vestiram de teoria econômica sofisticada e foram aplicadas independentemente de seu resultado. O completo fracasso desta experiência em escala mundial não é impedimento para que se repita. Isto não tem nada a ver com a economia. Tem absolutamente a ver com o poder. A análise é de George Montbiot, do The Guardian
George Montbiot* – The Guardian
Isto não é consequência do azar. O aumento das fortunas dos super-ricos é resultado direto de medidas políticas. Aqui vão algumas: a redução das taxas de impostos e da ação fiscal; a negativa dos Estados em recuperar uma porção dos ingressos procedentes dos minerais e da terra; a privatização de ativos públicos e a criação de uma economia de cabines de pedágio; a liberalização salarial e a destruição da negociação coletiva.
As medidas políticas que fizeram tão ricos os monarcas globais são aquelas medidas que estão espremendo todos os demais. Não é isto o que a teoria previa. Friedrich Hayek, Milton Friedman e seus discípulos – em mil escolas de negócios, o FMI, o Banco Mundial, a OCDE e mais ou menos todos os governos modernos – argumentaram que quanto menos os Estados acionem fiscalmente os ricos, menos defendam os trabalhadores e redistribuam a riqueza, mais próspero será todo o mundo. Toda tentativa de reduzir a desigualdade iria ferir a eficiência do mercado, impedindo que a maré ascendente elevasse todos os barcos [2]. Seus apóstolos levaram a cabo uma experiência global durante 30 anos e os resultados estão hoje à vista. Fracasso total.
Antes de continuar, deveria esclarecer que não acredito que o crescimento econômico perpétuo seja sustentável ou desejável [3]. Mas se o objetivo é o crescimento – um objetivo que todo governo diz perseguir –, não se pode organizar maior desatino no tocante a isso que liberando os super-ricos das restrições estabelecidas pela democracia.
O relatório anual do ano passado da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) deveria haver suposto um atestado de óbito do modelo neoliberal desenvolvido por Hayek, Friedman e seus discípulos [4]. Mostra, inequivocamente, que suas políticas conseguiram resultados opostos aos que previam. Na medida em que essas políticas (cortar impostos aos ricos, privatizar ativos do Estado, desregular o mercado de trabalho, reduzir a seguridade social) começavam a dar dentadas, dos anos 80 em diante, também passaram a cair as taxas de crescimento e a aumentar o desemprego.
O notável crescimento dos países ricos durante as décadas de 50, 60 e 70 se fez possível graças à destruição da riqueza e do poder da elite, como resultado da Depressão e da II Guerra Mundial. Sua escalada outorgou, aos 99% restante, uma oportunidade sem precedentes de exigir tudo o que tal crescimento estimulou em redistribuição, gasto público e seguridade social.
O neoliberalismo foi uma tentativa de inverter o sentido destas reformas. Generosamente financiado por milionários, seus defensores tiveram um êxito assustador: no político [5]. No econômico, fracassaram.
Em todos os países da OCDE, os impostos se fizeram mais regressivos: os ricos pagam menos, os pobres pagam mais [6]. O resultado, sustentavam os neoliberais, seria que aumentariam a eficiência econômica e o investimento, enriquecendo todos. Aconteceu o contrário. Enquanto diminuíam os impostos aos ricos e às empresas, caiu a capacidade de gasto, tanto do Estado como da população mais pobre, e se contraiu a demanda. O resultado foi que caíram as taxas de investimento, em sintonia com as expectativas de crescimento das empresas [7].
Os neoliberais insistiram também em que a desigualdade irrestrita em ingressos e os salários flexíveis reduziriam o desemprego. Mas em todo o mundo rico, tanto a desigualdade como o desemprego dispararam [8]. O recente salto do desemprego na maioria dos países desenvolvidos – pior que o de qualquer recessão prévia das últimas três décadas – se viu precedido da cota em proporção dos salários no PIB mais baixa desde a II Guerra Mundial [9]. Explode em migalhas a teoria. Fracassou pela mesma razão evidente: os baixos salários deprimem a demanda, que deprime o emprego.
Conforme os salários se estancavam, as pessoas complementavam seus ingressos endividando-se. O aumento da dívida alimentou os bancos desregulados, com as consequências que todos somos conscientes. Quanto maior a desigualdade, descobre o relatório das Nações Unidas, menos estável é a economia e mais reduzidas suas taxas de crescimento. As medidas políticas com as quais os governos neoliberais tratam de reduzir seu déficit e estimular sua economia são contraproducentes.
A eminente redução no degrau superior do imposto sobre a renda no Reino Unido (de 50% a 45%) não suporá um impulso para os ingressos do Estado ou da empresa privada [10], mas enriquecerá os especuladores que fizeram vir abaixo a economia: o Goldman Sachs e outros bancos estão agora pensando em como aproveitar-se disso [11].
A lei de bem-estar social aprovada pelo Parlamento britânico na semana passada não ajudará a limpar o déficit ou estimular o emprego: reduzirá a demanda, suprimindo a recuperação econômica. O mesmo vale para o teto posto às remunerações do setor público. “Voltar a aprender algumas antigas lições sobre justiça e participação”, afirma a ONU, “é a única forma de acabar superando a crise e prosseguir por um caminho de desenvolvimento econômico sustentável” [12].
Como disse antes, não tenho favorito nesta corrida, salvo a crença de que ninguém, neste oceano de riquezas, deveria ser pobre. Mas observando, atônito, as lições desaprendidas na Grã-Bretanha, na Europa e nos Estados Unidos, me chama a atenção que toda a estrutura do pensamento neoliberal seja uma fraude. As demandas dos ultra-ricos se vestiram de teoria econômica sofisticada e foram aplicadas independentemente de seu resultado. O completo fracasso desta experiência em escala mundial não é impedimento para que se repita. Isto não tem nada a ver com a economia. Tem absolutamente a ver com o poder.
Notas:
[1] http://www.bloomberg.com/news/2013-01-01/billionaires-worth-1-9-trillion-seek-advantage-im-2013.html
[2] Milton Friedman e Rose Friedman, 1980, Free to Choose, Secker & Warburg, Londres [Libertad en elegir, Grijalbo, Barcelona, 1992].
[3] Para uma visão alternativa, veja-se Tim Jackson, 2009, Prosperity Without Growth [Prosperidad sin crecimiento, Icaria, Barcelona, 2011], Sustaintable Development Commission, http://www.sd-commission.org.uk/data/fiis/publications/prosperity_without_growth_report.pdf
[4] UNCTAD, 2012, Trade and Development Report: Policies for Inclusive and Balanced Growth,http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/tdr2012_en.pdf
[5] Veja-se David Harvey, 2005, A Brief History of Neoliberalism, Oxford University Press [Breve historia del neoliberalismo, Akal, Madrid, 2007].
[6] Informa a ONU: “O efeito conjunto destas mudanças na estrutura fiscal fez mais regressivos os impostos. Um exame das reformas fiscais dos países da OCDE não encontrou nenhum país no qual o sistema fiscal se tornou mais progressivo (Steinmo, 2003: 223)”, UNCTAD, 2012, como supra.
[7] “A redistribuição por meio de medidas fiscais pode, portanto, dar-se em interesse da sociedade em seu conjunto, especialmente ali onde a desigualdade é especialmente elevada, como em muitos países em desenvolvimento. Apoia isto a experiência dos países desenvolvidos, pois as taxas de investimento não eram mais baixas – mas geralmente mais altas – nas primeiras três décadas da época de pós-guerra, ainda que os impostos sobre benefícios e os níveis superiores eram mais elevados que depois das amplas reformas fiscais aplicadas posteriormente. Existem fortes razões para acreditar que a disponibilidade dos empresários em investir em uma nova capacidade produtiva não depende primordialmente dos benefícios líquidos em um determinado período de tempo, mas em suas expectativas com respeito à futura demanda de bens e serviços que podem produzir com capacidade adicional. Isto acaba sendo de especial importância quando se considera o efeito conjunto de um aumento dos impostos empresariais. Sempre e quando os ingressos fiscais mais elevados sejam utilizados para gasto adicional do Estado, melhorarão as expectativas das empresas de crescimento da demanda. Este efeito de demanda é independente de se os gastos adicionais do Estado adotam a forma de consumo do Estado, investimento público ou transferências sociais. Quando o nível do investimento fixo se mantém como resultado de expectativas de demanda favorável, subirão os benefícios brutos, e geralmente também os benefícios líquidos, não obstante o aumento inicial de impostos. Nesse processo, se criarão ingressos e emprego adicionais para a economia em seu conjunto”, UNCTAD, 2012, como supra.
[8] “A proposição de que uma maior flexibilidade do nível salarial agregado e dos salários médios mais baixos é necessária para impulsionar o emprego, pois conduz à substituição de trabalho por capital na economia em seu conjunto, pode ser refutada diretamente, dada a forte correlação positiva entre investimento na formação de capital fixo bruto (FCFB) e a criação de emprego que existe nos países desenvolvidos (gráfico 6.3). Esta correlação contradiz o modelo neoclássico: no mundo real, as empresas investem e desinvestem em capital e trabalho ao mesmo tempo, e o nível de seu investimento depende do estado conjunto de suas expectativas de demanda. Isto implica que, no contexto macroeconômico, capital e trabalho podem se considerar substitutos apenas em uma medida muito limitada”, UNCTAD, 2012, como supra.
[9] “Justamente antes do último e enorme salto do desemprego nos países desenvolvidos – de menos de 6% em 2007 a cerca de 9% em 2010-2011 – a proporção dos salários no conjunto do PIB havia caído a seu nível mais baixo registrado desde o final da II Guerra Mundial (ou seja, a 57%, de mais de 61% em 1980). Isto deveria supor um sinal de alerta. Se o desemprego cresce mais que durante qualquer outra recessão ocorrida nas últimas três décadas, ainda que a parte dos salários no PIB tenha baixado, deve haver algo fundamentalmente errado em uma teoria econômica que justifica o aumento da igualdade principalmente em termos da necessidade de atacar um desemprego persistente”, UNCTAD, 2012, como supra.
[10] Thomas Piketty, Emmanuel Saez e Stefanie Stantcheva calculam que o nível ótimo do degrau superior do imposto sobre a renda (para maximizar ingressos) se encontra entre 57 e 83%. Piketty, Saez e Stantcheva, 2011, Optimal taxatiom of top labor incomes: A tale of three elasticities, National Bureau of Economic Research, Cambridge, MA. http://www.nber.org/papers/w17616
[11] Patrick Jenkins, “Goldmam Eyes Tax Delay om UK Bonuses”, Financial Times, 14 de janeiro de 2013.
[12] UNCTAD, 2012, como supra.
*George Monbiot é um dos jornalistas ambientais britânicos mais respeitados, autor de livros como The Age of Consent: A Manifesto for a New World Order e Captive State: The Corporate Takeover of Britain, assim como de volumes de investigação e viagens como Poisoned Arrows, Amazon Watershed e No Man’s Land. Viveu por dois anos no Brasil cobrindo a região amazônica.
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Dois erros graves em charge sobre Lula da Folha de S. Paulo
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaA charge de Jean Galvão publicada na Folha de S. Paulo de hoje tem dois erros crassos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é defensor da autodeterminação dos povos, e nunca se intrometeu na política interna dos países. Além disso, o presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, conhece muito bem Lula, pois acha Lula “o cara” e “o político mais popular da Terra”. A Folha de S. Paulo já começou faz tempo a campanha para Aécio Neves (PSDB) presidente em 2014 e tem medo que ele leve uma lavada da presidenta Dilma Rousseff (PT).
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Charge: pelo financiamento público de campanha
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaFiled under: Política Tagged: financiamento público
Ducci: depois da calçada de granito, agora é a passarela em rua sem saída para Derosso
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaDepois de estourar o escândalo das calçadas de granito no Batel, um dos bairros mais ricos de Curitiba, agora outro absurdo da gestão do ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB): ele construiu uma passarela que liga a Rua Francisco Derosso até um centro poliesportivo no Xaxim, em uma rua sem saída.
Custou R$ 800 mil e foi construída por um pedido do ex-presidenta da Câmara Municipal, João Cláudio Derroso (ex-PSDB).
O atual presidente do Ippuc, Sérgio Pires, disse que não há nenhum critério técnico que justifique a obra.
Veja o vídeo da RPC/Globo, clique aqui.
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2014: Gleisi/?/Osmar Dias X Beto Richa/Ratinho Junior/Pessuti
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaQuase tudo definido para a eleição ao governo e senado no Paraná em 2014:
A Ministra da Casa Civil e senadora licenciada, Gleisi Hoffmann (PT), será a candidata ao governo do Estado, na chapa com Osmar Dias (PDT), candidato ao senado. Ainda falta a definição do vice de Gleisi, que pode ser do próprio PT ou de outro partido da base de apoio da presidenta Dilma Rousseff (PT). Apoiarão a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Do outro lado o candidato a reeleição será Beto Richa (PSDB), com Ratinho Junior (PSC) como seu vice (será Secretário de Desenvolvimento Urbano) já que pela idade ainda não poderá ser candidato ao senado. O candidato ao senado da chapa será o ex-vice governador, Orlando Pessuti (PMDB), que ganhou de presente a presidência da Sanepar. Apoiarão para a presidência o senador mineiro-carioca Aécio Neves (PSDB).
Centro-esquerda X centro-esquerda.
Por favor 2014, chega logo!
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II Encontro de Blogs, Redes Sociais e Cultura Digital do Paraná #2ParanáBlogs
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO 2º ParanáBlogs acontecerá entre os dias 12 e 14 de abril de 2013, na nova sede do Sismuc, em Curitiba. Já confirmaram presença:
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Ratinho Junior assume Secretaria de Beto Richa para ser seu vice
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO deputado federal Ratinho Junior (PSC), que sempre disse que não é nem de direita nem de esquerda, confessou que é de direita e assumirá a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo Beto Richa (PSDB). Em 2014 Ratinho pretende ser vice de Beto. A informação é que ele pretende adquirir experiência administrativa, já que apenas foi sonoplasta da empresa de seu pai.
Como é grande a chance de derrota em 2014 como vice de Beto, pretende novamente ser candidato contra Gustavo Fruet (PDT) em 2016, com apoio de toda a direita paranaense.
Por favor 2014, chega logo!
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Pessuti abraça governo Beto Richa e receberá salário de R$ 30 mil na Sanepar
21 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO ex-deputado estadual, ex-vice governador e governador por um reduzido período em 2010, Orlando Pessuti (PMDB), após fazer campanha contra Roberto Requião para a presidência do PMDB do Paraná em apoio ao deputado federal Osmar Serraglio, abraçou o governo neoliberal de Beto Richa (PSDB). Será o presidente da Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná, com salário de aproximadamente R$ 30 mil. Ocupava cargo no governo social da presidenta Dilma Rousseff (PT) e foi para um governo neoliberal.
Com isso, além de ganhar o salário polpudo, quer ser o candidato ao senado em 2014, na chapa de Beto Richa.
É impressionante. Como pode um dos deputados mais aguerridos contra a privatização da Copel, que Beto Richa apoiava, agora aderir com tanto amor ao governo de Carlos Alberto? Sua pequena gestão como governador recebeu críticas de Beto Richa. Como pode? Ideologia?
Por favor 2014, chega logo!
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Beto Richa investe quase metade do que Requião em infraestrutura escolar
20 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaNos dois anos do governo Beto Richa (PSDB) foi investido na infraestrutura escolar pela Secretaria de Estado da Educação – Seed bem menos do que a média dos valores aplicados no governo de Roberto Requião (PMDB), segundo a Gazeta do Povo.
Beto Richa investiu R$ 70,3 milhões por ano e Requião, entre 2007 e 2010, investiu na média anual R$ 130,1 milhões.
Por favor 2014, chega logo!
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Charge: ICI – Instituto Caixa-Preta de Informática
20 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda
A partir de hoje o Blog do Tarso vai contar com a charges do cartunista Lucas Fier. A estreia é sobre o ICI – Instituto Curitiba de Informática, uma associação privada que recebe milhões da prefeitura de Curitiba, mas não respeita a Lei de Acesso à Informação e não divulga os valores recebidos da prefeitura, o dinheiro que repassa para empresas privadas, o salário de seus dirigentes, entre outras informações de interesse público. O prefeito Gustavo Fruet (PDT) está tentando assumir o poder no ICI, já que foi eleito de forma democrática com a promessa de deixar o ICI mais transparente.
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Mirian Gonçalves: “Situação da prefeitura me surpreendeu muito”
20 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaMirian Gonçalves (PT), vice-prefeita de Curitiba
Por ANDERSON GONÇALVES na Gazeta do Povo de hoje
Não se pode negar que Mirian Gonçalves fez história ao tomar posse no dia 1.º de janeiro. Além de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-prefeita de Curitiba, garantiu ao PT uma participação inédita na administração da cidade. Passada a euforia da conquista, a advogada, que pela primeira vez ocupa um cargo eletivo, se deparou com a realidade que a aguardava na prefeitura. “A falta de organização e o atendimento estão muito piores do que eu imaginava”, avalia Mirian, que também ocupa o cargo de secretária municipal do Trabalho.
Nos primeiros dias da nova gestão, ela conta que tem atuado principalmente na ligação entre as várias secretarias e o prefeito Gustavo Fruet (PDT). Como principal representante petista na nova gestão, garante que o partido tem participado diretamente do planejamento do governo e rechaça as pressões sofridas à frente do Executivo. “Pressão existe, mas existe o ‘não’ também”, afirma. Acompanhe a entrevista concedida pela vice-prefeita à Gazeta do Povo:
Como vice-prefeita, qual tem sido seu papel nesses primeiros dias da nova administração?
Eu assumi, além da vice-prefeitura, o cargo de secretária do Trabalho e tenho procurado exercer com afinco as duas funções. Como vice, tenho participado de reuniões com boa parte dos secretários. Acompanhei a primeira reunião do comitê de gestão integrada, que será coordenado pelo prefeito para tratar da segurança pública. Vamos integrar o comitê de transparência e passaremos a atuar também na comissão que vai discutir o preço da passagem de ônibus. De alguma forma o nosso gabinete é responsável por uma interligação das secretarias com o prefeito, diante das várias demandas que acabam surgindo.
Qual o panorama encontrado na administração municipal?
A gente já sabia que haveria dívidas e, em alguns casos, uma situação precária em termos de estrutura. Mas devo dizer que a situação geral me surpreendeu muito. No caso da Secretaria do Trabalho, por exemplo, a falta de organização e o atendimento estão muito piores do que eu imaginava. Precisa de tudo e não tem sido muito diferente em outras áreas. A dívida do município é muito superior àquela que tinha sido informada, hoje estamos chegando a R$ 350 milhões, boa parte não provisionada. Daquilo que imaginávamos que poderia ser utilizado para investimentos ou nos programas da prefeitura, uma boa parte terá de ser usada para pagar dívidas.
E como lidar com esse quadro? Isso significa que o primeiro ano será mais de ajustes do que de realizações?
Não podemos simplesmente pagar as contas para depois fazer investimentos. A cidade não pode parar; as necessidades não param. É impossível simplesmente fazer um cronograma de dívidas e pagá-las, temos que pensar em investimentos e mudanças. Por isso vamos atuar nas duas frentes. Claro que, se tivéssemos mais recursos, as ações seriam desenvolvidas mais rapidamente. Mas não deixaremos de atuar como nos propusemos.
No dia da posse, foram apontadas quatro prioridades: saúde, educação, segurança e mobilidade. Como elas estão sendo trabalhadas?
Elas são prioridades, mas são transversais. Quando se pensa em mobilidade, estamos colocando várias coisas. Por exemplo, se o trabalhador pode ter um emprego próximo de onde mora, não precisa usar tanto o transporte público. Estou falando com uma visão mais a longo prazo, mas que precisa ser iniciada agora. Quando falamos de saúde, educação e segurança, estamos passando por todos os programas sociais. São os eixos fundamentais, mas que acabam sendo transversais.
E as chamadas “bombas- relógio” citadas pelo prefeito: passagem de ônibus, Urbs, ICI. Como a senhora tem acompanhado essas discussões?
Estou participando dessas discussões, das reuniões e acompanhando as decisões do prefeito. São assuntos difíceis, de tratamento delicado, mas para os quais certamente haverá uma atuação firme do governo.
Qual a responsabilidade de ser a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-prefeita da história de Curitiba?
Por muitos anos, nós mulheres temos tentado abrir espaço nesse mundo que até então era masculino. A eleição da presidente Dilma Rousseff trouxe reflexo em todos os níveis, tanto no poder público como na iniciativa privada. Temos características diferentes e é evidente que isso traz consequências. Acredito que a mulher é mais prática, mais executiva. Se tem que fazer, não deixa para depois. Nós temos um olhar para a pessoa: não é a casa que está sendo construída, é olhar para a família que vai morar lá. Nós defendemos uma abertura não só pelo fato de ser mulher, mas para ter chance de mostrar sua competência. Quando a Dilma foi candidata, houve uma reação inicial e depois ela se tornou uma das presidentes mais bem avaliadas da história. Foi necessário que alguém dissesse: “Uma mulher pode ser presidente”. Essa porta precisa ser aberta e eu devo trabalhar para isso.
Quanto ao PT, qual a participação do partido na administração?
Nós participamos não apenas com pessoas, mas com propostas para o governo. Não são apenas propostas centradas em alguns pontos, mas voltadas para a maneira de enxergar a sociedade, de enxergar a administração pública voltada para a sociedade. Nisso o PT tem experiência e defesa histórica, que certamente serão aproveitadas.
Existe algum tipo de pressão do partido para que essa participação seja maior?
Pressão sempre existe. As pessoas imaginam a administração pública de forma equivocada, que ela vai poder abrigar todos que colaboraram [na campanha eleitoral]. Mas a grande maioria das pessoas que estiveram conosco não vieram atrás de indicações. Vieram para fazer uma mudança, que inclui respeito a várias regras, entre elas a transparência. Pressão existe, mas existe o “não” também.
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Corinthians se prepara para contar com mais de um bilhão de torcedores
20 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaA atuação do jogador chinês do Corinthians, o atacante Zizao, em sua estreia como titular do timão, repercutiu em toda a imprensa da China. Zizao foi o responsável pela assistência no gol de Giovani, no empate de 1 a 1 com o Paulista, pelo Paulistão.
O melhor time do mundo se prepara para que os quase um bilhão e quatrocentos mil chineses torçam para o Bicampeão Mundial de Clubes pela FIFA (2000 e 2012). Vai faltar camisa.
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Só feras: presenças confirmadas no 2º Paraná Blogs
20 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO 2º ParanáBlogs acontecerá entre os dias 12 e 14 de abril de 2013, na nova sede do Sismuc, em Curitiba.
Já confirmaram presença:
Leonardo Boff |
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Marcos Lula |
Vito Gianotti |
Participe você também!!!
Fonte: Paraná Blogs
Incompetentes levam pibinho a 0,7%
20 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaAssim seria o título de capa de todos os jornais brasileiros caso fosse este o crescimento anual do Brasil em 2012.
Porém, como se trata do PIB da Alemanha, governada pela direitista Angela Merkel, nossos periódicos preferem manchetes como esta do Valor Econômico Alemanha minimiza contração do PIB
E como bem nos mostra o gráfico do respeitado jornal de negócios brasileiro, o país de Dona Merkel e que tais neoliberais, a dita locomotiva europeia, parece movida a força animal, longe daquela potência que se orgulha de produzir carros superesportivos e luxuosos, com centenas e centenas de cavalos-vapor, a tracionar um monte de metal com no máximo dois bípedes dentro...