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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

C tá pronto Gustavo!

28 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Maurício Fruet

Os perdedores e os vencedores das eleições 2012

28 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A eleição para prefeito e vereador em 2012 no Brasil teve vários vencedores e perdedores.

Sem dúvida o grande vencedor nacional das eleições foi o ex-presidente Lula, que elegeu o até então desconhecido para a massa, o ex-ministro da educação Fernando Haddad (PT) como prefeito de São Paulo. O PT foi o partido mais votado no Brasil no primeiro turno e elegeu prefeitos em várias grandes cidades do país.

É claro que a presidenta Dilma Housseff (PT) também foi uma vencedora, pois os candidatos de sua base de apoio também foram os grandes vencedores por todo o país. Dilma já havia sido a grande vencedora no primeiro turno em Curitiba. Os quatro primeiros colocados na eleição para prefeito de Curitiba são de partidos da base de apoio ao governo de Dilma (PSC, PDT, PSB e PMDB) e citaram positivamente a presidenta em suas campanhas.

No Paraná o grande derrotado foi o governador Beto Richa (PSDB), que elegeu poucos prefeitos se comparado com outros governadores e o seu PSDB não elegeu nenhum prefeito em grandes cidades do Estado. E claro, a derrota de Luciano Ducci (PSB) e de Ratinho Junior (PSC) comprometeram seu futuro político no Estado. Ele terá grandes dificuldades em se reeleger em 2014.

O senador Roberto Requião (PMDB) não ganhou nem perdeu em Curitiba. Seu candidato Rafael Greca (PMDB) fez um bom papel no primeiro turno com mais de 10% dos votos, mas ao apoiar Ratinho não pode ser considerado um vencedor em 2012. Mas vem com força para a campanha ao governo em 2014.

Ratinho Junior (PSC) se saiu vitorioso do primeiro turno mas “queimou a cara” no segundo turno, ao fazer uma campanha que não pegou bem entre os curitibanos. Mas Ratinho pode ser um candidato competitivo para o governo em 2014, com todo o seu dinheiro, a Rede Massa de seu pai e o apelo com seu discurso popularesco/conservador.

O Partido dos Trabalhadores cresceu no Paraná. Foi o partido mais votado no primeiro turno no Estado, teve enorme votação em Ponta Grossa, Cascavel e Maringá no segundo turno, elegeu a vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves e foi decisivo na eleição de Gustavo Fruet (PDT), o prefeito eleito de Curitiba.

O PSDB foi mal no Brasil, foi mal no Paraná, foi mal em Curitiba. Muitos já defendem que ele faça uma fuzão com o DEMO e com o PSB, para que os dois primeiros possam sobreviver.

Com o ótimo resultado do PT e seus aliados no Paraná, Gleisi Hoffmann desponta como uma das favoritas para a eleição ao governo em 2014, junto com Requião e o próprio Ratinho.

A eleição de 2014 já começou!


Filed under: Política Tagged: Eleições

Gustavo Fruet é eleito prefeito de Curitiba, que terá a primeira vice, Mirian Gonçalves

28 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Gustavo Fruet e sua vice Mirian Gonçalves. Foto: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) foi eleito prefeito de Curitiba neste domingo (28), com 60,65% (597.200 votos). Ratinho Junior (PSC) teve 39,35% (387.483 votos).

Ratinho teve 332.408 votos no primeiro turno (primeiro colocado) e conquistou apenas 55.075 votos no segundo turno.

A vice de Gustavo Fruet é Mirian Gonçalves, do Partido dos Trabalhadores, a primeira mulher vice de todos os tempos na cidade.

Fruet venceu em quase todas as regiões de Curitiba. Perdeu apenas em duas regiões do sul (São Miguel, CIC, Capão Raso, Xaxim, Sítio Cercado, Umbará, Pinheirinho, etc), onde Ratinho teve entre 52 e 53%. Nas regiões centrais e oeste foi onde Fruet teve a maior votação, entre 71 e 75% (Lamenha Pequena, Butiatuvinha, Santa Felicidade, Órleans, Santo Inácio, São Braz, Mossunguê, Batel, Mercês, Centro). Veja o mapa abaixo.

Fruet vai governar principalmente com o PDT, PT e PV, partidos da sua aliança, mas também fará a gestão com partidos e políticos que o apoiaram no segundo turno.

Mapa do G1


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Miriam Gonçalves

ObsCena: made in China

27 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Beto Richa

Jurídico do Boqueirão de Gustavo Fruet também atuante

27 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O Comitê Jurídico do Boqueirão de Gustavo Fruet (PDT) também está atuante hoje, como o do Bairro Novo. O professor e advogado Cristiano Dionísio e demais advogados do comitê acabaram com as placas irregulares do bairro.

 


Filed under: Direito, Política Tagged: Cristiano Dionísio, Gustavo Fruet, Ratinho Junior

Atuação do comitê jurídico do Bairro Novo de Gustavo Fruet desmonta comitê irregular

27 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Anderson Rodrigues Ferreira, Jorge Wilson Brandão Michalowski e mais três advogados voluntários do comitê do Bairro Novo desmontaram comitê irregular na frente ao Colégio Benedito João Cordeiro, no Bairro Novo. Vejam as fotos do antes e do depois.


Filed under: Direito, Política Tagged: Gustavo Fruet, Ratinho Junior

Enquete do Blog do Tarso: leitores querem Gustavo Fruet prefeito de Curitiba, com 73%

27 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A enquete do Blog do Tarso sobre o segundo turno das eleições para prefeito de Curitiba acabou e o resultado é Gustavo Fruet (PDT) com 72,79% (1324 votos) e Ratinho Junior (PSC) com 23,97% (436 votos), entre os leitores do Blog. Branco ou nulo tem 3,24% (59 votos).Total de 1.819 votos.

Se você for divulgar essa enquete, informe a seguinte frase prevista na Resolução nº 23.364 do Tribunal Superior Eleitoral, caso contrário você pode levar uma multa de R$ 53.205,00 a 106.410,00 da Justiça Eleitoral:

“Essa enquete não se trata de pesquisa eleitoral (prevista no art. 33 da Lei 9.504/97), e sim mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico para a sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.”

Aguardem a próxima enquete!


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet

Serra e o caos na saúde em SP

27 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Altamiro Borges

O tucano José Serra não sabe mais o que fazer para reverter os resultados desfavoráveis das pesquisas eleitorais. A ajuda da TV Globo, com o midiático julgamento do “mensalão”, aparentemente não surtiu o efeito desejado. Já o apoio do “pastor” Silas Malafaia foi um tiro no pé e assustou até os evangélicos. Desesperado, o eterno candidato do PSDB insiste no diversionismo mais grosseiro para atacar Fernando Haddad. Afirma que o petista demitirá milhares de profissionais das chamadas Organizações Sociais da Saúde (OSs).

A tática marqueteira é terrorista. Serra tenta vender a imagem de que a situação da saúde em São Paulo está ótima e que o seu rival vai implodir o setor. A realidade, porém, desmente esta manobra diversionista. Várias pesquisas apontam que os paulistanos reprovam os serviços prestados pela prefeitura nesta área tão sensível. Como Serra é Kassab e Kassab é Serra, o caos na saúde na capital paulista acaba tirando mais votos do tucano. A reprovação do prefeito, também neste quesito, acaba elevando o índice de rejeição de Serra.

Pesquisas confirmam as críticas
Pesquisas realizadas pelo Datafolha mostram que a saúde sempre foi considerada um dos principais problemas da metrópole. Só que a situação piorou muito nos últimos anos. Em 2008, segundo o instituto, 16% dos paulistanos apontaram o tema como prioritário – já numa pesquisa mais recente do mesmo Datafolha, este percentual saltou para 29%. Longas filas, ausência de médicos, atendimentos nos corredores e práticas discriminatórias nos hospitais, entre outros fatores, são apontadas como causas desta situação dramática.
Neste cenário, nada mais justo de que os candidatos à prefeitura da capital discutam com seriedade novas soluções para a saúde – não com as costumeiras baixarias do tucano. Isto torna obrigatório avaliar o desempenho das OSs. A ideia de repassar a saúde pública às entidades privadas surgiu no reinado neoliberal de FHC. Na época, em 1998, PT e PDT criticaram a privatização do setor e ingressaram com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), que até hoje não julgou o mérito da questão.
OSs mandam no setor na capital
Com o tempo, as OSs se alastraram por várias cidades – não apenas em São Paulo. Hoje elas dominam o setor na capital paulista. Com um orçamento de R$ 1,1 bilhão em 2011, elas detêm quase metade da receita da Secretaria Municipal da Saúde, administram 60% das suas unidades (238 de um total de 396) e realizam 75% dos atendimentos. A maior parte (52,7%) dos 79.017 funcionários da área da saúde é contratada por estas organizações privadas. Qualquer proposta de melhoria do setor terá que reavaliar o papel das OSs.
Do ponto de vista da sociedade, as OSs não convenceram. Pesquisa recente mostra que 60% dos paulistanos consideram ruim/péssimo o atendimento na saúde – em 2007, antes dos primeiros contratos com estas entidades privadas na capital paulista, o índice negativo era de 51%. Já para os movimentos sociais, a experiência das OSs é um desastre. Segundo Ângelo D’Agostini, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo (Sindsaúde), elas só agravaram o caos no setor, penalizando a população mais carente da cidade.
Rediscutir a privatização na saúde
Entre outros problemas, o sindicalista critica as práticas discriminatórias e elitistas destas organizações. “O contrato de gestão das OSs criou os hospitais de portas fechadas. O SAMU, inclusive, é orientado para não levar mais pessoas para estes hospitais”, explica. Para ele, “o nome Organização Social da Saúde é um nome fantasia para entidades privadas e sem fins lucrativos, o que é muito relativo. O Hospital Sírio Libanês, por exemplo, é uma entidade sem fins lucrativos, mas não quer dizer que não tenha hospitais particulares”.
Ângelo D’Agostini também afirma que as OSs representaram maior arrocho e precarização dos trabalhadores da saúde. “Como é uma entidade privada, não há necessidade de concurso público, não há critério de estabilidade no emprego, os salários são diferentes, os médicos correm atrás das maiores remunerações, mudam de entidades. Isso para o serviço de saúde é extremamente negativo”. Por estas e outras razões, o sindicalista defende que o novo prefeito de São Paulo rediscuta a parceira com as OSs. Nada mais justo!

Filed under: Política Tagged: José Serra, OS - Organizações Sociais

Claro que voto no Gustavo Fruet 12!

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

No primeiro e segundo turnos o Blog do Tarso divulgou o voto de várias personalidades, advogados, professores, líderes em seus segmentos e movimentos sociais.

Eu declaro que voto Gustavo Fruet 12, do PDT, cuja a vice é a também advogada Mirian Gonçalves (PT), com o PV também na aliança.

Fruet é o mais preparado e com condições de fazer uma Curitiba menos desigual e irá implementar as políticas sociais do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Wilson Ramos Filho (Xixo), João Bonifácio Cabral Junior, André Passos, Maicon Guedes, Cláudia Moreira, Tadeu Veneri, Nasser Ahmad Allan, Tania Mandarino, Mário Cândido, Emmanuel Appel, Cristiano Dionísio, Jaime José Bilek Iantas, Thea Tavares, Claudinho “Ahnão” Castro, Ludimar Rafanhim, José Affonso Dallegrave Neto, Marcelo Jugend, Gabriel Merheb Petrus, Márcia Magalhães, Márcio Kieller, Adriano Rima, Jaime Lerner, Felipe Braga Cortes, Anibelli Neto, Paulo Colnaghi, Thauana Prestes, Sergio Assel, Ivo Pugnaloni, Doutor Rosinha, Gleisi Hoffmann, Marina Silva, Paulo Bernardo, Rolf Koerner, Angelo Vanhoni, Jonny Stica, Sérgio Souza, Rodrigo Rocha Loures, Mauro Moraes, Beto Moraes, Pedro Paulo, Brizola Neto, Alexandre Padilha, Eduardo Suplicy, Cristovam Buarque, João Luiz Fiani, Regina Vogue, Nelson Rebelo “Oilman”, Débora Alcântara, Raul Alcântara, Guto Pasko, René Dotti, José Eduardo Martins Cardozo, Ivan Lins, Dilma Rousseff e Lula votam ou apoiam Gustavo Fruet 12.

Roberto Requião, Ademar Traiano, Marcelo Almeida, Guilherme de Salles Gonçalves, Maurício Ramos, Luis Forte Netto, Heron Arzua, Rui Pilotto, Marcos Domakoski, Manoel Coelho, Helio Amaral, Elza Campos, Ender Love, Luiz Manfredini, Borges dos Reis, Paulo Ferraz, Diego Nogueira, Fabio Camargo, Ricardo Ducci, Rafael Greca, André Feiges, Noêmia Rocha, Popó, Fernando e Sorocaba apoiam Ratinho, Ratinho, Silvio Santos, Fernando Francischini, Emerson Fukushima, Doático Santos, Alzimara Bacellar, Silas Malafaia, Chacon, Orlando Pessuti, Fernanda Richa, Edson do Parolin, Leonardo, Beto Richa, Minotouro e Minotauro votam ou apoiam votam ou apoiam Ratinho Junior 20, do PSC.

Avanilson Araujo e Bruno Meirinho votam nulo.


Filed under: Política Tagged: Blog do Tarso, Gustavo Fruet, Tarso Cabral Violin

Ibope: Gustavo Fruet 51% e Ratinho Junior 38%

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Conforme a segunda pesquisa do Ibope divulgada hoje, Gustavo Fruet (PDT) tem 58% e Ratinho Jr (PSC) 42%.

Realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, com 1.204 entrevistas, e margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Registrada no TRE/PR sob o número número PR-00720/2012.

Estimulada:

Gustavo Fruet (PDT) – 51%
Ratinho Jr. (PSC) – 38%
Branco/ Nulo – 7%
Indecisos – 4%


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Ratinho Junior

20h12, bate papo de Gustavo Fruet com eleitores no Twitcam

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Imagem da Twitcam que Gustavo Fruet fez no sábado, antes do primeiro turno

Hoje, 20h12, o Gustavo Fruet (PDT) fará um bate papo com os curitibanos via Twitcam. Perto do horário acesse o twitter do candidato https://twitter.com/gustavofruet, no qual será informado o link.


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet

Onde está o Ratinho?

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Ratinho Junior

Imagem do dia: Gustavo Fruet nos braços do povo

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet

Panfleto do PT critica parcerias na saúde

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Hoje na Folha de S. Paulo

Corrente minoritária do partido distribui material em que propõe fim de contratos com organizações sociais

Campanha do petista afirma que conteúdo dos folhetos não representa posição da campanha de Haddad

DE SÃO PAULO

Panfleto editado por uma corrente do PT pede votos para Fernando Haddad (PT) dizendo que, com ele eleito, haverá o “fim das organizações sociais” no sistema municipal de saúde de São Paulo.

O texto, é assinado por integrantes do diretório da sigla e tem data de 23 de outubro. Ele começa com uma convocação: “[Vamos] Levar o PT à prefeitura para salvar a saúde. Dia 28 votar 13 pelo fim das Organizações Sociais em São Paulo”.

O coordenador-geral da campanha de Haddad, Antonio Donato, diz que o texto foi produzido por uma corrente minoritária do PT que historicamente defende o fim das OSs. Ele afirma que o material não representa a posição da campanha nem a de Haddad, que tem dito que manterá as OSs.

“A vitória de Haddad do PT, derrotando o Serra do PSDB, é o caminho que o povo trabalhador da cidade tem para prosseguir e reforçar sua luta por serviços públicos, em particular da saúde”, diz o texto. Ele diz ainda que o PT já havia decidido pelo fim das OSs em junho deste ano.

“O encontro municipal do PT de São Paulo definiu a situação e decidiu: ‘A saúde está entregue ao setor privado, onde proliferam as organizações sociais. O governo do PT deve reverter essas privatizações. Os equipamentos e serviços de saúde devem ter gerência pública”, afirma.

A posição do PT sobre o tema foi trazida ao centro do debate eleitoral pelo adversário de Haddad, José Serra (PSDB). Com base num trecho do programa de governo do petista, Serra passou a afirmar que, se eleito, o rival irá acabar com as OSs.

Hoje, o sistema municipal de saúde mescla unidades administradas pela prefeitura e pelas OSs, entidades privadas sem fins lucrativos, como o Albert Einstein.

Serra defende as OSs e diz que, sem elas, o sistema entraria em colapso.

Após os ataques do rival, Haddad deu duas explicações sobre o tema. Primeiro, disse que faria concurso público nos hospitais geridos por OSs -o que contraria a lógica das organizações. Depois, que manteria o sistema atual, mas ampliaria a fiscalização. Ele acusou o Serra de fazer “terrorismo” com o tema.

O panfleto critica o recuo de Haddad. “É um equívoco achar que a situação pode melhorar com fiscalização”. “O sangue do PSDB tem a marca da privatização. (…) Com a vitória do PT podemos reverter essa situação.”

O texto termina dizendo que, Haddad eleito, é preciso mobilização para que ele “cumpra a decisão partidária de fim das OSs”.

Donato afirmou que não poderia proibir a corrente do partido de manifestar opinião. “Mas a posição deles não prevaleceu. Ela não expressa a decisão da campanha nem a de Haddad.”

Sindicalistas farão encontro pelo fim das OSs

FABIO LEITE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sindicatos ligados ao PT farão em novembro um encontro nacional para definir ações da campanha pelo fim das OSs (Organizações Sociais) no país.

O evento será no dia 24 em São Paulo e reunirá ativistas na área da saúde e militantes petistas.

Em 2011, um primeiro encontro em Florianópolis (SC) resultou num abaixo-assinado, com mais de dez mil adesões, entregue ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pedindo a revogação da lei federal que criou as OSs, em 1998.

Os organizadores são os mesmos que divulgaram panfleto pedindo voto no candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, “pelo fim das organizações sociais”. O grupo considera que a gestão de hospitais por OSs é a “privatização da saúde”.

“Nós queremos acabar com as organizações sociais e vamos tentar convencer o Haddad porque só ele pode mudar isso”, disse João Batista Gomes, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Municipal.

Haddad prometeu manter os contratos após José Serra (PSDB) dizer que ele iria rompê-los se eleito.


Filed under: Política Tagged: Fernando Haddad, Folha de S. Paulo, OS - Organizações Sociais

O destino do “in dubio pro reo”

26 de Outubro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Hoje na Folha de S. Paulo

ANTONIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA

TENDÊNCIAS/DEBATES

A jurisprudência do mensalão cria precedentes perigosos na segurança processual e nos direitos do acusado?

SIM

O destino do “in dubio pro reo”

Alvo de televisionamento, contendo o envolvimento de figuras proeminentes do mundo político, financeiro e publicitário. Colocado como um julgamento do comportamento ético de um partido político e dos seus governos. Posto como teste da imparcialidade do STF, pois a maioria dos seus integrantes foi nomeada pelos dois últimos governos. Envolvendo a sedimentada ideia de que no país as classes privilegiadas não são punidas.

O julgamento do chamado mensalão, com tudo isso, deixará marcas profundas no comportamento dos que operam o direito, como nos tribunais inferiores, e no próprio (in)consciente coletivo. Assim, certos aspectos de maior repercussão podem ser apontados, sem embargo de outros e dos efeitos do julgamento que só o futuro mostrará.

Para alguns ministros, nos crimes de difícil comprovação, o juiz não precisa de provas cabais, bastando indícios ou até a sua percepção pessoal para proferir uma condenação.

Em outras palavras, permite-se que o magistrado julgue por ouvir dizer, com base na verdade tida como sabida, mas não provada. Estará assim, na verdade, julgando com os sentidos e não com as provas.

É da tradição do direito penal dos povos civilizados a necessidade da certeza para uma condenação. Caso o juiz não tenha a convicção plena da responsabilidade do acusado, deverá absolve-lo. Trata-se do consagrado “in dubio pro reo” -na dúvida, absolve-se. Mais do que jurídica, essa máxima atende ao anseio natural de liberdade e de justiça. Não é justo punir-se com dúvida.

Alguns ministros, porém, pregaram a responsabilidade objetiva, com desprezo ao comportamento e à vontade do acusado.

Autoria criminal implica em um comportamento comissivo ou omissivo e na vontade dirigida à prática criminosa. Exemplificando para explicar: a condição pessoal, digamos, do dirigente de uma empresa, por si só, não o torna culpado por crimes cometidos em prol de tal empresa.

Utilizou-se a teoria já antiga do domínio do fato para justificar punições incabíveis. No entanto, ao contrário do propalado, essa teoria exige justamente que o autor vincule-se ao crime pela ação e pela vontade de agir criminosamente.

Alguns pronunciamentos trouxeram preocupante imprecisão ao conceito de lavagem de dinheiro. Consiste na conduta utilizada para emprestar aparente licitude ao produto de um crime, ocultando e dissimulando a sua origem. Há a necessidade de uma ação concreta, diversa do crime anterior.

No entanto, alguns julgadores, de forma imprecisa, parecem querer considerar lavagem a mera utilização do produto do outro delito.

Usar o dinheiro sem a simulação de sua origem não é lavagem, mas natural decorrência do crime patrimonial. Considerar o mero uso como outra figura penal é admitir crime sem conduta própria e permitir dupla punição a só uma ação.

A sociedade não ficou inerte e nem apática. Reagiu ao julgamento, em regra aplaudindo condenações e criticando absolvições. Conclui-se que a expectativa é pela culpa e não pela inocência. Isso é fruto da disseminação de uma cultura punitiva, de intolerância raivosa e vingativa, que tomou conta da nossa sociedade, fazendo-a apenas clamar por punição, sem pensar em prevenir o crime, combater suas causas.

Não pode passar sem registro um outro aspecto extraído ou confirmado pelo julgamento do mensalão: o poder da mídia para capturar a vaidade humana e torná-la sua refém.

Nesse sentido, um alerta: todos nós, integrantes da cena judiciária, deveremos administrar as nossas vaidades, para que ela não se sobreponha às responsabilidades que temos para com o seu principal protagonista, o cidadão jurisdicionado.

ANTONIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA, 67, é advogado criminalista. Foi presidente da OAB-SP (1987-1990) e defende Ayanna Tenório no julgamento do mensalãoAbus


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