Veja o Olho vivo da coluna do Celso Nascimento na Gazeta do Povo de quinta-feira:
Bilhetagem 1
Está prestes a ganhar contornos mais graves o polêmico problema da bilhetagem eletrônica do transporte coletivo de Curitiba. O serviço é prestado pela empresa Dataprom em parceria com o Instituto Curitiba de Informática (ICI) mediante contrato com a Urbs. Por considerá-lo inconfiável e problemático, o Sindicato das Empresas de Transporte (Setransp) pediu ontem à Urbs para que não proceda a renovação do contrato, que vence no próximo dia 29.
Bilhetagem 2
São dois os problemas que afligem as empresas e têm impacto direto na tarifa de ônibus de Curitiba. Primeiro, porque o serviço é muito caro (quase R$ 700 mil por mês) e este custo está embutido na tarifa paga pelos usuários. E segundo porque o sistema – segundo acusa o sindicato – além de não ser confiável sob vários aspectos, também oferece dificuldades para a manutenção técnica da normalidade do funcionamento. Hermético, nenhuma outra empresa, fora a Dataprom, seria capaz de realizar a manutenção periódica das máquinas validadoras existentes nas estações-tubo, terminais e nos próprios ônibus.
Bilhetagem 3
O problema é considerado grave: quando um validador deixa de funcionar, os passageiros são autorizados a embarcar sem pagar. E isso ocorre com frequência inusitada, ora porque falta luz (e não há baterias de emergência para manter as máquinas funcionando), ora porque há travamentos que só os técnicos da Dataprom sabem (ou têm autorização) para resolvê-los. O resultado final é o registro para baixo do número de passageiros e fuga da arrecadação.
Bilhetagem 4
Se isso prejudica as empresas de ônibus, obrigadas a transportar passageiros de graça, também causa prejuízo aos usuários, pois a tarifa é calculada de acordo com o número de passageiros pagantes: quanto mais pagantes, menor o custo unitário do serviço. Por isso, o Setransp quer da Urbs uma de duas coisas: prioritariamente, a não renovação do contrato com a Dataprom ou, secundariamente, autorização do ICI para que terceiros (mais baratos) possam fazer a manutenção dos equipamentos com mais agilidade e segurança.
Filed under: Política Tagged: Instituto Curitiba de Informática ICI

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