Os leitores do Blog do Tarso gostam do estilo ácido e combativo do Blog.
Mas a maioria dos brasileiros, e em especial dos paranaenses e curitibanos, gosta mais de um estilo “soft” dos meios de comunicação, mais estilo “falso independente” ou “falso imparcial” da maioria dos jornais, revistas, rádios e TVs brasileiras.
E o mesmo ocorre na política partidária.
Políticos como Leonel Brizola (PDT), que batiam fortemente na Rede Globo e em seus adversários, com razão, e mesmo assim vencia eleições, é mais difícil de se encontrar ultimamente.
O próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores), combativo e ácido até as eleições de 1998, para vencer as eleições presidenciais de 2002, além de ter que abrir mão de algumas bandeiras do PT para conseguir um arco de alianças maior e apoio de parte do mercado financeiro, precisou virar o “Lulinha paz e amor”.
Nas eleições de âmbito estadual e municipal não é diferente. Normalmente há candidatos que batem mais e outros que batem menos no adversário e, normalmente, os que batem menos se dão melhor.
Mas nas eleições para governador do Paraná deste ano o quadro provavelmente será um pouco diferente.
Poderíamos pensar que o atual governador Beto Richa (PSDB) ficaria na defensiva, com ataques ferozes de Roberto Requião (PMDB) e a Gleisi com o papel de mostrar como seria uma gerentona para tirar o estado da falência proporcionada pelo atual governador.
Mas não é o que parece estar ocorrendo neste início de ano.
Gleisi está vindo com tudo contra Beto.
Requião está em uma versão mais “light”, batendo de leve, e ainda criticando quando a Gleisi bate demais. Mas claro que o ex-governador não vai conseguir segurar suas críticas, já bastante afiadas em sua conta do Twitter.
O fato é apenas um. O governo Beto Richa está sendo tão ruim, considerado por muitos como o pior de todos os tempos, que provavelmente tanto Gleisi quanto Requião vão bater muito no governador, com o intuito de que um deles vá para o segundo turno das eleições.
Mas pode acabar ocorrendo o que aconteceu em Curitiba em 2012. Um prefeito tão ruim, Luciano Ducci (PSB), apoiado por Beto Richa, que acabou nem indo para o segundo turno em sua tentativa de reeleição, perdendo para Ratinho Junior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT), que depois sagrar-se-ia vencedor.
Por favor outubro de 2014, chega logo!
Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, Gleisi Hoffmann, Roberto Requião
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