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Avanilson Araujo e PSTU pedem para seus 1.012 eleitores de Curitiba o voto nulo no 2º turno

14 de Outubro de 2012, 21:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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O candidato à prefeitura de Curitiba, Avanilson Araujo, que ficou em último lugar na eleição com 1.012 votos, e seu partido, o PSTU, pedem para seus eleitores o voto nulo no segundo turno.

Infelizmente Avanilson, junto com Luciano Ducci (PSB), foram os dois únicos candidatos que não participaram das entrevistas exclusivas do Blog do Tarso com os candidatos. Avanilso, junto com a candidata Alzimara Bacellar (PPL), não participaram dos debates nem dos programas de TV, pois seus partidos não têm parlamentares eleitos na Câmara dos Deputados.

Vejam a declaração completa do PSTU de Curitiba:

Declaração política do PSTU sobre o 2º turno em Curitiba: NEM RATINHO JR., NEM FRUET!

NEM RATINHO JR., NEM FRUET!

PELO VOTO NULO CRÍTICO E DE PROTESTO PARA MANTER A MOBILIZAÇÃO DOS TRABALHADORES!

O resultado eleitoral do primeiro turno demonstrou um rechaço massivo ao domínio político do PSDB e do Lernismo em Curitiba. Foiuma derrota categórica, principalmente do governador Beto Richa. Mais de 74% dos eleitores disseram não à candidatura Ducci e seu projeto de continuidade de um governo para os ricos e grandes empresários.
Os interesses dos grandes capitalistas se dividiram em quatro candidaturas (Ratinho Jr., Fruet, Ducci e Greca) que nem de longe têm qualquer compromisso com as lutas dos trabalhadores e dos setores oprimidos.
Há oito anos o PSTU não apresentava uma candidatura à prefeitura de Curitiba. Tivemos a coragem e a ousadia, mesmo com todas as dificuldades de estrutura, de apresentar uma alternativa de fato para os trabalhadores, denunciando a existência de “duas Curitibas” – uma que é modelo para os bairros do centro e para os grandes empresários e, a outra, que é extremamente desigual e injusta para os bairros da periferia, onde moram aqueles que fazem da capital paranaense a quarta cidade mais rica do país.
Procuramos dialogar abertamente com a população trabalhadora, sem meias palavras, de que as mudanças verdadeiras só seriam possíveis com a ruptura de todos os contratos que privatizam o acesso a direitos fundamentas como a saúde, a educação, o transporte coletivo e a moradia e que somente conseguiríamos isto com um governo socialista e dos trabalhadores.
Em primeiro lugar, agradecemos a cada um dos 1012 eleitores que votaram de forma consciente e crítica em nossas propostas para a Prefeitura e também aos 1665 votos que tivemos para a Câmara de Vereadores. A cada um que de alguma forma nos ajudou a construir uma campanha simples, mas centrada na defesa de um programa comprometido com as reivindicações imediatas e históricas de nossa classe.
Diante do resultado das urnas, que levou ao segundo turno os candidatos Ratinho Jr. (PSC) e Gustavo Fruet (PDT), é nossa obrigação emitir nosso posicionamento público a respeito do que representam estas duas candidaturas para a classe trabalhadora curitibana.
Quem é Ratinho Jr.?
Sob o discurso de que seria “o novo” e que sua campanha era independente dos grupos políticos tradicionais, o candidato Ratinho Jr. (PSC) conseguiu a maioria dos votos, inclusive nos bairros mais populares da cidade. Mas há de fato alguma novidade em Ratinho Jr.? Não para os trabalhadores.
Ratinho Jr. é filho de um grande empresário dos meios de comunicação de massas, que em razão de concessões públicas de rádio e TV, tornou-se um milionário que não tem qualquer compromisso com o povo trabalhador. Vive de ser o porta-voz ideológico dos setores mais reacionários da sociedade.
O filho segue a mesma linha: é um político da “velha direita”, com uma roupagem jovial. Declara-se ser o portador das virtudes cristãs, ao mesmo tempo em que deixa claro suas posições homofóbicas e conservadoras.
Agora, no 2º turno, Ratinho Jr. já recebeu declarações de apoio que vão do PMDB de Requião até a “neutralidade” tendenciosa de Beto Richa (PSDB), que luta contra uma eventual vitória de Fruet e do PT.
Os laços com os grupos políticos dos quais dissera ser independente, o financiamento milionário de sua campanha por grandes empresários que hoje privatizam a cidade, demonstram de fato de que lado está Ratinho Jr.
Como deputado, foi insignificante para os trabalhadores. Nunca apresentou um projeto de lei sequer a favor dos direitos dos trabalhadores. Pelo contrário, votou a favor do Código Florestal e de diversos projetos do governo federal que atacaram os direitos de nossa classe.
Fruet não é uma alternativa para os trabalhadores
Mas seria então Gustavo Fruet uma alternativa para os trabalhadores? Fruet deixou claro desde o começo das discussões em torno de sua aliança com o PT que ele não teria mudado de lado e continuava defendendo o que sempre defendeu na política. Com razão. Fruet é coerente neste sentido.
Afinal, nunca deixou o berço ideológico e político dos tucanos. Só saiu do PSDB porque não tinha espaço no ninho de Beto Richa e sua aproximação pragmática com o PT leva em conta os interesses eleitorais de 2014.
A demonstração de que Fruet não é nenhuma alternativa para os trabalhadores pode ser encontrada nos seus apoiadores. Jaime Lerner já declarou sua predileção por ele. Em sua coordenação de campanha, temos ninguém menos do que Gerson Gelmann, fiel escudeiro dos tempos de Lerner.
Mas não é só: no mesmo barco do PT e do PV, estará o DEM (Democratas) um dos partidos mais conservadores e reacionários do país.
Estas são as alianças e os verdadeiros apoiadores tanto de Ratinho Jr., quanto de Fruet. Partidos e lideranças tradicionais do estado, comprometidas com os interesses dos grandes grupos econômicos e empresariais, que não têm qualquer compromisso de mudança verdadeira em favor dos trabalhadores curitibanos.
Seguir a mobilização e as lutas por uma cidade para os trabalhadores
O que fazer diante deste cenário em que houve uma divisão dos setores dominantes em torno destas duas candidaturas? Apoiar o mal menor? O que seria o mal menor neste caso, quando nenhum dos dois candidatos defende em seu programa de governo uma ruptura real com o modelo de gestão privada da cidade?
Mal terminou o 1º turno e já se discute na cidade o possível aumento das passagens de ônibus, a fila da COHAB continua com mais de 75 mil famílias que não têm direito à moradia adequada, a saúde pública é um verdadeiro caos.
Ratinho Jr. ou Fruet teriam compromisso em romper os contratos de terceirização, suspender as obras milionárias da copa e governar para a periferia? De forma alguma. Seus partidos e aliados estão do outro lado da trincheira: a favor das grandes construtoras, clínicas privadas e de todos aqueles que têm lucros altíssimos com o orçamento de Curitiba.
Por isso, durante toda a campanha o PSTU denunciou que nenhuma destas candidaturas seria uma alternativa para os trabalhadores e oprimidos. É impossível governar para todos, quando se é financiado pelo grande capital.
Continua sendo tarefa da esquerda socialista aproveitar o momento eleitoral para ampliar a divulgação de um programa para os trabalhadores, dialogar com a nossa classe sobre essa falsa democracia que existe hoje, onde os candidatos dos ricos sempre irão ganhar.
Não temos dúvidas do importante papel que cumprimos, de ser o único partido que apresentou um programa de ruptura verdadeira com todos os interesses que privatizam a cidade. Diferente até mesmo dos companheiros do PSOL, que preferiram construir uma campanha para os setores médios de Curitiba, nos apresentamos abertamente defendendo uma Curitiba para os trabalhadores.
Agora no 2º turno dizemos aos trabalhadores e oprimidos que o mais importante, diante de um quadro em que nenhum dos candidatos tem o mínimo compromisso com a nossa classe, que o melhor caminho é o voto nulo, crítico e de protesto.
Mas para além do voto, é necessário fortalecer nossa organização nos bairros, nos sindicatos, nos movimentos populares, nos movimentos de luta contra a opressão e no movimento estudantil, para construirmos uma oposição de esquerda ao próximo governo, que não dê um minuto de trégua, exigindo cada promessa vazia feita durante a campanha de que iriam melhorar a vida dos trabalhadores e denunciando sistematicamente a que interesses eles servirão.
Queremos convidá-lo também a conhecer o PSTU, um partido diferente, que se constrói nas lutas do cotidiano, contra a opressão e a exploração capitalista e em defesa de uma sociedade socialista. Venha se filiar e construir conosco esta ferramenta.
Direção Regional PSTU
Curitiba, 15.10.2012.

Filed under: Política Tagged: Avanilson Araujo, PSTU
Fonte: http://blogdotarso.com/2012/10/15/avanilson-araujo-e-pstu-pedem-para-seus-1-012-eleitores-de-curitiba-o-voto-nulo-no-2o-turno/

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