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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Os livros da vida de Celso Antonio Bandeira de Mello

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

No Consultor Jurídico

Por Elton Bezerra

Celso Antônio Bandeira de Mello - 24/07/2012 [Spacca]

Para Celso Antonio Bandeira de Mello, a sociedade contemporânea vive um drama. Se por um lado o acesso de grandes contingentes aos bens produzidos reflete um ganho democrático, por outro, implica inevitavelmente perda de qualidade.

“Os americanos andam com essa porcaria chamada tênis e usam calça jeans. É quase como um uniforme. Ricos e pobres podem usar as mesmas coisas. É A Rebelião das Massas”, diz ele, referindo-se à obra de Ortega y Gasset.

Publicado pela primeira vez apenas alguns anos antes da 2ª Guerra Mundial, o livro é considerado pelo advogado obra fudamental para a compreensão do mundo atual.

“A produção era sofisticada porque era para gente sofisticada. Hoje, você tem que atender ao gosto de milhares. De milhões, na verdade. Que vai desde o mais sofisticado ao mais rústico. É evidente que você perde qualidade”, insiste.

Professor da PUC-SP, “Bandeirinha” — como é conhecido — é um dos maiores nomes do Direito Administrativo nacional. Tem seis livros publicados, fora as obras coletivas. Sua influência é grande também no meio político. Atribui-se a ele a indicação, a pedido do ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, do hoje presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, para integrar a corte.

Influência do Pai
Quando iniciou sua vida profissional, Bandeira de Mello tinha muitas dúvidas sobre o mundo jurídico. Ele, porém, contava com uma vantagem em relação aos seus colegas de profissão: tinha um professor em casa para orientá-lo.

Foi seu pai, Oswaldo Aranha Bandeira de Melo, reitor da PUC-SP, quem lhe apresentou Hans Kelsen, autor de Teoria Pura do Direito e o jurista que mais o influenciou em sua formação.

“Eu estava quebrando a cabeça para descobrir o que é o Direito, e um cara já tinha feito tudo isso um milhão de vezes melhor do que eu. Foi como se o mundo tivesse se aberto para mim. Fiquei deslumbrado com aquilo”, diz Bandeira.

Apesar da admiração por Kelsen e por seu rigor técnico, o advogado não se considera um seguidor de seu pensamento. “Para ele, a norma é apenas um esquema de interpretação. E eu não penso assim”, diz.

Declarando-se positivista, Bandeira diz que não se considera menos tributário de Kelsen pelo fato de considerar que o Direito absorve valores de cada tempo histórico. ”Não me considero moralista quando digo que aqueles valores da sociedade estão dentro do sistema jurídico.”

Obras Jurídicas
Bandeira de Mello diz que um jurista que o influenciou bastante foi Rui Cirne Lima, autor de Princípios do Direito Administrativo. Além dele, seu pai, de quem foi assistente, são suas grandes referências na área. “Nossas diferenças [entre ele e o pai] são muito mais nominais do que essenciais.”

Primeiras letras
O gosto pela leitura se deve a Monteiro Lobato. A coleção é a primeira que o advogado lembra ter lido. O personagem Pedrinho, diz, era o seu favorito. “Aos oito anos, já lia bastante. Era fácil me identificar com Pedrinho, pelo fato de ele ser um menino como eu. Mas me agradava muito o Visconde de Sabugosa. Sentia-me encantado.”

Li e Recomendo
Mais tarde, seu pai acabou abrindo para Bandeira um universo até então desconhecido: o da sociedade de massas. O primeiro contato com esse universo foi pela obra A Psicologia das Multidões, de Gustave Le Bron, sugerida pelo pai. Ainda hoje ele lembra da frase: “Uma assembleia de sete sábios equivale a um idiota”.

Segundo Bandeira, o trecho significa que as multidões reagem segundo impulsos psicológicos profundamente diferentes dos de uma pessoa isolada. “Quando você está tomado pelo espírito de multidão, você não segue mais a racionalidade, mas certos impulsos inconscientes do ser humano”, diz.

Infância e Juventude
Ao relembrar sua infância, o advogado resgata que a leitura era um hábito comum das crianças e adolescentes de sua época, pois não havia tantas distrações eletrônicas como hoje em dia. Dentre as obras que leu nesse período, ele destaca Winnetou, do alemão Karl MayOs Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, e O Cão dos Baskervilles, deArthur Conan Doyle.

Na obra que narra uma das aventuras mais famosas de Sherlock Holmes, o ambiente de terror fascinou Bandeira. “Tudo se passava onde havia alguns quadros de nobres de corpo inteiro que tinham morado lá. Havia um clima bastante sedutor. Tudo [em Sherlock Holmes] é um clima de raciocínio, de deduções”.

Cinema
Apesar de ser um crítico ferrenho da sociedade americana, em especial do uso da violência nos filmes, Bandeira se diz admirador da obra de Woody Allen. “Ele é a prova de que existe vida inteligente nos Estados Unidos da América do Norte.”

Para Bandeira, no entanto, o cinema italiano é imbatível, especialmente os filmes de Federico Fellini. “Gostava imensamente do neorrealismo italiano e dos filmes com a Giuleta Masina. Que coisa linda!”

Elton Bezerra é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 25 de julho de 2012


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Luciano Ducci e o socialismo: ele ou o PSB estão mentindo

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O prefeito Luciano Ducci, candidato a reeleição, é do Partido Socialista Brasileiro. Quem está mentindo, o PSB ou o próprio Luciano Ducci? Luciano Ducci não fala em socialismo, esconde o nome “socialista” de seu partido, e defende o neoliberalismo igual aos demotucanos. O PSB não é um partido socialista? Então que mude de nome! O PSB é socialista? Estão Luciano Ducci, por que Vossa Excelência está no partido?

São as mesmas perguntas para o vice de Ducci, Rubens Bueno. Faz parte do Partido Popular Socialista – PPS, mas também é neoliberal.

A chapa Ducci/Bueno é tão demotucana que sua cor é azul e amarelo.

Isso é coerência? Eu chamaria de despolitização da política.

Alguém está mentindo!


Filed under: Política Tagged: Luciano Ducci, PPS, PSB, Rubens Bueno, socialismo

Estado de Exceção no Brasil? – Tarso Genro

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

“Estado de Exceção no Brasil?”

Carl Schmitt, jurista e filósofo alemão de formação católica que deu sustentação às teses do nazismo, foi o grande inspirador da teoria do “estado de exceção permanente”. Dizer que no Brasil vivemos num estado de “exceção permanente” é um arroubo esquerdista e não uma formulação teórica séria. Validada a ideia de que estamos num “estado de exceção permanente” nos restaria, como estratégia central, buscar a quebra do atual Estado Democrático de Direito, pois este Estado seria em si mesmo um “estado de exceção”. O artigo é de Tarso Genro.

Na Carta Maior

Por Tarso Genro (Governador do Estado do Rio Grande do Sul pelo Partido dos Trabalhadores – PT)

Leio um texto de Bia Barbosa na “Carta Maior”, cujo título é “Brasil forjado na ditadura representa estado de exceção permanente”. Ele cobre um Seminário realizado em São Paulo, com a participação de importantes personalidades da esquerda intelectual do país e ativistas dos direitos humanos. A matéria informa que ali foi consagrado que o Brasil vive um “estado de exceção permanente”, condição ensejada pela própria Constituição de 88 ; que a “elite brasileira branca” permitiu-se molhar a mão de sangue e freqüentar e financiar câmaras de tortura; que a ditadura se retirou, não porque foi derrotada, mas porque cumpriu os seus objetivos; e que paira no Brasil, sobre os mortos e desaparecidos, um grande acordo do “não esclarecimento”.


O que parece (pelo menos pela matéria que foi publicada na Carta Maior), é que o radicalismo das visões ali expostas, joga para outro lado da cerca -para a cumplicidade com a transição conciliada – todos os que defendem que não há um “estado de exceção permanente” no Brasil, logo, quem não concorda com a estratégia política que parte desta constatação original (oposição extrema aos governos Lula e Dilma) é um cúmplice da legitimação do tal “estado de exceção permanente” em nossa democracia.

O suposto radicalismo desta análise levou – pelo menos alguns dos seus destacados representantes – a jogarem água no moinho da direita autoritária e neoliberal durante a chamada “crise do mensalão”, cujo objetivo, como se vê pelo destino de um dos seus mais destacados jacobinos da moral (o Senador Demóstenes), não era combater a corrupção, mas inviabilizar o governo democrático reformista do Presidente Lula. Certamente os que participaram daquele movimento fizeram-no pela concepção, ora esclarecida, de que vivemos numa “exceção permanente” e, assim, Lula encarnaria (como Líder no sentido schmittiano), a plena soberania estatal. Por isso poderia ditar reformas e mudanças profundas, inclusive expressamente de natureza anticapitalista, usando as prerrogativas da “exceção” para realizá-las.

Felizmente, a cobertura que a mídia lhes deu naquele momento, não somou a ponto de potencializar a derrota do Presidente. O resultado é que quase 40 milhões de brasileiros saíram da pobreza, começaram a comer e a estudar, o que aparentemente não sensibiliza os nossos teóricos da exceção.

Pretendo problematizar algumas das premissas ou conclusões, que aparecem na matéria para, logo após, deter-me um pouco mais na tese de que vivemos um “estado de exceção permanente”. Atento mais para este ponto, porque desta concepção medular podem partir conclusões graves para a não aceitação de uma estratégia democrática, no difícil processo de construção da democracia no país, tendo como referência a Constituição de 88. Validada a ideia de que estamos num “estado de exceção permanente” nos restaria, como estratégia central, buscar a quebra do atual Estado Democrático de Direito, pois -segundo os referidos críticos- este Estado é em si mesmo um “estado de exceção”.

Entendo que se isso acontecesse, estaríamos perante um tremendo retrocesso da democracia política no Brasil, que assim transitaria de mais liberdades políticas para menos liberdades políticas, de menos elitismo para mais elitismo, de mais coesão social e combate às desigualdades dentro do capitalismo para mais desigualdade e fragmentação social dentro do mesmo sistema do capital.

Parto, na minha análise, das seguintes convicções: é preciso defender e expandir o Estado de Direito no Brasil, mesmo que ele só garanta avanços lentos e moderados para reduzir as desigualdades; não vivemos nenhum “estado de exceção” no Brasil, mas um Estado Democrático de Direito, com democracia política limitada, como em todas as democracias, pela força que o poder do capital exerce sobre as instituições do Estado e sobre a própria política em quaisquer sistemas democráticos do mundo; a democracia atual permite a inclusão de milhões de pessoas na vida produtiva, na sociedade formal, na educação e na política, criando sujeitos sociais novos e novas demandas, que tendem a alargar a democracia econômica e social e bloquear as reformas neoliberais ainda em curso no mundo; finalmente, além de termos sido derrotados na luta pela derrubada da ditadura (o que ocorreu foi uma transição negociada), nosso processo de mudanças institucionais e econômicas é mais difícil, porque enfrentamos um ambiente internacional de derrota das idéias libertárias da esquerda socialista, “queimadas” pela nossa escassa capacidade de renovação e também pelo fracasso das ditaduras burocráticas dos partidos comunistas tradicionais.

Esta transição, que teve como conseqüência altamente negativa as “salvaguardas” para os criminosos civis e militares dos aparatos clandestinos ou institucionalizados da repressão, por outro lado teve o mérito de evitar uma guerra civil de conseqüências certamente brutais para o nosso país e que jogaria, na sua base, brasileiros contra brasileiros, já que as pessoas do povo –de ambos lados- são sempre a “bucha-de canhão” de qualquer guerra ou revolução.

Passo a dar uma outra versão das premissas que sustentam a conclusão da “exceção permanente” em nosso país. Não é verdadeira a tese de que a “elite brasileira branca” permitiu-se molhar a mão de sangue e freqüentar-financiar câmaras de tortura. A “elite brasileira branca” (categoria política e sociológica tipicamente populista, engendrada para cortejar emoções insanas), enquanto a ditadura lhe servia foi majoritariamente indiferente às câmaras de tortura, como foram a classe operária e as camadas médias da sociedade. Parte minoritária da elite branca, empresarial ou não, inclusive não apoiava a ditadura nem a tortura, mas preferia uma oposição acordada, por dentro do regime ou a oposição através do partido consentido, o MDB. Uma minúscula parte da burguesia brasileira (elite branca) financiou ou frequentou câmaras de tortura.

Não é verdadeiro, também, que a ditadura retirou-se porque foi vitoriosa. Ela, na verdade, foi acuada e desenvolveu uma bem estruturada retirada em ordem, sem ser vitoriosa, apoiada por amplos setores da burguesia (a tal “elite branca”), porque o seu projeto não tinha mais condições de ser sustentado social e politicamente. A ditadura recebia uma forte oposição no plano internacional e os cofres começavam a esvaziar-se em função da primeira e da segunda crise do petróleo. Um certo “estatismo” de Geisel -embalado por uma ideologia nacionalista de direita- só poderia ser fulminado pelo empresariado liberal, dentro da democracia, não por dentro de uma ditadura.

A ditadura também sofreu severos golpes, com fortes reflexos internacionais, tanto da esquerda armada como da esquerda que militava dentro do MDB, com grandes repercussões internacionais e no plano interno. O consenso que ela conquistara, com o desenvolvimento industrial e o emprego, dissolveu-se confrontado com uma dura luta política e a resistência armada.

Não há, no Brasil, finalmente, nenhum acordo de “não esclarecimento”. Pelo contrário, dentro da transição conciliada este tema tem sido tratado com arrojo e seriedade, sem fazer provocações às corporações da Forças Armadas. Não só pelas organizações que defendem os direitos dos familiares dos mortos e desaparecidos e militam na defesa dos Direitos Humanos, mas também pelo Estado. Este, com as Caravanas da Anistia, que instituímos no Ministério da Justiça (interpretando a Lei da Anistia), anistiou os guerrilheiros do PC do B, Lamarca e Mariguela, além de outras centenas de resistentes ou revolucionários.

Posso testemunhar, como orientador destas políticas de governo naquele período, que isso foi feito com o estímulo e o apoio do Presidente Lula e com a sustentação de parte da base do governo no Congresso. O STF é que, numa decisão lamentável, interpretou a Lei de Anistia como aplicável aos torturadores, acolhendo o sentido que o regime militar em recuo, emprestou à Lei na época da sua aprovação.

Esta interpretação trouxe, sim, para dentro da transição democrática, até agora, a imunização penal dos assassinos e torturadores, fato que não caracteriza um regime de “exceção permanente”, mas uma limitação das democracias que sucedem ditaduras militares e não emergiram de revoluções. Através da Comissão da Verdade e das centenas de comissões que deverão se abrir no país, reabrir-se-á o tema da impunidade dos assassinatos e das torturas, que a ditadura promoveu inclusive fora da sua própria legalidade arbitrária. A continuidade desta luta seria impossível num regime de “exceção permanente”.

Passo a analisar a tese da “exceção permanente”.

Carl Schmitt, jurista e filósofo alemão de formação católica que deu sustentação às teses do nazismo, foi o grande inspirador da teoria do “estado de exceção permanente”. Schmitt, embora não admitisse de forma expressa, deu um estatuto histórico ao “estado da natureza”, de Hobbes. Para Schmitt, a soberania do Estado não consiste no monopólio da coerção ou da dominação – fundamentado e organizado artificialmente pelo Constituinte – mas na capacidade de decidir acima do artifício das instituições criadas pela política. Na sua época, a política liberal-democrática, segundo ele, degradada durante a República de Wheimar.

A soberania é identificada por Schmitt diretamente com a força indiscriminada, ou seja, ela, a soberania, reside na força que permite agir para suspender a própria validade das leis, o que faz do ordenamento uma pendência da própria vontade do soberano que, para Schmitt, está presente no Poder Executivo: através do Presidente, do Ditador, do Líder, o sistema de direito instaurado (o ordenamento), está sempre “à disposição” de quem decide. A exceção, portanto, a capacidade de declarar a exceção, é a regra que define a própria soberania: o uso da exceção é o seu verdadeiro conteúdo e a garantia ou a suspensão do Direito, tanto na normalidade política e na estabilidade social, como na crise e na instabilidade.

No seu famoso e brilhante texto “O Fuhrer protege o Direito” – sobre o discurso de Adolf Hitler no Reichstag em 13 de julho de 1934 – Carl Schmitt, citando o próprio Hitler, faz um esclarecimento lapidar da sua teoria da normalidade e da exceção e, ao mesmo tempo, mostra como promove a exceção à condição de regra e fundamento do Estado soberano: “ O Fuhrer protege o direito do pior abuso, quando ele no instante do perigo cria o direito sem mediações, por força da sua liderança (Fhurertum) e enquanto Juiz Supremo: (e Schmitt cita Hitler) – “Nessa hora fui responsável pelo destino da nação alemã e com isso juiz supremo do povo alemão. O verdadeiro líder (Fuhrer) sempre é também juiz. Da liderança (Fuhrertum) emana a judicatura (Richtertum). Quem quiser separar ambas ou mesmo opô-las ou transforma o juiz no contra-lider (Gegenfuhrer) ou em instrumento do contra-líder e procurar paralisar (aus den Angeln heben) o Estado com a ajuda do Judiciário. Eis um método muitas vezes experimentado, da destruição não apenas do Estado, mas também do Direito.”

Mais adiante, Schmitt assevera dois fundamentos importantes da definição da exceção, como base da soberania estatal, ao criticar os juristas democráticos de Wheimar. Primeiro argumento: “Do mesmo modo o Direito Constitucional tornou-se, nessa corrente de pensamento, a Magna Carta dos que cometem alta traição e traem a pátria. Com isso o Judiciário se transforma em uma engrenagem de imputações (Zurechnungsbetrib), sobre cujo funcionamento previsível e por ele calculável o criminoso tem um direito subjetivo adquirido.” (Neste argumento, Schmitt fundamenta que a exceção deve estar disponível à vontade do líder, porque as garantias constitucionais do Estado de Direito Liberal Democrático, permitem que os criminosos contra o Estado -os revolucionários ou sociais-democratas, que apoiavam as conquistas de Wheimar – teriam a proteção do Judiciário, como guardião da Constituição, pois só ele poderia definir a “exceção”, segundo aquele ordenamento “artificial” do Estado de Direito).

Segundo argumento: “Todo o direito tem a sua origem no direito do povo à vida. Toda a lei do Estado, toda a sentença judicial contém apenas tanto direito quanto lhe aflue dessa fonte (o Líder, o Fuhrer). O resto não é direito, mas ‘um tecido de normas coercitivas, do qual um criminoso hábil zomba’.” (Neste argumento, ele identifica sem mediações o Líder com o Povo, depois de mostrar que esta vigilância dos interesses do povo –que é uma “comunidade concreta” como teorizava Schmitt- está na soberania do Estado, que , por seu turno é realizada pelo Líder (“fonte superior” do Direito).

Schmitt deixa claro, nesta parte do seu discurso teórico – sem nenhuma sofisticação diga-se de passagem – porquê o “Fuhrer protege o direito” e, principalmente, de quem ele protege: daquele povo concreto em movimento contra o Estado e contra o seu Líder. Assim, o “estado de exceção permanente” é a regra do ditador unipessoal, como executivo que comanda o Estado e como Juiz que decide sobre a suspensão das leis e do Direito – do ordenamento.

Dizer que no Brasil vivemos num estado de “exceção permanente” é um arroubo esquerdista e não uma formulação teórica séria. Tanto pode ser uma idealização de um regime democrático, que está num horizonte improvável, como uma abstração dos seus ideais de origem, plebeus e revolucionários. Também pode ser uma provocação à margem da História, para estimular que não se faça política dentro da democracia, pois num regime de exceção o que se deve perseguir, conscientemente, é a sua derrubada. Sim, a sua derrubada, pois a “exceção permanente” extingue a política e o crime, absorvendo ambos, internalizando-os no Estado, monopolizando, tanto a fabricação das leis como a sua violação impune.

A “exceção permanente” é, pois, a supressão radical das condições do Estado minimamente público, pois este se torna um grande ente privado, propriedade de um Líder, cuja força está na transformação do poder de polícia e do poder do sistema repressivo em força política, capaz de promover a sua aparente legitimação pelo terror e pelo silêncio.

O sucedâneo da Constituição de 88 é a democracia política, a inclusão social e educacional massiva. É o início da revolução democrática no Brasil, que tanto pode retroceder como avançar, aí restaurando a idéia do socialismo, conjugada com a democracia, a pluralidade política e a inserção soberana do país num mundo hostil e globalizado. A “exceção permanente” faria todos os democratas, socialistas ou não, comunistas ou não, esquerdistas ou não, encontrarem-se no fundo dos cárceres, para novamente revisar as concepções que lhes levaram à divisão ou à impotência.


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Veja como as calçadas de Curitiba ficaram por causa da omissão dos últimos prefeitos da cidade

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 

Veja no site a situação lastimável das calçadas de Curitiba após as gestões de Cassio Taniguchi (DEMO), Beto Richa (PSDB) e Luciano Ducci (PSB). Faça sua denúncia no site Minha Calçada.


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Governo Beto Richa descumpriu a lei por 5 dias e cobrou por primeira via da carteira de identidade dos paranenses

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

No Governo Beto Richa tudo é lento.

A Lei 12.687, sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff (PT) em 18 de julho de 2012, alterou o art. 2o da Lei 7.116/83 e determinou que “É gratuita a primeira emissão da Carteira de Identidade”. A lei passou a vigorar no dia de sua publicação, dia 19.

O Governo Beto Richa, por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Polícia Civil começou a emitir apenas ontem (24) a primeira via da carteira de identidade de graça.

Lento, tudo muito lento…


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Gustavo Fruet divulga a música de sua campanha “Curitiba quer mais”

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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Atriz curitibana Letícia Sabatella vai votar em Rafael Greca para prefeito

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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Professora Josete é a vereadora de Curitiba com a menor rejeição. Derosso é o mais rejeitado

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A Professora Josete (PT) é a vereadora de Curitiba com a menor rejeição. Segundo enquete do Blog do Tarso, apenas 106 cidadãos escolheram Josete como vereadora em quem não votariam de jeito nenhum. O ex-vereador João Cláudio Derosso (ex-PSDB) foi o mais rejeitado, com 254 votos.

Os vereadores da oposição e da base de apoio do candidato Gustavo Fruet (PDT/PT/PV) foram os menos rejeitados.

Veja a lista completa:

João Cláudio Derosso (ex-PSDB) 254 4%
João do Suco (PSDB) 216 3%
Denilson Pires (DEMO) 216 3%
Pastor Valdemir Soares (PRB) 215 3%
Renata Bueno (PPS) 204 3%
Odilon Volckmann (PSDB) 202 3%
Algaci Tulio (PMDB) 201 3%
Francisco Garcez (PSDB) 199 3%
Roberto Hinça (PSD) 199 3%
Professor Galdino (PSDB) 197 3%
Julieta Reis (DEMO) 195 3%
Emerson Prado (PSDB) 194 3%
Julião Sobota (PSC) 193 3%
Beto Moraes (PSDB) 190 3%
Jair Cézar (PSDB) 188 3%
Nely Almeida (PSDB) 188 3%
Edson do Parolin (PSDB) 186 3%
Felipe Braga Cortes (PSDB) 185 3%
Sabino Picolo (DEMO) 185 3%
Juliano Borghetti (PP) 181 3%
Jairo Marcelino (PSD) 178 3%
Serginho do Posto (PSDB) 177 3%
Zezinho do Sabará (PSB) 177 3%
Jorge Yamawaki (PSDB) 176 3%
Aldemir Manfron (PP) 172 3%
Zé Maria (PPS) 170 3%
Tito Zeglin (PDT) 169 3%
Tico Kuzma (PSB) 166 2%
Caíque Ferrante (PRP) 165 2%
Dona Lourdes (PSB) 162 2%
Dirceu Moreira (PSL) 161 2%
Celso Torquato (PSD) 155 2%
Pedro Paulo (PT) 137 2%
Noemia Rocha (PMDB) 135 2%
Jonny Stica (PT) 127 2%
Aladim Luciano (PV) 127 2%
Paulo Salamuni (PV) 110 2%
Professora Josete (PT) 106 2%

Aproveite e veja a Lista Proibida do Blog do tarso, dos vereadores de Curitiba que não merecem ser reeleitos: http://blogdotarso.com/lista-proibida


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Pedido do dia: Primeira-Dama, peço apenas para ficar calada durante o horário de trabalho!

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


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Divulgado agora pela OAB/FGV o padrão de resposta da peça processual da prova prático-profissinal do VII Exame de Ordem Unificado

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Divulgado agora pela Ordem dos Advogados do Brasil e pela Fundação Getúlio Vargas o padrão de resposta da peça processual da prova prático-profissinal do VII Exame de Ordem Unificado de 8/7/2012:

http://www.oab.org.br/arquivos/padrao-de-resposta-vii-eou-administrativo.pdf


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Beto Richa diz que decisão do Poder Judiciário é descabida e que o magistrado não está acima da lei

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O governador do Paraná Beto Richa (PSDB) realmente é prepotente e autoritário. Chamou de “descabida” a decisão do juiz eleitoral Marcelo Wallbach Silva que suspendeu a divulgação de comerciais do governo do estado referentes à instalação das Unidades Paraná Seguro – UPSs em Curitiba.

O Poder Judiciário entendeu que os comerciais beneficiavam o prefeito Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição, pois as UPSs são uma parceria do governo com a prefeitura, e a campanha de Ducci estaria usando o programa em sua campanha.

A ação foi proposta pela coligação de Gustavo Fruet (PDT), adversário de Ducci na disputa pela prefeitura.

Richa alega que a Lei Eleitoral não proíbe a divulgação de propaganda institucional e ainda criticou a presidenta Dilma Rousseff (PT): “Se o governo federal pode, porque o estadual não? Ninguém está acima da lei. Nem o juiz”, segundo a Gazeta do Povo.

E Vossa Excelência, Governador Carlos Alberto Richa, se acha acima da lei?


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Candidato do PT de Piraquara fica famoso em todo o Brasil

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

José Simão tirou sarro do candidato a vereador pelo PT de Piraquara/Paraná, o Dísney, que segundo ele é o candidato dos patetas. Disse que seria melhor ele ser candidato por Orlando, que teria mais brasileiros do que em Piraquara. Entrou para o PGN – Partido da Genitália Nacional.


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Resgate – Cristiano Dionísio

24 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Cristiano Dionísio – Advogado e Secretário do PDT de Curitiba.

Neste ano as eleições não se restringem aos partidos envolvidos e seus candidatos. Para além da propaganda, dos jingles, dos panfletos e dos adesivos, percebe-se que há a necessidade de se realizar um resgate.

A Curitiba que foi construída pelo trabalho das famílias que desejaram e fizeram dela sua terra fundamental, tem sido separada de tais sonhos.  A atual gestão não foi capaz de articular as forças produtivas e criativas da nossa cidade na construção de um caminho melhor, mais inclusivo e pacífico para todos.

A criatividade de Curitiba, que em mais de um momento guiou novos projetos no Brasil e no mundo, foi reduzida a uma prática política conservadora e inadequada. Essa administração municipal tem sido pautada por projetos que subvertem as prioridades fundamentais do bem comum. Essa gestão divulga obras viárias, tão inadequadas, quanto inúteis; e prefere esconder o caos da saúde pública municipal. Essa gestão utiliza a ecologia como peça de propaganda, mas é a responsável direta pela maior ameaça ambiental do município: a inadequação do Aterro do Caximba. Essa gestão nada investiu para a integração, o reconhecimento e a adoção de bicicletas como forma de transporte urbano; mas de forma caricata pintou ciclo-faixas tecnicamente inadequadas que, em mais de uma oportunidade, expuseram seus usuários a risco físico. Essa gestão alega defender a cultura, mas transfere à iniciativa privada espaços públicos constitutivos da própria identidade curitibana como a Ópera de Arame e a Pedreira Paulo Leminski.

A Curitiba forjada pela dedicação da sua gente, que aqui nasceu, ou escolheu viver, foi sequestrada da realidade e se tornando, como nos exemplos acima citados, mera peça de propaganda. É preciso resgatar a Curitiba, que por todos foi construída, das propagandas alienantes para a realidade das nossas vidas.

Diante dessa gestão, que oscila entre a ignorância dos fatos e a incompetência administrativa, como denuncia o caso do infrator Secretário de Trânsito, é preciso resgatar a prefeitura da mão daquele que não está à altura da responsabilidade que o cargo exige. Mais que isso, é necessário resgatar a dignidade das instituições que, reiteradamente, tem sido travestida como perverso balcão de negócios.

Reconheço no Gustavo Fruet a vocação e a competência necessária para resgatar a Curitiba que construímos. Temos, nestas eleições, a oportunidade histórica de eleger, a um só tempo, não somente o melhor plano de governo, mas sobretudo, a melhor pessoa e o melhor candidato.

Votarei 12 para prefeito. Votarei Gustavo Fruet. Porque amo minha cidade e resgatar Curitiba é resgatar o que há de melhor em cada um de nós.


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Andressa Mendonça está indignada por ter perdido o posto de musa da CPI do Cachoeira para Denise Leitão Rocha

23 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Andressa Mendonça, esposa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, está indignada por ter perdido o posto de musa da CPI do Cachoeira, para Denise Leitão Rocha, advogada e assessora parlamentar do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que teve um vídeo com cenas de sexo explícito vazado na internet, também chamada de Furacão da CPI. A Playboy está preferindo a Denise Rocha.


Filed under: Política Tagged: Andressa Mendonça, Carlinhos Cachoeira, CPI, Denise Leitão Rocha

ObsCena: prefeito “socialista” quer acabar com os miseráveis

23 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Marcio Lacerda (PSB), prefeito de Belo Horizonte, do mesmo partido do prefeito de Curitiba Luciano Ducci, colocou pedras embaixo dos viadutos para que os sem-teto não pudessem ali se proteger da chuva e do frio.


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