O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vai celebrar convênios com a iniciativa privada para tentar reduzir a fila de espera na rede municipal de saúde. Graças à incompetência das gestões dos ex-prefeitos José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD), são 661 mil pedidos de consultas, exames e cirurgias que estão na fila do serviço médico da prefeitura (em outubro de 2012). A incompetência neoliberal fez com que, por exemplo, um procedimento de eletroneuromiograma (diagnostica problemas em músculos e nervos) demora até 35 meses para ser feito; e uma ultrassonografia transvaginal (detecta câncer de ovário) tem 72.517 pedidos na fila e demora de seis meses.
O prefeito petista, que não pretende realizar um governo neoliberal-gerencial, quer realizar as parcerias apenas emergencialmente, com verba de programa do Ministério da Saúde para reduzir filas de espera. São R$ 90 milhões para todo o estado de São Paulo que o governo da presidenta Dilma Rouseff (PT) encaminhará.
Haddad é contra o modelo das organizações sociais – OS (privatização via Terceiro Setor) e fará a privatização emergencial apenas até funcionar a Rede Hora Certa, que implementará 31 unidades de saúde.
Segundo a Folha de S. Paulo, o professor do departamento de Medicina Preventiva da USP, Mário Scheffer, é contra qualquer privatização, pois segundo ele há risco de usuários do SUS serem tratados de forma pior do que os pacientes particulares na rede privada, já que o valor repassado pela prefeitura para os atendimentos é menor. Antônio Carlos Lima (conselheiro municipal de saúde e diretor do sindicato dos servidores municipais) entende que essas medidas paliativas não são ideais, pois defende o investimento em projetos permanentes de forma rápida.
Entendo que a terceirização apenas em situação temporária é possível, desde que em paralelo sejam criadas estruturas estatais com servidores concursados.
Uma ótima medida de Haddad, em defesa da transparência, pretende tornar os dados da fila da saúde públicos e respeitará a Lei de Acesso à Informação.
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