O governador do Paraná Beto Richa (PSDB) privatizou a estrada PR-323 via Parcerias Público-Privada – PPP. Serão quatro praças de pedágio entre Paiçandu (perto de Maringá) a Francisco Alves (próximo a Guaíra), com custo de R$ 3,90 em cada uma, o que totalizará R$ 15,60, em percurso de apenas 220 km.
Será a primeira PPP do Paraná, que foi legislada no governo Richa. PPP é um tipo de concessão (chamada patrocinada) que garante altos lucros para mega-empresários com custos altos para os cidadãos-usuários e para os governos futuros. A empresa capitalista é remunerada parte pelo poder público (R$ 95 milhões ao ano) e parte pelos usuários (pedágio com valor alto). O dinheiro investido inicialmente é da empresa privada, mas normalmente emprestado a juros baixos pelo BNDES. Ou seja, é o Poder Público e o cidadão que paga a conta pela falta de preparo e preguiça de administrar dos governantes. Por 30 anos, podendo ser prorrogado por mais 5 anos.
Ou seja, Beto Richa jogou toda a dívida para os governadores que o sucederão, provavelmente já em 2015, pois dificilmente ele conseguirá ser reeleito.
A promessa é de que a rodovia será duplicada. Mas isso seria possível sem privatização.
O mais grave é que na licitação só participou um concorrente, o consórcio Rota 323, liderado pela mega-empreiteira Odebrecht.
Beto Richa também quer privatizar a PR-445 (Londrina-Mauá da Serra), a PR-092 (Jaguariaiva-Santo Antônio da Platina) e a PR-280 (Marmeleiro-General Carneiro).
Enquanto isso grandes empresários enriquecem cada vez mais, políticos ligados ao governo vão receber altas somas de doações eleitorais e o povo paranaense vai pagar a conta.
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