Da Joice Hasselmann:
É triste ter que processar um colega
Crimes de calúnia e difamação, leviandades e mentiras contra a honra e decência de qualquer profissional devem ser discutidos nos tribunais. Sempre defendi isso, já processei políticos como o próprio Roberto Requião e é por acreditar na verdade, e por muitas vezes arriscar minha própria segurança por ela, que decidi processar nas esferas civil e criminal a senhora Ruth Bolognese, que já teve certa fama e algum respeito no passado e que hoje, deliberadamente, me acusou na TV onde trabalha, a Rede Massa, de receber dinheiro do governo. Eu poderia simplesmente rir e dar a importância devida ( que é nenhuma) a uma informação mentirosa como essa, mas meus leitores e ouvintes e telespectadores tem o direito de saber o tamanho da leviandade proferida por essa senhora que usa do veículo de comunicação que a recebeu, no qual também já trabalhei e fui muito bem recebida para simplesmente mentir, ou tentar me agredir sei lá por que motivo. Para que todos entendam a discussão começou entre os três integrantes da bancada do jornal da Massa por causa das informações que divulguei sobre um coordenador de Redes Sociais da Prefeitura de Curitiba que teve o salário de R$ 16 mil divulgado no portal da transparência. Depois a prefeitura corrigiu e disse que são “só” R$ 8 mil para o trabalho de utilidade questionável à população. A remuneração de cada um é problema de cada um, mas quando o salário é pago com o dinheiro dos impostos dos contribuintes, aí passa a ser problema do patrão, que paga a conta, ou seja, nosso problema. Os meus questionamentos sobre a utilidade de tal função para a população de Curitiba geraram uma reação de colegas que trabalham ou trabalharam na área pública e que sentem inquestionáveis. Ora, ora, fiscalizar o dinheiro público faz parte da função social do jornalista, como já fez o então coordenador de Redes Sociais, que muitas vezes apontou o dedo enquanto estava atrás de um microfone para os integrantes dos governos. Quem passa para o outro lado do balcão tem que estar pronto para questionamentos. Dinheiro público é dinheiro público e não deixa de ser porque é destinado a um profissional ou outro. Pois bem. Cada um tem sua opção e ela precisa ser respeitada. Eu optei por não trabalhar na área pública, ainda que já tenha tido convites para o primeiro escalão de mais de um governo. Mas minha opção foi agradecer e dizer não. Nunca recebi um único centavo de dinheiro público e o melhor é que é tão fácil provar isso que chega a ser risível o que disse essa senhora leviana. Um detalhe que talvez ela tenha esquecido é que minha vida já foi virada de cabeça para baixo por conta das denúncias que fiz e faço (todas fundamentadas e com documento tanto que jamais sofri uma condenação) e vejam só, ninguém encontrou nada que me comprometesse e sabem porque? Apenas porque não há. Cheguei a disponibilizar meus sigilos bancário, fiscal e telefônico para as autoridades. Permanece disponível. Ando de cabeça erguida. Eu me orgulho da minha história. Sou editora e colunista de política de uma grande emissora, a RICTV Record, e me orgulho dessa empresa porque tenho liberdade para trabalhar aqui e em Brasília; faço um programa de rádio pela internet que está em 103 emissoras do Paraná e isso só é possível com responsabilidade; sou diretora de jornalismo da AERP, e administro o blogdajoice.com, que está entre os mais acessados do Paraná, além das minhas redes sociais que juntas soma cerca de 50 mil pessoas. Então quando me perguntam: como é possível? Eu respondo: olhem minha rotina. Basta trabalhar e amar o que se faz.Acordo 5h da manhã todos os dias e vou dormir, quando consigo, depois da meia noite. Trabalho porque nasci guerreira e vou morrer guerreando pelo que é bom, justo e agradavel. Muitos são mordidos pelo bicho do ciúmes, do recalque mas a melhor resposta é o trabalho. Jornalista de verdade se compromete com o outro mesmo que sem necessidade, busca a verdade e muitas vezes é prejudicado por não se dobrar. Eu não me dobro e nunca me dobrei. Saí da Bandnews, rádio que ajudei a criar e que comandei, porque tentaram me dobrar a espinha. Nunca negociei minha opinião e para a tristeza da senhora Ruth e de mais alguns continuará sendo assim. Deixo para aqueles que acham que vale a pena vender a alma por uns trocados ou por um saco de dinheiro, tanto faz a quantia, a mesquinharia é a mesma. A honra não tem preço, mas só sabe disso quem tem honra ou pelo menos conhece a palavra.
Vamos aos tribunais.
Arquivo em:Política Tagged: Joice Hasselmann, Ruth Bolognese
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