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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Datafolha: aprovação do prefeito Luciano Ducci de Curitiba despenca

21 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A aprovação do prefeito Luciano Ducci (PSDB) de Curitiba despencou entre os moradores da cidade, o que pode retirar o prefeito do segundo turno das eleições de outubro.

Em 27 de julho de 2010, em pesquisa do Datafolha, o prefeito Luciano Ducci (PSB) de Curitiba teve nota média de 6,5, a maior nota entre os prefeitos envolvidos na pesquisa, com 50% de aprovação e 5% de reprovação.

Em pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha, dois anos depois, a aprovação de Luciano Ducci despencou. Luciano Ducci (PSB), ficou com nota 5,6. Hoje apenas 39% dos curitibanos acham a gestão de Ducci ótima ou boa, 39% entendem que ele é regular, 19% ruim ou péssimo e 3% não sabem.

Era o primeiro colocado entre 6 capitais e agora é apenas o 4º colocado

Os prováveis motivos da desaprovação ao prefeito é a incompetência na gestão da saúde, as privatizações, a falta de transparência do ICI, o escândalo com o seu quase vice João Cláudio Derosso (PSDB) e a queda de popularidade do paralisado governo Beto Richa (PSDB).


Filed under: Política Tagged: Datafolha, Luciano Ducci

Pergunta do dia: empresário que sonega imposto pode ficar indignado contra a corrupção?

21 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: charge, corrupção, empresas

Obrigado pelos mais de 100 mil acessos em 21 dias do mês de julho. Recorde!

21 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Variedades Tagged: Blog do Tarso



Frase do dia na Boca Maldita: quando é que os curitibanos vão parar de votar em milionários?

20 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Milionário e José Rico

Gustavo Fruet, dos líderes, é o menos rejeitado. Greca e Fruet são menos conhecidos e podem subir

20 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Ainda sobre a pesquisa do Instituto de Pesquisas Datafolha divulgada hoje, mostra que infelizmente os candidatos Carlos Moraes (PRTB), Bruno Meirinho (PSOL), Alzimara Bacellar (PPL) e Avanilson Araújo (PSTU) estão com 0%.

Os cidadãos quee declararam votar branco ou nulo são 9%.

Os indecisos são 7%. Portanto, nada está decidido e até Rafael Greca (PMDB) tem chances de ir para o segundo turno.

Na pesquisa espontânea, sem a apresentação dos nomes de candidatos, a situação é ainda mais indefinida:

  • 63% declararam não saber em quem votariam ou não opinam
  • 9% declararam votar em branco ou nulo
  • Luciano Ducci tem 9%
  • Gustavo Fruet tem 7%
  • Ratinho Junior 6%
  • Rafael Greca 2%

A rejeição é a seguinte:

  • Rafael Greca 32%
  • Luciano Ducci 19%
  • Ratinho Junior 17%
  • Alzimara Bacellar 10%
  • Gustavo Fruet 9%
  • Carlos Moraes 9%
  • Bruno Meirinho 8%
  • Avanilson Araújo 8%

Os entrevistados também responderam o quanto conhecem de cada candidato. Veja o resultado percentual na tabela:

Portanto, a pesquisa mostra que Luciano Ducci e Ratinho Junior são os mais conhecidos, um por ser prefeito e o outro por ser filho do apresentador, aparecer na TV e ser confundido com o pai.

Gustavo Fruet e Rafael Greca, por serem menos conhecidos, podem com a propaganda na TV conquistarem mais apoiadores.


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Rafael Greca

Seminário Binacional México – Brasil sobre o regime jurídico dos partidos políticos – 9 e 10 de agosto de 2012

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Em agosto estarei palestrando nesse importante evento internacional no México, com os juristas mexicanos Ricardo Monreal Ávila, Cesar Camacho Quiroz, Jesús Galván Muños, Miguel Ángel Zarazúa Martínez, Jaime Cárdenas Gracia, Jorge Fernández Ruiz, Javier Corral, Bernabé Luna Ramos, Pedro Miguel Ángel Garita Alonso, e os brasileiros Eneida Desiree Salgado, Ivo Dantas, José Filomeno de Moraes Filho e Ana Claudia Santano.


Filed under: Direito Tagged: Direito Eleitoral, México, partidos políticos, Tarso Cabral Violin

Para Ministro do Trabalho Brizola Neto (ex-blogueiro), Gustavo Fruet é o mais preparado para administrar Curitiba

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fotos: Everson Bressan

O candidato do PDT à Prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet, recebeu, nesta sexta-feira (dia 20), no Aeroporto Afonso Pena, o ministro do Trabalho, Brizola Neto. Um dos principais nomes do PDT nacional, o ministro (ex-blogueiro do Tijolaço e neto do grande Leonel Brizola) veio à capital paranaense para participar da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, evento realizado na Universidade Positivo pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba.

Brizola Neto deu um depoimento sobre o trabalho de Gustavo Fruet na política e sobre a importância de sua eleição para Curitiba. “Eu tive a oportunidade de conhecer o Fruet no meu primeiro mandato de deputado federal. Ele é um exemplo de político por sua postura e pelas políticas públicas que defende. Tenho certeza que agora, diante desse novo desafio, de estar à frente em Curitiba da mesma coligação que sustenta o governo da presidenta Dilma Rousseff em Brasília, ele vai garantir que a capital paranaense possa ter uma administração ainda melhor. E essa cidade, que é um exemplo para todo o Brasil, vai ser orgulho não só dos paranaenses, mas de todos os brasileiros”, afirmou.

“É uma alegria receber o ministro em nossa cidade. Durante a visita já vamos discutir futuras parcerias com o Governo Federal, através do Ministério do Trabalho, para criar mais empregos e melhorar a qualificação dos trabalhadores de Curitiba”, emendou Gustavo.

Na Conferência dos Bancários, Brizola Neto concedeu entrevista coletiva para falar de temas de sua pasta. Na sequência, o ministro conversou com Mirian Gonçalves, candidata a vice-prefeita de Curitiba de Gustavo Fruet na Coligação “Curitiba Quer Mais”, e depois apresentou uma palestra no evento.


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Leonel Brizola, Miriam Gonçalves

Curitibano Clark Crente fica famoso em todo o Brasil

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 22 comentários

O curitibano Clark Crente fica famoso em todo o Brasil. Ewerson Alves da Silva pretende ser candidato a vereador pelo PDT de Curitiba mas por enquanto é apenas o primeiro suplente. Seu apelido faz referência ao personagem Clark Kent, o Superman, e apenas será candidato se algum dos 28 atuais forem impugnados pela Justiça Eleitoral.

O novo super-heroi curitibano é evangélico e já apareceu até no UOL e Terra, após ser divulgado pelo Blog do Esmael. O Crente é do mesmo partido de Gustavo Fruet, candidato favorito a prefeito de Curitiba.

O Oilman já não é mais o único super-heroi de Curitiba. Resta saber se o Oilman fará parte da Liga da Justiça junto com Clark Crente ou se fará aliança com o Luciano “Lex Luthor” Ducci.


Filed under: Política Tagged: Clark Crente, Gustavo Fruet, PDT

Dilma sanciona lei que permite a realização das obras do PAC por meio do RDC

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A presidenta Dilma Rousseff (PT) sancionou a Lei 12.688, de 18 de julho de 2012, que inclui as obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento na Lei 12.462/2011, que instituiu o RDC – Regime Diferenciado de Contratações. O RDC é uma modalidade de licitação mais ágil, que trás avanços e retrocessos no campo jurídico.

Vejam os posts sobre o RDC do Blog do Tarso, clique aqui.


Filed under: Direito, Política Tagged: Dilma, PAC, RDC licitações Copa do Mundo Jogos Olímpicos

Feliz “Dia do Amigo”!

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Álvaro Dias, Beto Richa, Dia do Amigo, PSDB

Furacão da CPI do Cachoeira diz que é mulher séria

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Conforme noticiado que após a divulgação na internet do seu vídeo erótico, a musa da CPI do Cachoeira foi demitida, mas já recebeu convite para posar nua na Playboy, a ex-assessora jurídica parlamentar do senador Ciro Nogueira (PP/PI), Denise Leitão Rocha, chamada de “Furacão da CPI” decidiu processar o parceiro pela divulgação da gravação. Diz que não é garota de programa, mas sim uma mulher séria.

Continuo afirmando: há muitos cargos de provimento em comissão no Congresso Nacional. Concurso público (sério) já!


Filed under: Política Tagged: Carlinhos Cachoeira, CPI, Denise Leitão Rocha

Rafinha Bastos critica a eficiência da telefonia celular privada no Brasil, privatizada pelo presidente FHC

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Rafinha Bastos (ex-CQC) critica a eficiência da telefonia celular privada no Brasil, privatizada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Mas a iniciativa privada não é eficiente?


Filed under: Política Tagged: FHC, privatizações, Rafinha Bastos, telefonia

Discurso do Senador Requião sobre liberalismo brasileiro que é igual jabuticaba: só dá aqui

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O que houve no Paraguai no dia 25 de junho de 2012 é a mesma coisa que aconteceu no Brasil no dia 1º de abril de 1964: um golpe de Estado, disse no plenário, no dia 9 de julho, o senador Roberto Requião (PMDB/PR). Segundo ele, não há eufemismo que possa desmentir ou encobrir os fatos. O senador ironizou ainda a defesa do golpe feita por parlamentares, jornalistas e veículos de comunicação, dizendo que os liberais brasileiros são como a jabuticaba, uma mirtácea que só dá em nosso país.
Requião fez ainda um paralelo entre o golpe que derrubou o presidente João Goulart, em 1964, e golpe que interrompeu o mandato do presidente paraguaio. Para ele, o roteiro é o mesmo, repetindo-se acusações idênticas contra um e outro mandatário. A partir daí, Requião fez um mergulho nos principais fatos políticos da história do país, para mostrar a peculiaridade do “liberalismo-jabuticaba”, sempre na contramão dos interesses populares e nacionais. O senador mostrou ainda como age esse liberalismo sui generis, quando critica as medidas econômicas do governo federal. Leia (abaixo) e veja (acima) o discurso do senador Roberto Requião.

Hoje vou falar de jabuticaba, esta mirtácea nativa da Mata Atlântica brasileira.
É que o golpe de Estado no Paraguai – a deposição do presidente Lugo não pode ser diminuída com eufemismos- me fez lembrar as jabuticabas.
Como se sabe, algumas coisas só dão no Brasil. Diploma para jornalista, justiça eleitoral e jabuticaba, por exemplos.
Daí que o jornalista Luís Nassif passou a denominar de “liberalismo de jabuticaba” o curioso liberalismo professado por nossas elites e propagado pela gloriosa e impávida mídia.
Notadamente pelas tais Organizações Globo.
Mas não só. A Folha e o Estadão são também useiros e vezeiros porta-vozes desse jabuticabismo.
Com o golpe no Paraguai, esse liberalismo tão nosso, tão peculiar mais uma vez se manifestou com todo o esplendor….. de sua pobreza.
Já que, segundo Marx, a história não se repete, a farsa do dia 25 de junho de 201em Assunção, em sua essência, pouco difere da farsa do dia 1º de abril de 1964, produzida exatamente neste plenário.
Desta cadeira, declarou-se vaga a Presidência da República e empossou-se aquele que seria o sucessor “legal”do presidente declarado impedido. Enfim, tudo dentro da mais estrita legalidade, obedecidos todos os ritos constitucionais. Como no dia 25 de junho, em Assunção.
Lá e cá, tínhamos um presidente populista, como dizem e como diziam os nossos pundonorosos liberais. Classificar um governante de populista é, desde sempre, o argumento de quem não tem votos, como observou Samuel Pinheiro Guimarães, tão acostumado aos golpes nestes tristes trópicos.
E quem não tem votos está vigilante, eternamente vigilante para as oportunidades que se oferecem.
Lá e cá, dizem nossos udenistas, os presidentes desafiaram as Forças Armadas. Lugo, permitindo uma manifestação popular em um quartel; Goulart participando de ato político de soldados, cabos e sargentos.
Lá e cá, os presidentes estimularam a agitação no campo, Lugo com os sem-terra guaranis, os carperos; Goulart com as Ligas Camponesas de Julião.
Lá e cá, os presidentes imaginaram um revolucionário programa de industrialização nacional. Lugo, usando a energia de Itaipu; Goulart construindo um conjunto de hidrelétricas. Lugo, contando com o apoio de uns poucos empresários nacionais; Goulart com o apoio de empresários com o descortino de um Armando Monteiro, de um José Ermírio de Moraes, de um Mário Wallace Simonsen, de um Celso Rocha, de um Baby Bocaiúva, de Rubem Paiva, Horácio Coimbra, Walter Moreira Salles, Samuel Wainer.
Brasileiros destemidos que não se deixaram impressionar pelo discurso rastaquera, medíocre do anticomunismo, dos pregadores de sempre da lei e da ordem, dos crocitadores do ódio, do entreguismo e do atraso.
Lá e cá, a imprensa transformou-se em partido político, liderando o golpe; no Paraguai, o ABC Collor e quetais; no Brasil, o Globo, o Estadão, o Jornal do Brasil, o Correio da Manhã e seus abomináveis editoriais que gritavam “Basta” e “Fora”, conclamando os militares à deposição do presidente Goulart.
Lá e cá, a bem postada burguesia e seus porta-vozes mediáticos empinavam o nariz para a “incompetência” dos presidentes. No caso brasileiro, essa difamação “grudou” de tal forma que até hoje Jango é visto com reservas, não apenas à direita, como seria natural, mas também à esquerda.
Esse paralelismo, essas semelhanças não são ao acaso. Os mesmos elementos, as mesmas induções vamos encontrar nos golpes no Chile, na Argentina, no Uruguai, na Bolívia, no Perú e, mais recentemente na Venezuela e em Honduras. A crônica dessas golpes, é, monotonamente, a mesma.
Os nossos liberais-jabuticaba de hoje são descendentes diretos dos liberais do Império, dos liberais da República Velha, dos liberais de 32, dos liberais da República do Galeão, de Aragarças, de Jacareacanga, do golpe de 64.
Uma das figuras emblemáticas de nosso liberalismo, por exemplo, é Joaquim Nabuco. Especialmente o Nabuco de “O Abolicionismo”.
Pois bem, seu liberalismo, sua dedicação à causa da extinção da escravatura não o impede de fazer uma dura reprimenda a José Veríssimo, quando este, em artigo publicado logo depois da morte de Machado de Assis, refere-se ao nosso maior escritor como “mestiço”, “mulato”.
Nabuco enfurece-se. Diz ele em carta a Veríssimo:
“(…) Eu não teria chamado o Machado mulato e penso que nada lhe doeria mais que essa síntese. (….)
Machado para mim era um branco, e creio que por tal se tomava; quando houvesse sangue estranho, isso em nada afetava a sua perfeita caracterização caucásica. Eu pelo menos só vi nele o grego. O nosso pobre amigo, tão sensível, preferiria o esquecimento à glória com a devassa sobre suas origens”.
E olha que Veríssimo diz que Machado de Assis foi gênio, apesar de mulato. Mas nem isso Nabuco aceita. Ele exige a exclusão de qualquer referência às origens raciais do fundador da Academia Brasileira de Letras.
Ainda há quem se escandalize quando a Caixa Econômica Federal põe no ar uma propaganda com Machado de Assis retinindo de branco. Nada é gratuito, nada é ao acaso. Estamos fortemente atados à nossa formação, à nossa história, às jabuticabas de nossos quintais.
O que são as nossas instituições e as nossas comunicações se não a mais acabada, a mais miserável, vexatória expressão do conservadorismo, do racismo, do preconceito?
Não é à toa que fomos o último país a libertar os negros da escravidão.
Não é à toa que a abolição da escravatura tenha se arrastado no Congresso imperial por tanto tempo e que ela tenha vindo aos soluços, aos trancos e barrancos, a cada etapa fazendo supostas concessões, verdadeiras fraudes ao objetivo final.
Nunca é demais lembrar que até mesmo alguns dos defensores do fim da escravatura, que se diziam doutrinariamente liberais, queriam que os proprietários de negros fossem indenizados, a pretexto de que os contratos deveriam ser honrados, que os proprietários de negros não poderiam ser privados assim sem mais ou menos de suas posses.
Estão aí os avós de nossos liberais de hoje, que também desfraldam o princípio do pacta sunt servanda ainda que os contratos sejam nocivos aos interesses nacionais.
Oh Deus!
À medida que a escravidão não foi combatida na imprensa, nos púlpitos, na academia não tivemos no país uma cultura antiescravagista.
Não se disseminou no país um sentimento de solidariedade aos negros, um sentimento de horror, de repulsa à barbárie escravocrata.
Pelo contrário, havia uma convivência com aquela bestialidade, com aquela ignomínia como se tratasse da coisa mais normal sob a face da terra.
A omissão da Igreja, neste Brasil à época cem por cento católico, foi fundamental para que não houvesse entre nós essa cultura antiescravagista que resultasse, na sequência, em uma cultura antiracista, uma cultura humanista que inculcasse em nossas elites sentimentos civilizados. Débeis que fossem esses sentimentos, já seria alguma coisa.
Sobre o papel da Igreja na luta contra a escravatura dos negros, diz Joaquim Nabuco, em “O Abolicionismo” :
- Em outros países, a propaganda da emancipação foi um movimento religioso, pregado do púlpito, sustentando com fervor pelas diferentes igrejas e comunhões religiosas. Entre nós, o movimento abolicionista nada deve, infelizmente, à Igreja do Estado; pelo contrário, a posse de homens e mulheres pelos conventos e por todo o clero secular desmoralizou inteiramente o sentimento religioso de senhores e escravos.
No sacerdote, estes não viam senão um homem que os podia comprar, e aqueles a última pessoa que se lembraria de acusá-los. A deserção, pelo nosso clero, do posto que o Evangelho lhe marcou, foi a mais vergonhosa possível: ninguém o viu tomar a parte dos escravos, fazer uso da religião para suavizar-lhes o cativeiro, e para dizer a verdade moral aos senhores. Nenhum padre tentou, nunca, impedir um leilão de escravos, nem condenou o regime religioso das senzalas.
Conclui Nabuco : “A Igreja Católica, apesar do seu imenso poderio em um país ainda em grande parte fanatizado por ela, nunca elevou no Brasil a voz em favor da emancipação”.
Com essa omissão da Igreja, Nabuco antevê uma dificílima tarefa pós libertação dos escravos. Dizia ele: “Essa obra -de reparação, vergonha ou arrependimento, como a queiram chamar – da emancipação dos atuais escravos e seus filhos é apenas a tarefa imediata do abolicionismo.
Além dessa, há outra maior, a do futuro: a de apagar todos os efeitos de um regime que, há três séculos, é uma escola de desmoralização e inércia, de servilismo e irresponsabilidade para a casta dos senhores (…..)”.
E completa:
- Depois que os últimos escravos houverem sido arrancados ao poder sinistro que representa para a raça negra a maldição da cor, será ainda preciso desbastar, por meio de uma educação viril e séria, a lenta estratificação de trezentos anos de cativeiro, isto é, de despotismo, superstição e ignorância”.
Desgraçadamente isso não aconteceu, e o próprio Nabuco, como vimos, resvala no preconceito, é traído pela formação da elite liberal brasileira. Quer dizer, quando os nossos liberais abraçam uma causa humanitária, civilizadora fazem questão de distanciar-se da cozinha.
Se acaso, na juventude, estudantes, tenham agitado a academia, depois de formados, os doutorzinhos incorporam rapidamente os senhorzinhos.
E a mídia? Como se comportavam os nossos peculiaríssimos liberais que eram donos de meios de comunicação, históricamente?
Maltratando a verdade, como é do feitio. Não há, por exemplo, diferença substancial entre o tratamento que a Rede Globo deu àquele comício pelas diretas, em São Paulo, em 1984, que ela transformou em um happening em comemoração ao aniversário da cidade, e o tratamento que a nossa imprensa deu à rebelião de Canudos, transformada por ela em um movimento monarquista. Da mesma forma que a Guerra do Contestado, nas fronteiras do Paraná e Santa Catarina, também foi desclassificado como uma rebelião de fanáticos anti-republicanos.
Como sempre, o propósito era esconder o povo, descaracterizar o movimento, desvesti-lo de seu significado, desmoralizá-lo.
Eis aí exemplos de coberturas “isentas”. Eis aí o que os liberais mediáticos, de antanho e de agora, consideram “liberdade de expressão”.
Da mesma forma, a Revolução Federalista de 1894 foi apequenada pelos nossos liberais como “reação monarquista”.
Às vezes tenho a tentação de ver no movimento liderado por Silveira Martins como o último cavalo liberal que passou encilhado pela história brasileira e que não foi montado.
Voltando ao tema da escravatura.
Tirante os jornais que se dedicavam à propaganda contra a escravidão, cuja razão de ser era essa, os demais veículos defendiam o ponto de vista dos escravocratas e também queriam ver os donos de negros indenizados pela perda da propriedade.
Quando os movimentos liberais radicalizam-se, como os casos da Revolução Pernambucana, 1817; Confederação do Equador, 1824; Balaiada, l838-1841; Sabinada, 1837-1838; Cabanagem, 1835-1840; Farroupilha, 1835-1845, os nossos liberais de fancaria horrorizam-se, porque todos esses movimentos tinham em comum a participação popular, a luta contra a escravatura, a criação de uma República aos moldes da nascida da Revolução Francesa. Enfim, modernização das instituições e das relações econômicas e sociais.
No entanto, essa vertente liberal que tem em Frei Caneca sua grande expressão, é sufocada e fechamos o século XIX melancolicamente.
Quando nas primeiras décadas do século XX, a Coluna Prestes e o Movimento Tenentista expõem as mazelas nacionais e galvanizam a opinião pública por mudanças, o sapientíssimo liberal à moda brasileira, o mineiro Antônio Carlos de Andrada,com o mesmo senso de classe do personagem de Lampeduza, concita: “Façamos a revolução antes que a façam”.
Com a ascensão de Vargas, a primeira ruptura no pacto de classes desde 1500, os nossos liberais-jabuticaba iniciam uma longa, teimosa, implacável conspiração que vai culminar com o golpe militar de 64.
Com que constrangimento, com que vergonha, embaraço e desconforto moral vimos o proeminente quinteto da banda de música, mais o crocitante jornalista, aderirem à deposição do presidente, à cassação de mandatos eletivos, à cassação de ministros do Supremo, a prisões em massa, ao fechamento de sindicatos, ao empastelamento de jornais, à censura.
E, na sequência, à tortura e aos assassinatos de opositores políticos.
Fez mal ao país, faz mal ao país a ausência de um pensamento autenticamente liberal. Não esse liberalismo de araque, que fez e faz de golpes e tentativas de golpes o seu ideário político.
Não esse liberalismo midiático com longa, ancestral tradição de gritar “Basta!”, “Chega!”, “Fora!” a qualquer tentativa, por tímida que seja ou fosse, de mudar alguma coisa neste país.
Se rareiam os liberais, abundam, transbordam os neoliberais, que se descolam tanto do liberalismo clássico como do liberalismo social ou moderno.
Distanciam-se tanto de Locke, Adam Smith, David Ricardo, quanto de Voltaire, Montesquieu, Tocqueville, Jean-Batist Colbert, Thomas Paine, Henry Carey, Friedrich List ou Alexander Hamilton.
Ao invés desses, incensam a mediocridade dos Fukuymas e assemelhados. Entronizam como suas referências intelectuais e morais os Reagan, os Bush, as Tatcher, os Menen, os Salinas.
Confesso que, às vezes, deleito-me com os prodigiosos comentários políticos, mas especialmente as análises econômicas dessa gente.
Entretém-me o contorcionismo dos comentadores, as incríveis piruetas, as espantosas parábolas, as fantásticas hipérboles que executam para criticar cada uma das medidas econômicas do governo.
Lembram-se da redução da taxa Selic, ano passado? Os nossos liberais-jabuticaba passaram a gritar que era uma irresponsabilidade, que a inflação explodiria. Menos juros, mais consumo; mais consumo, mais inflação, pregavam com a perspicácia dos zotes.
E cada vez que o governo aumentava u, tantinho que fosse os gastos sociais, lá vinha a paulada na “gastança”.
Quantos discursos ouvimos neste plenário sobre os gastos públicos, como se fosse crime, gravíssimo delito, aumentar os investimentos em saneamento, educação, saúde, segurança e infra-estrtuutra.
Todos os gastos do governo, indistintamente, é “gastança” para os nossos liberais-jabuticaba.
E como à redução da Selic não sucedeu o cataclismo previsto, deu tilt em nossos comentadores. E eles ficaram um termpo sem saber o que dizer, lembra Luís Nassif.
E hoje, diz o jornalista, o discurso das Organizações Globo e assemelhadas é cpntra a redução do custo do financiamento, medida considerada temerária, porque pode levar o consumidor a um “endividamento irresponsável”.
Enfim, mais u ma vez revelam-se aterrorizados diante do aumento do consumo. Fico pensando, tal e qual o jornalista, que raio de liberalismo é esse que quer tutelar o consumidor, pajeá-lo, roubar-lhe o livre arbítrio, essas coisas tão caras aos mercadistas? Ou o horror deles é apenas o horror de ver os pobres consumindo?
De minha parte, mais de uma vez, revelei aqui preocupação quanto aos limites do endividamento dos brasileiros. Temia que se reproduzisse no país o fenômeno da inadimplência que levou à quebra dos Estados Unidos, em 2008. As eu não sou um liberal. Para os liberais, o discurso da tutela do consumidor é uma aberração, uma das mais graves heresias contra o deus mercado.
Particularismo o nosso liberalismo. Tanto na pó,lítica como na economia Como as jabuticabas.


Filed under: Política Tagged: golpe, Paraguai, PMDB, Roberto Requião

Parabéns Gustavo Fruet e Marcia Oleskovicz pelo casamento!

19 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Filed under: Política Tagged: Gustavo Fruet, Marcia Oleskovicz

Quem serão os doze maiores brasileiros de todos os tempos? Lula ainda é o favorito

18 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Desde o início da votação do SBT que vai eleger o maior brasileiro de todos os tempos, tenho informações que o grande escolhido será o ex-presidente Lula. Depois de divulgada a lista do 41º até o 100º e do 13º ao 40º, e em face ao perfil dessas listas, me arrisco a dizer que os 12 primeiros colocados serão os seguintes, com Lula em primeiro mas os demais não necessariamente nessa ordem:

  1. Lula
  2. Ayrton Senna
  3. Getúlio Vargas
  4. Pelé
  5. Juscelino Kubitschek
  6. Tiradentes
  7. Oscar Niemeyer
  8. Santos Dumont
  9. Chico Xavier
  10. Irmã Dulce
  11. Fernando Henrique Cardoso
  12. Faustão

Infelizmente, provavelmente ficarão de fora da lista dos 100 maiores brasileiros de todos os tempos o rei do cangaço Lampião, o religioso e corinthiano Dom Paulo Evaristo Arns, a Princeza Izabel e a atriz Fernanda Montenegro.

Na próxima quarta-feira haverá nova votação para a escolha do maior brasileiro de todos os tempos, dentro dos doze primeiros colocados. Lula continua sendo o favorito para vencer.


Filed under: Política Tagged: Lula, SBT