O alvo agora é Lula na guerra sem fim
2 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaPor Ricardo Kotscho, do Balaio do Kotscho, do R7
Pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.
“Esse aí, só matando!”, disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.
Passados seis anos desta cena nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade _ cada vez menor, é verdade _ contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.
Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.
Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de ”acabar com esta raça”, como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.
A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da “blitzkrieg” desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genóino, duas lideranças históricas do PT.
Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.
Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.
Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população _ o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.
Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.
O país em que eles mandavam não existe mais.
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Organizações sociais devem administrar hospitais públicos?
2 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaHoje no tendências e debates da Folha de S. Paulo
NÃO
Cid Carvalhaes
Terceirização sucateia a saúde pública
O gerenciamento de unidades de saúde por Organizações Sociais (OSs) é desastroso, antidemocrático e antissocial. A terceirização da saúde pública cria diversos problemas, pois gera a mercantilização de um sistema que por dever é de responsabilidade do poder público e por direito, da população, que deve ter acesso a uma saúde de qualidade, ágil e resolutiva.
Desde que foram implantas no Estado, em 1998, as OSs tem apresentado fragilidades. Com a privatização dos serviços públicos, os médicos, os profissionais da saúde e os usuários assistiram a um processo acelerado de sucateamento da saúde, artifício utilizado pelo gestor público para justificar a manutenção do serviço de privatização.
A discrepância pode ser vista em números. De acordo com o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, somente na capital, em 2011, o governo repassou quase 40% de seu orçamento de mais de R$ 5 bilhões destinados à saúde para as OSs. No Estado de São Paulo, a situação não é diferente: estão sobre gerenciamento de OSs quase 40 hospitais, 44 unidades de saúde.
Temos consciência de que as organizações sociais aprofundaram os problemas da saúde pública do país e de São Paulo. As empresas maquiaram vários pontos de atendimento com pintura de paredes e modificação de pisos, mas o atendimento continua defasado, ineficiente e deficitário. No aspecto da prestação de contas, as OSs têm demonstrado dificuldades em apresentar eficiente controle do destino do dinheiro público para o privado.
Além disso, a terceirização gera uma rotatividade desastrosa nas contratações. Profissionais são contratados sem concurso público, sendo muitos deles sem qualificação adequada, o que gera grande desassistência aos usuários do sistema.
A lei das OSs se assemelha a outra experiência já rechaçada pela população de São Paulo anos atrás: o PAS (Plano de Atendimento à Saúde), do ex-prefeito Paulo Maluf. A alegação de que as empresas não têm fins lucrativos é desculpa para pagar polpudos salários a diretores e criar cargos em comissão por interesses administrativos, levantando a hipótese de benefícios eleiçoeiros e outros não declarados.
Após muitas lutas, em maio deste ano conseguimos sensibilizar a Justiça do Trabalho, que proibiu todas as contratações de funcionários nas parcerias entre a Secretaria de Saúde e as OSs por suposta terceirização irregular de mão de obra, mas a Procuradoria do Estado de São Paulo tenta desde o início de outubro reverter essa decisão.
Desde 1998, tramita uma ação direta de inconstitucionalidade para julgar a validade desses convênios. Nos últimos anos, houve também outras tentativas de impedir judicialmente os contratos com as OSs, mas uma definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) é aguardada.
O Brasil precisa ter um orçamento realista para a saúde e uma gestão eficiente, focada na melhoria da qualidade dos serviços prestados para todos os brasileiros, sem distinção. Para tanto, é necessário auscultar todos os representantes envolvidos com a saúde e direcionar soluções concretas, eficientes e definitivas de sorte a garantir à população brasileira uma saúde mais sadia.
Há que se fazer valer o direito de todo cidadão a um sistema de saúde de qualidade. Garantir a todos um ambiente de trabalho seguro e consistente. A verdadeira justiça só se faz pela equidade! Afinal de contas, a saúde é um bem público e não deve ter intermediários.
CID CARVALHAES, 66, neurocirurgião e advogado, é presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
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Veja o texto pelo
SIM
Nacime Salomão Mansur
Trata-se de um modelo consagrado
A Constituição de 1988 consagrou o desejo da sociedade brasileira de um sistema único de saúde de acesso universal e igualitário, atendimento integral e participação da comunidade. Sabiamente, não impôs um SUS unicamente estatal na execução das ações e serviços de saúde. Hoje, 65% dos serviços prestados ao SUS são realizados por entidades de natureza privada, lucrativas ou não.
A recente regulamentação da emenda 29/2000 cristalizou um cenário de baixo financiamento para a saúde pública, principalmente no gasto federal, que na última década decresceu ano a ano. Nesse cenário, torna-se necessário buscar mais eficiência e eficácia no gasto público.
Em São Paulo, o Estado aprovou em 1998 uma lei que iria revolucionar o conceito de gestão hospital pública em todo Brasil.
O advento das Organizações Sociais de Saúde (OSs) permite imprimir a necessária agilidade na administração de unidades de saúde do próprio governo, proporcionando maior eficiência na gestão de recursos humanos (correspondente a 70% da despesa hospitalar) e na aquisição de materiais e medicamentos.
É o que faz a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), entidade ligada à Universidade Federal de São Paulo. Hoje, administramos 11 hospitais, 29 ambulatórios e quatro farmácias. Tudo de forma eficiente e transparente.
O modelo deu tão certo que foi replicado país afora. Os hospitais estaduais gerenciados por OSs são premiados e reconhecidos. Três deles receberam, desde 2010, certificados de qualidade emitidos pela Canadian Council on Health Accreditation, após auditorias atestando que as unidades possuem evidências concretas de que a gestão e a assistência prestadas na instituição são seguras e feitas de forma interdisciplinar, com foco no paciente.
Além disso, vários trabalhos científicos mostram que OSs obtêm melhores resultados que a administração direta. Um estudo da Fiocruz de 2005, por exemplo, comprovou a maior eficiência das OSs, com maior taxa de ocupação de leitos (80%, contra 63% na administração direta), 61% mais altas cirúrgicas e 62% mais altas de clínicas médicas. Nos leitos, a taxa de substituição dos pacientes é de 29 horas, enquanto na administração direta o leito fica desocupado quase quatro dias.
Com a governabilidade e a governança que os governos ganham com as parcerias, foi possível uma expansão sem precedentes no atendimento do SUS. Um exemplo é o município de São Paulo, com a abertura de quase 400 serviços de saúde.
Aspecto importante que deve ser ressaltado é a fiscalização e controle sobre os contratos de gestão, que são regularmente auditados pelo Tribunal de Contas do Estado e do Município, Secretaria da Fazenda do Estado e Comissão de Controle dos Contratos de Gestão, com participação do Conselho Estadual de Saúde e Comissão de Saúde e Higiene da Assembleia Legislativa, além do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) e Tribunal de Contas da União.
É fundamental que o STF termine o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade 1.923, sobre a constitucionalidade das leis das OSs.
Isso colocaria fim ao vácuo legal que causa fragilidade jurídica dos contratos -a ponto de permitir que a Justiça do Trabalho, de forma temerária, determine a nulidade dos contratos de gestão firmados entre governos e OSs, colocando em risco os serviços de saúde, o atendimento e vidas de milhões de pessoas assistidas gratuitamente pelo SUS.
A construção de um SUS forte, que enfrente os desafios da saúde pública, não pode ser obstado por falsas ideologias, fruto maior da resistência corporativa-sindical, distantes da necessidade dos pacientes e da sociedade.
NACIME SALOMÃO MANSUR, 54, médico e especialista em administração hospitalar, é superintendente dos hospitais da SPDM/Unifesp e diretor do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo)
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Depoimento sobre o furacão Sandy
2 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaJá faz quase uma semana que o Furacão Sandy atingiu toda a região da costa Leste dos EUA e ainda estamos sentindo os resultados devastadores desta tragédia. Foi uma semana difícil, a nossa área esta devastada, com casas destruídas, árvores centenárias no chão e milhões de pessoas no escuro. Somente quem passa por uma experiência como esta para descrever o desespero que é não ter energia por dias, consequentemente não ter aquecimento, internet e gasolina. Ficamos completamente isolados do mundo. Os ventos foram tão fortes que a impressão e que as janelas vão explodir. Estávamos preparados com gerador, gasolina nos carros, água e comida. Assim sendo, conseguimos superar bem os momentos complicados até a energia retornar. Porém, supermercados continuam fechados por falta de luz. Consegui voltar ao trabalho somente depois de cinco dias, mas muita gente ainda esta sem energia e sem gasolina. É impossível conseguir gasolina e as pessoas estão esperando em filas de mais de quatro horas nos postos. Amigos que trabalham em Nova York não têm transporte, porque vários túneis dos metrôs continuam inundados. O litoral de Nova Jersey, incluindo Atlantic City, estão devastados; férias de verão nunca mais serão as mesmas. Staten Island, em Nova York, foi uma das áreas mais atingidas, com um número grande de casualidades e milhares de casas destruídas. Os moradores estão revoltados com o prefeito de NY, o acusando de somente dar atenção para a região de Manhattan. O que mais me marcou foi o incêndio em Queens, onde mais de 100 casas foram queimadas em horas. Com a força violenta dos ventos o fogo se espalhou rapidamente. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que e difícil de descrever, foi o pior desastre natural dos últimos 100 anos. Porém, estamos todos unidos para ajudar nossos visinhos necessitados.
Carla Cabral Violin, de New Hope/PA, especialmente para o Blog do Tarso
Veja um vídeo do furacão em Nova York, clique aqui.
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Obrigado pelo novo recorde em outubro de 2012, com 206.127 acessos em um mês!
1 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaFiled under: Variedades Tagged: Blog do Tarso
Projeto anistia profissionais e grupos de comunicação de multas eleitorais
1 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO deputado federal João Arruda (PMDB-PR) protocolou, esta semana na Câmara Federal, projeto de lei que prevê a anistia de profissionais e grupos (empresas) de comunicação que tenham sido multados pela Justiça Eleitoral durante a campanha eleitoral. A proposta, que inclui jornalistas, blogueiros, emissoras de rádio e tevê e portais de notícias, é retroativa às eleições de 2008, 2010 e 2012.
Na avaliação de João Arruda, a Justiça Eleitoral, ao punir os profissionais e grupos de comunicação, às vezes com multas desproporcionais e descabidas, ataca o direito elementar à liberdade de expressão garantida no artigo 5º da Constituição Federal.
“O direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos constitui pilar básico das democracias modernas”, disse o deputado, que também é presidente da Comissão Especial que analisa o Marco Civil da Internet, lei que vai definir as diretrizes de uso na rede no Brasil.
“Trata-se, na verdade, de uma histórica conquista que custou a vida de muitos que por ela lutaram”, ressaltou. Para o deputado, a sociedade não pode, “na nossa breve experiência democrática”, permitir excessos restritivos do exercício da liberdade de expressão, “a título de combate à manipulação da vontade popular”.
Equilíbrio
O desejável equilíbrio entre a garantia constitucional da liberdade de expressão e a paridade de “armas”, nas disputas eleitorais, não pode ocorrer em desvalor da primeira, analisa. “Tem blogueiros e repórteres que foram mais multados que candidatos à presidência da República, um absurdo, uma pena descabidamente desproporcional pela opinião que emitiram”.
No Paraná, nas últimas campanhas eleitorais, blogueiros como Tarso Cabral Violin, Luiz Skora e Esmael Morais, acumularam multas em mais de R$ 780 mil. Só para comparar, nas campanhas que disputaram como candidatos a presidência, José Serra, Lula e Dilma, receberam em multa juntos R$ 186 mil.
Desvirtuamento
João Arruda ainda ressaltou: “A restrição ao livre direito de manifestação, inclusive em áreas onde o padrão de comportamento é compatível com a mais ampla liberdade – como nas redes sociais da Internet -, tem levado a um evidente desvirtuamento da função pedagógica das multas”.
Para o deputado, o valor das multas são muito desproporcionais ao impacto eleitoral decorrente da publicação supostamente irregular. “Julgamos absolutamente necessário que reavaliemos nosso ordenamento jurídico, no sentido de reequilibrar esses dois valores: a liberdade de expressão e a paridade de armas da disputa eleitoral, sobretudo no território da Internet”.
Judicialização excessiva
“Até que o façamos, não podemos conviver com a “judicialização” excessiva da política”, disse. João Arruda lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a Lei nº 9.996, de 2000, que anistiou as multas aplicadas pela Justiça Eleitoral nas eleições de 1996 e 1998.
Neste caso, o STF rejeitou as alegações de ofensa aos princípios da isonomia, da moralidade e da coisa julgada, ratificou a competência do Congresso Nacional para dispor sobre anistia e declarou a inexistência de direito adquirido dos partidos políticos em relação aos valores correspondentes às multas objeto de anistia.
A anistia prevista no projeto não alcança as multas aplicadas por irregularidades em doações de campanha, as decorrentes do não cumprimento da obrigação de votar ou do não atendimento a convocação da Justiça Eleitoral, as de natureza criminal e as decorrentes do não cumprimento de decisões judiciais.
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Dia de los muertos
1 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO dia dos mortos no México é uma festa! Fotos de Eneida Desiree Salgado
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Guarani-kaiowá: a tragédia anunciada – Larissa Ramina
1 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaNa Gazeta do Povo de quinta-feira (01)
No dia 8 de outubro, o Brasil tomou conhecimento, por carta dirigida ao governo e à Justiça Federal, de uma declaração de “morte coletiva” de 170 homens, mulheres e crianças da etnia indígena guarani-kaiowá, em resposta a uma ordem de despejo decretada pela Justiça de Naviraí (MS), onde estão acampados às margens do Rio Hovy, aguardando a demarcação das suas terras tradicionais, ocupadas por fazendeiros e vigiadas por pistoleiros.
Trata-se de um ato de desespero em resposta ao que os guarani-kaiowá chamaram de “ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena” no decorrer de sua história. Em tentativas de recuperação de suas terras, já foram atacados por pistoleiros, sofreram maus-tratos e espancamentos; mulheres, velhos e crianças tiveram braços e pernas fraturados, e líderes foram assassinados.
Agora, os índios pedem que, em vez de uma ordem de expulsão, o governo e a Justiça Federal decretem sua “dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos”. No dia 30 de outubro, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos informou que o governo federal conseguiu suspender a liminar que expulsava os índios de sua terra natal.
Em artigo contundente, Eliane Brum relembra que a história dos guarani-kaiowá é a história da ocupação de suas terras pelos brancos e de seu confinamento em reservas, dentro da percepção de que terra ocupada por índios é terra de ninguém. Com a chegada dos colonos, os indígenas passaram a ter três destinos: as reservas, o trabalho semiescravo nas fazendas ou a fuga para a mata. Durante a ditadura militar, a colonização do Mato Grosso do Sul se intensificou, trazendo muitos sulistas para ocupar a terra dos índios. Com a redemocratização do país e a Constituição de 1988, abriram-se esperanças de que os territórios indígenas fossem demarcados em cinco anos, o que não aconteceu em razão das pressões dos grandes proprietários de terras e do agronegócio.
A situação dos guarani-kaiowá, segundo grupo mais numeroso do país, é considerada a mais grave. Confinados em reservas como a de Dourados, encontram-se em situação de catástrofe humanitária: além da desnutrição infantil e do alcoolismo, os índices de homicídio são maiores que em zonas em guerra, como o Iraque. Comparado à média brasileira, o índice de homicídios da reserva de Dourados é 495% maior. Os índices de suicídio estão entre os mais altos do mundo: enquanto a média do Brasil é de 5,7 por 100 mil habitantes, nessa comunidade indígena supera os 100 por 100 mil habitantes. Pesquisadores identificam na falta de perspectivas de futuro as causas da tragédia.
A indignidade que permeia a vida dos guarani-kaiowá é ultrajante; vivem uma guerra civil no Brasil rural. Como pano de fundo está a questão cultural que identifica nos indígenas uma primitividade inadmissível no século 21 e, portanto, um entrave ao desenvolvimento econômico que deve ser removido. Dessa forma, ignora-se a imensidão de riquezas culturais e de conhecimentos tradicionais dos primeiros habitantes das Américas.
O ex-presidente Lula reconheceu que ficou em dívida com os guarani-kaiowá. É imperioso que o Brasil da presidente Dilma seja realmente “um país de todos”, e reconheça o direito de existência daquele povo, bem como seu direito à alimentação, à saúde, à moradia digna e à preservação de seu patrimônio cultural.
Larissa Ramina é professora de Direito Internacional da UFPR e da UniBrasil.
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Estudantes estão questionando a prova prático-profissonal de Direito Tributário da OAB
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaVeja o vídeo, clique aqui.
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Governo Beto Richa vai comprar helicóptero de R$ 13 milhões sem promover o desenvolvimento nacional
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO governador Beto Richa (PSDB) abriu uma licitação na modalidade concorrência internacional, do tipo menor preço, para adquirir um helicóptero novo e super equipado no valor de R$ 13 milhões.
Além de ser um equipamento caríssimo, Beto Richa ainda não vai promover o desenvolvimento nacional como manda a Constituição e a Lei de Licitações (Lei 8.666/93), pois fornecedores de fora do país também podem participar. Ou seja, se uma empresa de fora do país vencer a licitação, Beto Richa estará exportando empregos com o dinheiro suado do povo paranaense.
O art. 3º, II, da Constituição Social e Democrática de Direito, dispõe o seguinte:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: (…)
II – garantir o desenvolvimento nacional;
O art. 3º da Lei de Licitações ainda prevê:
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação da Lei nº 12.349/2010)
Se não fosse um absurdo o gasto estratosférico em helicóptero, Carlos Alberto poderia comprar um helicóptero da indústria brasileira mesmo.
Um dos únicos deputados de oposição ao governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) criticou a atitude de Beto Richa de fazer uma compra cara em um momento de contenção de gastos.
Beto Richa, que adora a velocidade e seu hobby principal é a corrida de carros esportivos, ainda pretende comprar mais dois helicópteros, um jato e um turboélice, sendo que já comprou um turboélice de R$ 16,9 milhões.
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Governo Beto Richa abandona o interior e RMC e homicídios aumentam
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO governador Beto Richa, tentando desesperadamente reeleger o prefeito Luciano Ducci (PSB) em Curitiba, priorizou a capital e abandonou o interior do Paraná. Com isso o descontentamente com relação ao governo estadual cresce a cada dia. Beto não conseguiu reeleger Ducci e, segundo a Gazeta do Povo de hoje, a taxa de homicídios dolosos cresceu no interior do Paraná.
O número de homicídios dolosos caiu 11,5% em Curitiba, de janeiro a setembro de 2012, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
Mas os casos somados do interior do Paraná e da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) apontam um aumento de 4% no índice de homicídios.
Beto Richa nasceu em Londrina, mas seus conterrâneos estão muito descontentes com o governador. Tanto é que ele não conseguiu eleger o seu candidato Marcelo Belinati (PP). Na região de Londrina, o número de homicídios dolosos subiu 58,45% nos nove primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2011. Os crimes contra a pessoa subiram 8,75%. Segundo a Gazeta os números foram classificados pelo delegado chefe da Divisão Policial do Interior, Júlio Reis, como “críticos”.
Saiba em quais áreas integradas de segurança do Paraná o índice de homicídios aumentou:
Londrina: 58,5%
Paranaguá: 57%
Pato Branco: 26%
Maringá: 23%
Campo Mourão: 17,8%
Foz do Iguaçu: 16%
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Bomba: saiu a lista dos que não serão os secretários de Gustavo Fruet
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), disse que não vai fazer “caça às bruxas”, mas como o resultado da eleição sinalizou mudança, “todos os secretários serão substituídos”.
Não tenho nem ideia de quem serão os próximos secretários municipais e dirigentes/presidentes das entidades da Administração Indireta e paraestatais de Curitiba. Mas a partir de 1º de janeiro de 2013, tenho certeza que os abaixo relacionados não serão secretários nem dirigentes:
Prefeito de Curitiba: Luciano Ducci
Secretarias (órgãos da Administração direta):
Abastecimento: Humberto Malucelli Neto
Administração: Dinorah Botto Portugal Nogara
Antidrogas: Hamilton José Klein
Assuntos Metropolitanos: Horácio Monteschio
Comunicação Social: David Campos
Copa do Mundo da FIFA 2014™: Luiz de Carvalho
Defesa Social: Nazir Abdalla Chain
Educação: Liliane Casagrande Sabbag
Esporte, Lazer e Juventude: Marcello Bernardi Vieira Richa
Finanças: João Luiz Marcon
Gabinete do Prefeito: José Antônio Andreguetto
Governo Municipal: Luiz Fernando Jamur
Política Habitacional: Osmar Bertoldi
Meio Ambiente: Marilza do Carmo Oliveira Dias
Obras Públicas: Mário Yoshio Tookuni
Pessoa com Deficiência: Irajá de Brito Vaz
Planejamento e Gestão: Carlos Homero Giacomini
Procuradoria-Geral: Claudine Camargo Bettes
Recursos Humanos: Maria do Carmo Aparecida de Oliveira
Relações com a Comunidade: Fernando Guedes
Relações Institucionais: Jorge Luiz de Paula Martins
Saúde: Eliane Chomatas
Trabalho e Emprego: Paulo Bracarense
Trânsito: Marcelo Linhares Frehse
Urbanismo: Suely Hass
Entidades da Administração Indireta:
Autarquias:
Instituto Municipal de Turismo – CURITIBA TURISMO: Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP: Carlos Homero Giacomini
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC: Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida
Instituto de Previdência dos Servidores – IPMC: Walkíria Wiziack Zauith de Pauli
Fundações de Direito Público:
Fundação de Ação Social – FAS: Marry Salette Dal-Prá Ducci
Fundação Cultural de Curitiba: Roberta Storelli
Fundação de Direito Privado:
Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba – FEAES: Tereza Kindra
Sociedades de Economia Mista:
Companhia de Habitação Popular de Curitiba – COHAB: Ibson Gabriel Martins de Campos
Urbanização de Curitiba S.A: Marcos Isfer
Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A: Gilberto José de Camargo
Companhia de Desenvolvimento de Curitiba – Curitiba S.A: Viviane Redondo Machado
Paraestatais (ONGs, entidades do Terceiro Setor que atuam pelo interesse público, produtos de privatização):
Instituto Curitiba de Saúde (serviço social autônomo): Ana Schneider Gondim
Instituto Curitiba de Informática (organização social – OS): Renato José de Almeida Rodrigues
Instituto Curitiba de Arte e Cultura – ICAC (organização social – OS): Nilton Cordoni
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Saia-justa
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaOntem na Gazeta do Povo, coluna de Reinaldo Bessa
Há dias, durante um almoço festivo de fim de semana na casa de um empresário de Curitiba, a primeira-dama Fernanda Richa não deixou barato. Chamou um dos convidados num canto e, quase de dedo em riste, acusou-o de ser o autor de comentários a respeito da vida privada dela e do governador Beto Richa que dominam as rodas de conversas da cidade.
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Vice-prefeita eleita de Curitiba, Mirian Gonçalves, fala com Joice e CBN
31 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Ouçam também sua entrevista na CBN, clique aqui.
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