A Rede Globo é famosa por ter se tornado a maior TV do Brasil e uma das maiores do mundo graças ao seu apoio à ditadura militar e defesa de ideais conservadores. Foi a responsável, por exemplo, pela eleição de Fernando Collor de Mello (PRN) em 1989, ao editar o decisivo debate com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A TV Globo, seu jornal O Globo, a rádio CBN, e outros meios de comunicação do grupo são responsáveis por defender partidos de direita e ideologias neoliberais privatizantes e ataques a políticos e partidos de esquerda e movimentos sociais.
E, salvo raríssimas exceções, suas telenovelas sempre foram um importante instrumento de dominação ideológica sobre os telespectadores brasileiros.
Mas pasmen. Sua atual novela das seis, Joia Rara, é uma telenovela de esquerda.
Na novela os comunistas brasileiros das décadas de 30 e 40 do século XX são os mocinhos, enquanto que os integralistas (nazistas/fascistas brasileiros) são os vilões. Os ricos e grandes empresários são os assassinos sem caráter e exploradores escravocratas, e os pobres e trabalhadores são as vítimas.
Um dos mocinhos da novela é um trabalhador sindicalista filiado ao Partido Comunista Brasileiro, que vai se candidatar ao cargo de deputado com ideais de melhorar socialmente o Brasil.
Os integralistas são mostrados como agitadores, assassinos, mentirosos, conservadores, racistas, entre outros adjetivos negativos.
Fica a pergunta: depois de se desculpar por ter apoiado o golpe militar de 1964 e a ditadura militar, será que a Globo está tomando um novo caminho?
Ou será que vão mostrar um mocinho de esquerda que se desvirtuará no final?
Vamos esperar para ver.
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