Projeto petista estende uso do RDC
16 de Setembro de 2013, 14:25 - sem comentários aindaO polêmico Regime Diferenciado de Contratações (RDC), criado para a Copa do Mundo, pode se tornar prática comum para todas as licitações. O governo já estendeu o modelo para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), saúde, educação, além de infraestrutura e serviços para aeroportos e dragagem. Agora, um projeto do líder do PT, José Guimarães (CE), pretende reformular a Lei de Licitações (8.666).
“A sociedade está pedindo mudanças. Essa lei 8.666 acoberta a corrupção e trava a infraestrutura do país. As pessoas se escondem atrás dela para fazer os aditivos e mal feitos”, afirma Guimarães. “Já são dois anos com o RDC e não houve nenhuma denúncia de irregularidade ou atraso “, diz.
O Tribunal de Contas da União (TCU) tem 13 processos para apurar supostas irregularidades em editais que usaram o RDC. Os inquéritos foram abertos por representação de empresas que se sentiram prejudicadas nas licitações, mas, por enquanto, nenhuma das reclamações foi julgada procedente – em três casos, os ministros já consideraram não haver desvios.
O governo também avalia que o novo modelo trouxe agilidade e economia nas contratações. Em seminário no TCU em julho, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que o RDC reduziu o tempo médio das licitações na Infraero de 243 dias para 104 dias, e de 279 dias para 79 dias no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Pelo projeto do líder do PT, as regra do RDC se tornarão o padrão nas licitações. Serão extintas as atuais modalidades de disputa, como convite e concurso, e adotado o novo modelo. A principal inovação é a contratação integrada, válida apenas para obras e serviços de engenharia, em que projeto e execução são licitados juntos.
Nesse formato, a empresa vencedora tende a cobrar um valor mais alto do que o atual, para compensar eventuais riscos, mas também tem pouca margem para reclamar de inconsistências nos custos e pedir uma recomposição dos preços, já que foi ela quem fez os estudos. Por isso, é proibida a celebração de aditivos, prática comum nas obras licitadas pela Lei 8.666.
Há, porém, dois casos em que a empresa pode pedir o aumento no preço, segundo o projeto: para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro “decorrente de caso fortuito ou de força maior”, e por alterações do projeto para “melhor adequação técnica”. O aditivo, entretanto, será de, no máximo, 10% do valor inicial, ou de 20%, para reformas. Pela 8.666, os aditivos máximos são de, respectivamente, 25% e 50%.
O RDC também permite ao poder público analisar primeiro as propostas e só verificar os documentos da empresa vencedora, para saber se está habilitada ao serviço. Pela Lei 8.666, é preciso checar os documentos de todas as empresas que querem participar – o que causa atrasos, segundo os críticos, porque as inabilitadas recorrem e a decisão sobre fica suspensa.
A mudança mais polêmica, contudo, é o sigilo do orçamento. No RDC, o valor estimado da obra ou serviço não é divulgado no edital – os únicos a receber a informação são os órgãos de controle interno e externo. Isso visa a coibir a ação de empresas que se juntam para combinar os lances, de forma a fraudar a concorrência – os cartéis.
Guimarães tentou aliviar a proposta, ao propor que o custo estimado seja divulgado com o anúncio do vencedor. No RDC, essa informação pode permanecer secreta até o fim da obra ou serviço. A única exceção ao sigilo é para as concorrências em que vence quem der o maior desconto ou apresentar a melhor técnica.
Todas essas mudanças, porém, devem enfrentar resistência no Congresso e indispor PT e PMDB. O projeto do líder petista foi anexado a uma grande revisão da Lei 8.666 feita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, cujo relator é o deputado Fábio Trad (PMDB-MT), que não quer incluir as regras no texto final.
“O governo e o PT querem RDC para tudo, mas isso deveria ser exceção”, afirma o pemedebista, que vê como alternativa a proibição de que empresas que doaram para campanhas eleitorais participem de licitações. “Não adianta inverter as fases de habilitação nem sigilo do orçamento. Isso não inibe conluio porque as empresas acertam antes os valores”, diz Trad.
Por sua vez, o líder do PT afirma que já enfrentou resistência idêntica quando foi relator da Medida Provisória 527/11, que instituiu o RDC para obras da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016. “Essas mesmas pessoas disseram que não ia dar certo, e hoje é um sucesso”, diz Guimarães. Ainda que o texto que vier a ser aprovado na CCJ não contenha regras para o RDC, nada impede que o PT tente viabilizar a inclusão das regras no plenário.
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Quinta-feira debate sobre reforma política com professores da UFPR
16 de Setembro de 2013, 14:25 - sem comentários aindaNa quinta-feira (19.09), 19h, no Diretório Municipal do PT ocorrerá um debate sobre reforma política com os professores doutores Eneida Desiree Salgado (Direito Eleitoral e Constitucional) e Ricardo Oliveira (Ciência Política) da Universidade Federal do Paraná. Com a mediação do Dr. Luasses Gonçalves dos Santos.
Endereço: Avenida Marechal Floriano Peixoto, 114, 2º andar, Centro, Curitiba.
Filed under: Direito, Política Tagged: Eneida Desiree Salgado, Partido dos Trabalhadores PT, Reforma Política
Quinta-feira debate sobre reforma política com professores da UFPR
16 de Setembro de 2013, 14:25 - sem comentários aindaNa quinta-feira (19.09), 19h, no Diretório Municipal do PT ocorrerá um debate sobre reforma política com os professores doutores Eneida Desiree Salgado (Direito Eleitoral e Constitucional) e Ricardo Oliveira (Ciência Política) da Universidade Federal do Paraná. Com a mediação do Dr. Luasses Gonçalves dos Santos.
Endereço: Avenida Marechal Floriano Peixoto, 114, 2º andar, Centro, Curitiba.
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Federação Nacional dos Petroleiros critica privatização do pré-sal e Petrobrás
15 de Setembro de 2013, 22:23 - sem comentários aindaFiled under: Política Tagged: Petrobras, Pré-Sal
No próximo sábado em Curitiba: Software Freedom Day
15 de Setembro de 2013, 22:23 - sem comentários aindaNo próximo sábado (21 de setembro de 2013), ocorrerá em Curitiba o Software Freedom Day (SFD – Dia da Liberdade do Software). Maiores informações e inscrições, clique aqui ou abaixo:
O que é o Dia da Liberdade do Software?
O Software Freedom Day (SFD) ou em português, Dia da Liberdade do Software é uma celebração mundial do Software Livre e de Código Aberto (SL/CA). Nosso objetivo com essa festa é mostrar ao público em todo o mundo os benefícios de usar SL/CA de alta qualidade na educação, no governo, em casa, e nos negócios, ou seja, em todos os lugares! A organização sem fins lucrativos Software Freedom International coordena o SFD em nível global, oferecendo apoio, brindes e um ponto de colaboração, mas times de voluntários em todo o mundo organizam os eventos SFD locais para atingir suas próprias comunidades.
Muito obrigado aos nossos patrocinadores e apoiadores sem os quais não poderíamos fazer um evento como esse acontecer.
- Saiba mais sobre o Software Freedom International e SFD
- Leia sobre Como a liberdade do software sustenta os direitos humanos, da nossa ex-presidente, Pia Waugh
- Também descubra mais sobre Software Livre
Visão
Nossa visão é a de capacitar todas as pessoas a conectar-se livremente, criar e compartilhar em um mundo digital que é participativo, transparente e sustentável.
Objetivos
- Comemorar a liberdade do software e das pessoas em torno dela;
- Promover uma compreensão geral da liberdade do software e incentivar a adoção do software livre e de padrões abertos;
- Criar mais acesso igualitário de oportunidades através da utilização de tecnologias participativas;
- Promover o diálogo construtivo sobre responsabilidades e direitos na sociedade da informação;
- Trazer organizações e indivíduos que compartilham de nossa visão;
- Como organização, ser pragmático, transparente e responsável.
Grade de Palestras e Oficinas
programacao-sfd2013-curitiba.pdf
1 – Palestras
# | Auditório | Sala 1 | Sala 2 | Corredor e Sala 3 |
---|---|---|---|---|
9:30 | Credenciamento | - | - | - |
10:00 | Palestra: Criando e consumindo webservice REST com PHP e JSON – Weiberlan Garcia |
Oficina: Java Web sem programar com as ferramentas NETBEANS e MySQL – Wellton Costa |
Oficina: Inkscape – Joelson Gai |
Espaço Conhecendo o Software Livre |
11:00 | Palestra: Software livre e articulações em rede – João Paulo Mehl |
Continuação da oficina: Java Web… | Continuação da oficina: Inskacape | Espaço Conhecendo o Software Livre |
12:00 | intervalo para almoço | intervalo para almoço | intervalo para almoço | intervalo para almoço |
13:30 | Palestra: LimeSurvey – Questionários Refrescantes, Fáceis e Livres – Rafaela Raganham |
Oficina: Extração e análise de grafos do Facebook com a ferramenta GEPHI – Wellton Costa |
Oficina: Wordpress – Paulo de Souza Lima |
Espaço Conhecendo o Software Livre |
14:30 | Palestra: Blogoosfero – Plataforma de Comunicação Livre Brasileira – Sergio Luis Bertoni |
Continuação da oficina: Extração e análise… | Continuação da oficina: WordPress | Espaço Conhecendo o Software Livre |
15:30 | Coffee-break | Coffee-break | Coffee-break | Coffee-break |
16:00 | Palestra: Gerenciando configurações com Puppet – Gustavo Soares de Lima |
Palestra: O que é Software Livre e Linux |
Continuação da oficina: WordPress | Espaço Conhecendo o Software Livre |
Obs: Nas oficinas os participantes devem levar seu próprio notebook porque não teremos computadores disponíveis. Não existe inscrição prévia, a limitação é o espaço da sala.
1 – Palestras
Título: Criando e consumindo webservice REST com PHP e JSON
REST trata-se de uma técnica ágil para elaboração de webservices. Embora muitos contrariem, o REST é expressamente recomendado quando se trata de serviços específicos da web, ou seja, caso o webservice se comunique apenas com plataformas web, o REST definitivamente é a melhor opção, pela agilidade na troca de dados entre estas plataformas.
Nesta palestra, será utilizada a linguagem PHP, e a troca de dados será na estrutura de objetos JSON, através de requisições HTTP. O principal objetivo da palestra é demonstrar a facilidade e agilidade de implementação de um webservice tipo REST.
Tópicos abordados na palestra:
- Conceito Webservice
- Conceito de REST
- Conceito protocolo HTTP
- Composição da estrutura de dados JSON
- Criação de objetos JSON a partir de arrays em PHP
- Criação em PHP de webservice REST
- Consumo em PHP de webse
Palestrante: Weiberlan Garcia
Consultor de Software Livre, trabalha na empresa Ambiente Livre Tecnologia. Aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Faculdade OPET. Desempenha funções de análise, implantação e implementação de soluções para softwares livres. Atua há mais de 4 anos com programação em PHP, MySql e jQuery, desde sistemas ERP até websites institucionais e e-commerce.
Título: Software livre e articulações em rede
Vivemos um momento histórico no debate sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação. O escândalo de espionagem do governo norte-americano deixou o resto do mundo em alerta e preocupado com a privacidade dos dados de governo e cidadãos. No Brasil. é debatido o Marco Civil da Internet e a neutralidade de rede é a grande polêmica. A sociedade latino-americana coloca a democratização da comunicação na pauta de seus debates. E as mobilizações organizadas e divulgadas nas redes sociais trazem novamente a tecnologia para o centro da ação política.
Neste sentido, ampliar o debate sobre a relação do desenvolvimento de software com coletivos, redes, movimentos sociais, sindicatos, ongs, quilombolas, povos de terreiro, artistas, empresas, governos e outros diversos movimentos se torna tarefa fundamental por entender que o conhecimento é gerado de forma compartilhada, sendo que pequenas e grandes soluções saem da inteligência coletiva dos atores sociais conectados com o desenvolvimento de software para produzir soluções de alta demanda social.
A tecnologia deve ser compreendida como um processo humano e coletivo, no desenvolvimento de software que priorize a troca de conhecimentos com diversos atores sociais, que compreenda que o sofware é vivo, precisa estar em permanente desenvolvimento e conectado com diversas habilidades para sua aplicação e aprendizagem contínua.
Palestrante: João Paulo Mehl
Integrante do Coletivo Soylocoporti, uma organização que atua na área da cultura e comunicação na perspectiva da integração latino-americana, tendo como foco ações na área da Cultura Digital. É coordenador de Cultura Digital no grupo de trabalho Cultura Viva Comunitária para América Latina. Sócio-fundador da Ethymos, agência de internet que desenvolve tecnologias de alta demanda social com código e processos livres, já coordenou dezenas de projetos web de georeferenciamento, democracia digital, comunicação e gestão para organizações sociais e culturais. Também é associado ao Coletivo Intervozes, que luta pelo direito humano a comunicação. Além disso, interessa-se tambem por questões ambientais, contribuindo com o projeto Nascentes do Iguaçu. É um incentivador da ecologia urbana, sendo que tem o sonho de tranformar o terraço de seu escritório em uma área para a produção de alimentos. Gosta de Bukowski, Leminski e é amante do samba.
Título: LimeSurvey – Questionários Refrescantes, Fáceis e Livres
O Limesurvey é um software livre desenvolvido com o objetivo de preparar, publicar e coletar respostas de questionários. Uma vez criado um questionário, ele pode ser publicado Online (questão por questão, grupo a grupo de questões ou tudo em uma única página de questionários). O Limesurvey permite definir como as questões serão mostradas e variar o formato dos questionários por meio de um sistema de padrões (templates). Fornece uma análise estatística básica sobre os resultados dos questionários. Possui a capacidade de gerar Tokens individualizados (chaves), de forma que apenas a pessoa que receber um token poderá acessar o questionário. Serão abordados na palestras um apanhado de todas as funcionalidades do software e seus benefícios e o poder da mesma na especialidade de pesquisas: – Características do Software. – A Quem se destina. – Tipos de Questões. – Controle de acesso. – Definição de Cotas. – E-mails convite. – Regras de Avaliação. – Exemplos de pesquisas. – Análise de estatística – Perguntas condicionais – Editor de templates – Configurações avançadas – A comunidade LymeSurvey no Brasil e no Mundo.
Palestrante: Rafaela Raganham
Desempenha funções de análise e desenvolvimento de sistemas desde 2008, atualmente trabalha na Ambiente Livre Tecnologia onde presta serviços de desenvolvimento e customizações de sistemas open source. Já trabalhou em empresa de TI como Grupo GCI e Copel. Formada em Sistemas de Informação, pela Faculdades Integradas do Brasil. Cursando MBA Business Intelligence na Universidade Positivo. Instrutora de treinamentos nas ferramentas SugarCRM, Joomla, Limesurvey e Pentaho BI. Palestrante FISL
e FTSL
Título: Blogoosfero – Plataforma de Comunicação Livre Brasileira
Investir em gente, na construção coletiva de conhecimento e em tecnologia é o que torna uma nação mais rica. A Rede Social Livre Blogoosfero.cc, baseada no software livre nacional noosfero, é resultado da luta dos blogueiros progressistas por garantias de privacidade no armazenamento dos dados, autonomia na gestão da política de conteúdos e liberdade de expressão. Lançada em maio de 2012 é hoje referência quando o debate é: soberania tecnológica, liberdade de expressão e segurança dos dados. Ao escolher a plataforma Blogoosfero.cc, o usuário não está apenas criando um novo canal de comunicação. Está acessando uma rede crítica e capaz de mobilizar outros sujeitos que permitirão promover o diálogo construtivo e propositivo, além de possibilitar uma nova dinâmica de construção e disseminação dos conteúdo produzidos em rede.
Palestrante: Sergio Luis Bertoni
Trabalhador na Ford Brasil Ltda. 1981-1988; Secretário da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Ford 1987-1988; Coordenador de TIE-Moscow 1990-2001,Coordenador de TIE-Brasil 1998-Presente Data; Presidente da Fundação Blogoosfero. Mestre em Filosofia – Universidade Estatal de Moscou M.V.Lomonossov, 1994; Bacharelado em Filosofia U.E.de Moscou M.V.Lomonossov; Bacharelado em Ciências Sociais e Política – 1985-1988 Incompleto (IMES – Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul)
Título: Gerenciando configurações com Puppet
Com o advento da virtualização a vida do administrador de sistemas vem ganhando características peculariares e muitas vezes o sysadmin se vê atolado de atividades e com pouco tempo. A Puppet Labs criou uma ferramenta para ajudar o sysadmin. O Puppet é um gerenciador de configurações que permite instalação e administração de serviços em pouco tempo e em centenas de servidores. Nesta palestra vamos abordar os conceitos fundamentais do Puppet e sua lógica de funcionamento.
Palestrante: Gustavo Soares de Lima
Sysadmin na Logicus Tecnologia de Informação e Comunicação.
2 – Oficinas
Obs: Para participar das oficinas os interessados devem levar seu próprio notebook porque não teremos computadores disponíveis. Não existe inscrição prévia, a limitação é o espaço da sala.
Título: Java Web sem programar com as ferramentas NETBEANS e MySQL
Desenvolvimento em Java para internet é algo muito em voga atualmente para quem desenvolve sistemas. Através da ferramenta NETBEANS, e utilizando o Framework JSF (Java Server Faces) com o complemento do PrimeFaces (Ajax) é possível criar um sistema estilo CRUD (Create, Read, Update e Delete) funcional dentro de uma página web baseando-se no mapeamento de um banco de dados através de MySQL e JPA. Será mostrado na prática a criação de uma página CRUD em JSF em tempo real para os participantes da oficina, que terá duas horas de duração.
Todos os softwares da oficina podem ser usados no Linux ou no Windows: MySQL (http://www.mysql.com), Netbeans (https://netbeans.org) e plugin para netbens chamado “PrimeFaces CRUD Generator” (http://sourceforge.net/projects/nbpfcrudgen).
Palestrante: Wellton Costa
Entusiasta Código Aberto/Software Livre desde 2005. professor do Magistério Superior, Efetivo com Dedicação Exclusiva na UTFPR campus Francisco Beltrão, lotado na COLIN – Coordenação do Curso de Licenciatura em Informática (Programação para Internet e Multimídia). Doutorando em Engenharia Elétrica e Informática Industrial com ênfase em análise de grandes dados na web, no CPGEI (UTFPR Curitiba), Mestre em Engenharia Elétrica e Informática Industrial com ênfase em recuperação de conteúdo visual na web, também pelo CPGEI, especialista em informática na Educação e Graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação.
Título: Extração e análise de grafos do Facebook com a ferramenta GEPHI
É indiscutível atualmente o poder que as redes sociais virtuais possuem sobre boa parte da população. Tal fato acarreta no aumento do número de arestas (amizades) entre nós (pessoas) em um grafo (facebook). Tal grafo tem possui características peculiares que a caracteriza como Redes Complexas, que é uma área de grande interesse tanto pela comunidade acadêmica, empresários e todos que vejam necessidade em extrair e analisar grafos de redes sociais. o Facebook disponibiliza uma ferramenta chamada FQL (Facebook Query Language) que possibilita uma pessoa, ou até mesmo um robô, acessar as ligações entre amigos, podendo serem armazenados em um banco de dados e posteriormente serem visualizados e analisados em forma de grafos. A oficina mostrará um exemplo em tempo real de como extrai-se os dados do facebook e analisados no gephi.
Todos os softwares da oficina podem ser usados no Linux ou no Windows: Plugin JavaFacebook (ainda não online), gephi (http://gephi.org), MySQL (http://www.mysql.com) e FQL (https://developers.facebook.com/docs/reference/fql)
Palestrante: Wellton Costa
Entusiasta Código Aberto/Software Livre desde 2005. professor do Magistério Superior, Efetivo com Dedicação Exclusiva na UTFPR campus Francisco Beltrão, lotado na COLIN – Coordenação do Curso de Licenciatura em Informática (Programação para Internet e Multimídia). Doutorando em Engenharia Elétrica e Informática Industrial com ênfase em análise de grandes dados na web, no CPGEI (UTFPR Curitiba), Mestre em Engenharia Elétrica e Informática Industrial com ênfase em recuperação de conteúdo visual na web, também pelo CPGEI, especialista em informática na Educação e Graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação.
Título: Inkscape
Aprendendo a fazer um cartão de visitas e panfleto.
Para baixar e instalar o inkscape: http://inkscape.org/download
Palestrante: Joelson Gai
Apaixonado por Tecnologia e Software Livre + Linux, fez cursos de hardware (micreiro) (2003-2005), depois 2 anos de web design na Microcamp (2005-2007). Formado em Sistemas da Informação (2009-2012), é desenvolvedor web e futuro empresário.
Título: WordPress
Aprenda a criar um blog legal sem precisar aprender engenharia espacial. WordPress é um aplicativo de sistema de gerenciamento de conteúdo para web, escrito em PHP com banco de dados MySQL, voltado principalmente para a criação de blogs via web. Essa é uma das ferramentas mais famosas na criação de blogs disputando diretamente com o serviço do Google chamado Blogger. Nesta oficina usaremos o serviço wordpress.com para criar os blogs gratuitamente.
Palestrante: Paulo de Souza Lima
Blogueiro, administrador de servidores, administrador de empresas, e técnico com mais de 25 anos de experiência nas áreas de TI e Telecomunicações
Filed under: Política Tagged: software livre
Governo quer mexer na Lei de Responsabilidade Fiscal
15 de Setembro de 2013, 22:23 - sem comentários aindaNa Carta Maior
Objetivo é garantir mais recursos para o setor da educação. Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann reconhece que o país precisa rediscutir os limites rígidos de gastos de custeio nesse setor. Conforme “Carta Maior” apurou, ainda não há qualquer proposta pronta sobre o assunto.
Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social nesta quinta (22/8), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reconheceu que o país precisa rediscutir os limites rígidos de gastos de custeio quando o assunto é educação. Pagar professores e comprar livros didáticos devem ser vistos não como gastos, mas como um investimento no futuro do país, disse a ministra.
Conforme Carta Maior apurou, o Governo Federal não tem ainda qualquer proposta pronta sobre o assunto, mas sabe que, mais cedo ou mais tarde, terá que colocar a mão no vespeiro. Não só porque sofre pressões permanentes dos municípios como também pelo fato de que a discussão da educação mudou de patamar, positivamente.
Além da aposto que o Governo fez sobre o uso dos recursos do pré-sal para a educação, avalia ser difícil reverter a perspectiva de fixação de um percentual alto de gasto para a área, o que deve ocorrer em breve com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Pendente de votação no Senado, o PNE pode estabelecer a obrigação de gastos da ordem de 10% do PIB no setor.
Em paralelo, cresce, também, a luta pela definição de um percentual para a saúde. A proposta mais consistente tem se situado em torno de 10% da receita corrente (bruta, como querem os movimentos da área, ou líquida, como recomenda a equipe econômica do atual governo).
De uma maneira ou de outra, pelo menos o esforço para elevar o gasto em educação teria que se traduzir em mais recursos para os municípios, onde é utilizada boa parte do que se gasta em educação. Tal elevação prioritariamente acaba pressionando o teto do custeio com pessoal. Para avançar na qualidade da educação, se requer a ampliação do quadro de professores e uma melhoria substancial de suas remunerações, até para tornar a carreira atrativa a profissionais mais preparados. Já se prevê que, sem isso, o país pode sofrer um apagão de professores do Ensino Básico.
A questão, portanto, é menos uma opção a ser cogitada pelo Governo e mais um dado da realidade. Faz parte da paisagem para a qual a própria sociedade se mobilizou recentemente.
Mesmo assim, como se viu pela fala da ministra, o Governo ainda prefere abordar o tema com extrema e talvez excessiva cautela. O fato de a discussão ter sido proposta ao CDES revela que, no cálculo de um governo que pretende ser reeleito e que está a pouco mais de um ano do pleito, o ideal seria que a reivindicação viesse de uma agenda da sociedade, e não de uma decisão unilateral anunciada em Brasília.
Qual o problema? O problema é o dogma sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No Brasil, até a Constituição Federal pode ser modificada. Para isso existem as emendas constitucionais. Vez por outra, até mesmo o STF, com algumas interpretações a perder de vista, tem feito mudanças heterodoxas em nossa Carta Magna.
A única lei que parece “imexível” e mais importante do que qualquer cláusula pétrea da Constituição é, justamente, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, para os íntimos, ou Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000).
Criada ao final da presidência FHC, a LRF se tornou um dos símbolos do Plano Real. Em grande parte, trata-se de uma coletânea de leis e atos normativos mais antigos, que terminaram consolidados e ganharam o apelido pomposo. A equipe econômica de FHC gostava muito de defender a LRF, mas tinha sérias dificuldades em praticá-la, em especial no que dizia respeito ao endividamento federal.
De positivo, a Lei fixa limites de gastos entre os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). De negativo, se estabeleceram limites rígidos de gasto de custeio para os municípios. Hoje, os municípios são os principais prestadores de serviços e de realização das políticas sociais.
Apesar disso, faça chuva ou faça sol, do Oiapoque ao Chuí, tenha mil ou 1 milhão de habitantes, todo e qualquer município não pode ultrapassar o teto de 60% de gasto de seus recursos com o custeio de pessoal (sendo que 54% desse total para o Executivo), reservando os demais 40% para as demais despesas.
Com o propagandismo em torno do Plano Real, mexer na LRFé quase considerado um crime contra a economia popular, até mesmo para atualizá-la e melhorá-la.
Uma coisa é certa: o tema vai pipocar, se não agora, com certeza na campanha eleitoral de 2014. Embora seja útil a delimitar os campos políticos das candidaturas entre aquelas que olham para a política social e os que preferem flertar com o sistema financeiro, esse é um assunto importante demais para ficar restrito aos candidatos à presidência. Seria bom que fosse abraçado por prefeitos e pelos movimentos em defesa da educação. Seria ainda melhor se também se colocasse a saúde no meio dessa boa confusão.
É saudável que o Estado seja parcimonioso com o dinheiro que arrecada dos contribuintes. Afinal, são os mais pobres que mais pagam tributos e contribuem para compor a arrecadação. O que não se pode é, depois de recolher tributos, os governos tentarem economizar dinheiro justamente na hora de devolvê-los na forma de serviços públicos, que são a garantia de muitos de nossos direitos fundamentais.
Filed under: Política Tagged: Dilma, Gleisi Hoffmann, LRF Lei de Responsabilidade Fiscal
Governo quer mexer na Lei de Responsabilidade Fiscal
15 de Setembro de 2013, 22:23 - sem comentários aindaNa Carta Maior
Objetivo é garantir mais recursos para o setor da educação. Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann reconhece que o país precisa rediscutir os limites rígidos de gastos de custeio nesse setor. Conforme “Carta Maior” apurou, ainda não há qualquer proposta pronta sobre o assunto.
Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social nesta quinta (22/8), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reconheceu que o país precisa rediscutir os limites rígidos de gastos de custeio quando o assunto é educação. Pagar professores e comprar livros didáticos devem ser vistos não como gastos, mas como um investimento no futuro do país, disse a ministra.
Conforme Carta Maior apurou, o Governo Federal não tem ainda qualquer proposta pronta sobre o assunto, mas sabe que, mais cedo ou mais tarde, terá que colocar a mão no vespeiro. Não só porque sofre pressões permanentes dos municípios como também pelo fato de que a discussão da educação mudou de patamar, positivamente.
Além da aposto que o Governo fez sobre o uso dos recursos do pré-sal para a educação, avalia ser difícil reverter a perspectiva de fixação de um percentual alto de gasto para a área, o que deve ocorrer em breve com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Pendente de votação no Senado, o PNE pode estabelecer a obrigação de gastos da ordem de 10% do PIB no setor.
Em paralelo, cresce, também, a luta pela definição de um percentual para a saúde. A proposta mais consistente tem se situado em torno de 10% da receita corrente (bruta, como querem os movimentos da área, ou líquida, como recomenda a equipe econômica do atual governo).
De uma maneira ou de outra, pelo menos o esforço para elevar o gasto em educação teria que se traduzir em mais recursos para os municípios, onde é utilizada boa parte do que se gasta em educação. Tal elevação prioritariamente acaba pressionando o teto do custeio com pessoal. Para avançar na qualidade da educação, se requer a ampliação do quadro de professores e uma melhoria substancial de suas remunerações, até para tornar a carreira atrativa a profissionais mais preparados. Já se prevê que, sem isso, o país pode sofrer um apagão de professores do Ensino Básico.
A questão, portanto, é menos uma opção a ser cogitada pelo Governo e mais um dado da realidade. Faz parte da paisagem para a qual a própria sociedade se mobilizou recentemente.
Mesmo assim, como se viu pela fala da ministra, o Governo ainda prefere abordar o tema com extrema e talvez excessiva cautela. O fato de a discussão ter sido proposta ao CDES revela que, no cálculo de um governo que pretende ser reeleito e que está a pouco mais de um ano do pleito, o ideal seria que a reivindicação viesse de uma agenda da sociedade, e não de uma decisão unilateral anunciada em Brasília.
Qual o problema? O problema é o dogma sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal.
No Brasil, até a Constituição Federal pode ser modificada. Para isso existem as emendas constitucionais. Vez por outra, até mesmo o STF, com algumas interpretações a perder de vista, tem feito mudanças heterodoxas em nossa Carta Magna.
A única lei que parece “imexível” e mais importante do que qualquer cláusula pétrea da Constituição é, justamente, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, para os íntimos, ou Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000).
Criada ao final da presidência FHC, a LRF se tornou um dos símbolos do Plano Real. Em grande parte, trata-se de uma coletânea de leis e atos normativos mais antigos, que terminaram consolidados e ganharam o apelido pomposo. A equipe econômica de FHC gostava muito de defender a LRF, mas tinha sérias dificuldades em praticá-la, em especial no que dizia respeito ao endividamento federal.
De positivo, a Lei fixa limites de gastos entre os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). De negativo, se estabeleceram limites rígidos de gasto de custeio para os municípios. Hoje, os municípios são os principais prestadores de serviços e de realização das políticas sociais.
Apesar disso, faça chuva ou faça sol, do Oiapoque ao Chuí, tenha mil ou 1 milhão de habitantes, todo e qualquer município não pode ultrapassar o teto de 60% de gasto de seus recursos com o custeio de pessoal (sendo que 54% desse total para o Executivo), reservando os demais 40% para as demais despesas.
Com o propagandismo em torno do Plano Real, mexer na LRFé quase considerado um crime contra a economia popular, até mesmo para atualizá-la e melhorá-la.
Uma coisa é certa: o tema vai pipocar, se não agora, com certeza na campanha eleitoral de 2014. Embora seja útil a delimitar os campos políticos das candidaturas entre aquelas que olham para a política social e os que preferem flertar com o sistema financeiro, esse é um assunto importante demais para ficar restrito aos candidatos à presidência. Seria bom que fosse abraçado por prefeitos e pelos movimentos em defesa da educação. Seria ainda melhor se também se colocasse a saúde no meio dessa boa confusão.
É saudável que o Estado seja parcimonioso com o dinheiro que arrecada dos contribuintes. Afinal, são os mais pobres que mais pagam tributos e contribuem para compor a arrecadação. O que não se pode é, depois de recolher tributos, os governos tentarem economizar dinheiro justamente na hora de devolvê-los na forma de serviços públicos, que são a garantia de muitos de nossos direitos fundamentais.
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O Rio é realmente fantástico
15 de Setembro de 2013, 18:23 - sem comentários aindaO Rio de Janeiro é realmente fantástico. E as Cataratas do Iguaçu em Foz também! Veja a visão de um estrangeiro das belezas do Brasil.
Divulgado pelo The Talking Violin
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“Votei e não tenho vergonha”
15 de Setembro de 2013, 18:23 - sem comentários aindaNotas Políticas no Caderno Vida Pública da Gazeta do Povo de hoje, p. 14
“Votei e não tenho vergonha”
No primeiro debate entre os candidatos à presidência estadual do PT, na sexta-feira, em Curitiba, o deputado estadual Enio Verri admitiu ter votado no ex-deputado Fabio Camargo na eleição para conselheiro do Tribunal de Contas (TC). “Votei e não tenho vergonha. A minha intenção ao escolhê-lo era desestruturar o governador Beto Richa, que queria colocar o Plauto Miró no TC”, disse. A declaração foi dada por Verri ao ser questionado pelo advogado Tarso Cabral Violin, filiado ao PT, por que não votou nele na eleição ao TC. Violin concorreu ao cargo hoje ocupado por Fabio Camargo. Verri disse que, além de boa formação, tem mestrado, doutorado e conhecimento suficiente para votar em quem quiser.
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O grande constitucionalista José Afonso da Silva entende que existe embargos infringentes no STF
14 de Setembro de 2013, 22:19 - sem comentários aindaO jurista constitucionalista José Afonso da Silva, um dos maiores entendendores do Direito Constitucional do Brasil, defende a existência de embargos infringentes no STF. O professor José Afonso não pode ser acusado pela direita autoritária de “petista defensor de mensaleiros”. Já foi até secretário do ex-governador Mário Covas (PSDB). Veja o esclarecedor texto:
O STF deve aceitar os embargos infrigentes?
sim
Questão de direito
José Afonso da Silva, hoje na Folha de S. Paulo
O processo da ação penal 470 (mensalão) é complexo e controvertido, dada a quantidade e qualidade das pessoas envolvidas. Sua forte carga política produz visões emotivas e até apaixonadas, incompatíveis com um juízo de valor objetivo. Difícil saber se as condenações foram justas, quando não se tem acesso aos autos do processo.
Por isso, só entro nesse cipoal agora porque se trata apenas de questão de Direito, quanto a saber se cabem ou não embargos infringentes. Um pouco de história pode ajudar solucionar a dúvida.
A Constituição de 1969 dava competência ao Supremo Tribunal Federal para regular, em seu regimento interno, o processo e julgamento dos feitos de sua competência originária, o que ele fez no seu título IX, incluindo os embargos infringentes, quando existirem, no mínimo, quatro votos divergentes (art. 333, parágrafo único).
A Constituição de 1988 não repetiu essa competência, daí a dúvida se assim mesmo ela recepcionou aqueles dispositivos do regimento. O próprio Supremo admitiu essa recepção, pois continuou a aplicar aqueles dispositivos regimentais.
A fundamentação é simples. A Constituição dá ao Supremo a competência originária para processar e julgar infrações penais de certos agentes políticos (art. 102, I, b e c). Quem dá os fins dá os meios, tal a teoria dos poderes implícitos. Os meios à disposição eram as regras do regimento interno, até que viesse uma lei disciplinando a matéria.
Aí é que entra a lei nº 8.038/1990, que disciplinou os processos de competência originária do Supremo, entre os quais o da ação penal originária. Daí a controvérsia sobre se essa lei revogou ou não a previsão regimental dos embargos infringentes. Expressamente não revogou, porque lei revoga lei, não normas infra legais, como as de um regimento. A questão se resolve pela relação de compatibilidade.
Há quem entenda que não há compatibilidade porque não cabe ao regimento disciplinar matéria processual, quando não previsto expressamente na Constituição. É certo. Mas aquela lei não regulou inteiramente o processo da ação penal originária. Só o fez até a instrução, finda a qual o tribunal procederá ao julgamento, “na forma determinada pelo regimento interno” (artigo 12). Logo, se entre essas “formas” está a previsão dos embargos infringentes, não há como entendê-los extintos, porque, por essa remissão, eles se tornaram reconhecidos e assumidos pela própria lei.
Além do mais, a embasar esse entendimento existe o princípio da ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV).
A aceitação dos embargos infringentes pode gerar mudança do resultado do julgamento de algum dos crimes, especialmente tendo em vista a presença de dois novos ministros. Não parece possível a absolvição total, porque os embargos se atêm às divergências que são parciais. Poderá haver diminuição de pena. Contudo, o fato de ministros admirem os embargos não significa necessariamente que os julgarão procedentes com alteração do mérito das condenações.
Enfim, a questão ainda não está resolvida, porque falta o voto de Celso de Mello, grande ministro, sério e competente. Sua história tende à aceitação dos embargos, pois sempre defendeu as garantias dos acusados. Seu voto, qualquer que seja, terá grande repercussão política. Ele sabe disso, mas não teme.
JOSÉ AFONSO DA SILVA, 88, constitucionalista, é professor aposentado da Faculdade de Direito da USP. Foi secretário da Segurança Pública (governo Mário Covas). É autor de “Curso de Direito Constitucional Positivo” e “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”
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O grande constitucionalista José Afonso da Silva entende que existe embargos infringentes no STF
14 de Setembro de 2013, 22:19 - sem comentários aindaO jurista constitucionalista José Afonso da Silva, um dos maiores entendendores do Direito Constitucional do Brasil, defende a existência de embargos infringentes no STF. O professor José Afonso não pode ser acusado pela direita autoritária de “petista defensor de mensaleiros”. Já foi até secretário do ex-governador Mário Covas (PSDB). Veja o esclarecedor texto:
O STF deve aceitar os embargos infrigentes?
sim
Questão de direito
José Afonso da Silva, hoje na Folha de S. Paulo
O processo da ação penal 470 (mensalão) é complexo e controvertido, dada a quantidade e qualidade das pessoas envolvidas. Sua forte carga política produz visões emotivas e até apaixonadas, incompatíveis com um juízo de valor objetivo. Difícil saber se as condenações foram justas, quando não se tem acesso aos autos do processo.
Por isso, só entro nesse cipoal agora porque se trata apenas de questão de Direito, quanto a saber se cabem ou não embargos infringentes. Um pouco de história pode ajudar solucionar a dúvida.
A Constituição de 1969 dava competência ao Supremo Tribunal Federal para regular, em seu regimento interno, o processo e julgamento dos feitos de sua competência originária, o que ele fez no seu título IX, incluindo os embargos infringentes, quando existirem, no mínimo, quatro votos divergentes (art. 333, parágrafo único).
A Constituição de 1988 não repetiu essa competência, daí a dúvida se assim mesmo ela recepcionou aqueles dispositivos do regimento. O próprio Supremo admitiu essa recepção, pois continuou a aplicar aqueles dispositivos regimentais.
A fundamentação é simples. A Constituição dá ao Supremo a competência originária para processar e julgar infrações penais de certos agentes políticos (art. 102, I, b e c). Quem dá os fins dá os meios, tal a teoria dos poderes implícitos. Os meios à disposição eram as regras do regimento interno, até que viesse uma lei disciplinando a matéria.
Aí é que entra a lei nº 8.038/1990, que disciplinou os processos de competência originária do Supremo, entre os quais o da ação penal originária. Daí a controvérsia sobre se essa lei revogou ou não a previsão regimental dos embargos infringentes. Expressamente não revogou, porque lei revoga lei, não normas infra legais, como as de um regimento. A questão se resolve pela relação de compatibilidade.
Há quem entenda que não há compatibilidade porque não cabe ao regimento disciplinar matéria processual, quando não previsto expressamente na Constituição. É certo. Mas aquela lei não regulou inteiramente o processo da ação penal originária. Só o fez até a instrução, finda a qual o tribunal procederá ao julgamento, “na forma determinada pelo regimento interno” (artigo 12). Logo, se entre essas “formas” está a previsão dos embargos infringentes, não há como entendê-los extintos, porque, por essa remissão, eles se tornaram reconhecidos e assumidos pela própria lei.
Além do mais, a embasar esse entendimento existe o princípio da ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV).
A aceitação dos embargos infringentes pode gerar mudança do resultado do julgamento de algum dos crimes, especialmente tendo em vista a presença de dois novos ministros. Não parece possível a absolvição total, porque os embargos se atêm às divergências que são parciais. Poderá haver diminuição de pena. Contudo, o fato de ministros admirem os embargos não significa necessariamente que os julgarão procedentes com alteração do mérito das condenações.
Enfim, a questão ainda não está resolvida, porque falta o voto de Celso de Mello, grande ministro, sério e competente. Sua história tende à aceitação dos embargos, pois sempre defendeu as garantias dos acusados. Seu voto, qualquer que seja, terá grande repercussão política. Ele sabe disso, mas não teme.
JOSÉ AFONSO DA SILVA, 88, constitucionalista, é professor aposentado da Faculdade de Direito da USP. Foi secretário da Segurança Pública (governo Mário Covas). É autor de “Curso de Direito Constitucional Positivo” e “Aplicabilidade das Normas Constitucionais”
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Pré-campanha liberada no Twitter
14 de Setembro de 2013, 2:16 - sem comentários aindaO Tribunal Superior Eleitoral, por maioria de votos, liberou as manifestações políticas no Twitter por parte dos pré-candidatos, anulando multa contrária ao deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), que escreveu no Twitter em 2012 quando era pré-candidato a prefeito de Natal.
O ministro relator Dias Toffoli entendeu que os posts no Twitter não chegam ao conhecimento da população em geral, pois só recebe a informação quem segue o perfil da pessoa. Seria uma conversa restrita aos seus usuários previamente aceitos entre si. Foi seguido pelos ministros Castro Meira, Luciana Lóssio, Admar Gonzaga e Cármen Lúcia Antunes Rocha. Votaram contra Laurita Vaz e Marco Aurélio de Mello votaram contra Dias Toffoli.
Parabéns Supremo! Agora favor anular a multa de R$ 106 aplicada contra mim pelo TRE/PR por causa de duas simples enquetes, a pedido do ex-prefeito de Curitiba, derrotado nas eleições de 2012, Luciano Ducci (PSB).
Filed under: Direito, Política Tagged: TSE
Pré-campanha liberada no Twitter
14 de Setembro de 2013, 2:16 - sem comentários aindaO Tribunal Superior Eleitoral, por maioria de votos, liberou as manifestações políticas no Twitter por parte dos pré-candidatos, anulando multa contrária ao deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), que escreveu no Twitter em 2012 quando era pré-candidato a prefeito de Natal.
O ministro relator Dias Toffoli entendeu que os posts no Twitter não chegam ao conhecimento da população em geral, pois só recebe a informação quem segue o perfil da pessoa. Seria uma conversa restrita aos seus usuários previamente aceitos entre si. Foi seguido pelos ministros Castro Meira, Luciana Lóssio, Admar Gonzaga e Cármen Lúcia Antunes Rocha. Votaram contra Laurita Vaz e Marco Aurélio de Mello votaram contra Dias Toffoli.
Parabéns Supremo! Agora favor anular a multa de R$ 106 aplicada contra mim pelo TRE/PR por causa de duas simples enquetes, a pedido do ex-prefeito de Curitiba, derrotado nas eleições de 2012, Luciano Ducci (PSB).
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Primeiro debate entre presidenciáveis do PT/PR teve momentos tensos
13 de Setembro de 2013, 22:15 - sem comentários aindaNo primeiro debate entre os candidatos ao cargo de presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná, ocorrido ontem (13), na sede estadual do partido, os temas mais debatidos foram democracia interna, política de alianças, privatizações, governo Dilma Rousseff, eleição de Gleisi Hoffmann para o governo do Paraná e eleição para o Tribunal de Contas de julho (quando o clima esquentou).
Ulisses Kaniak (333), da chapa de oposição Luta Socialista (433), falou que é contra a aliança com partidos de direita, defendeu eleições internas do PT ainda mais democráticas e criticou o voto de Enio Verri em Fábio Camargo para o TC. Fazem parte de sua chapa o deputado estadual Tadeu Veneri, o candidato ao PT de Curitiba Augusto Franco, o militante histórico Ivo Pugnaloni, os sindicalistas do Judiciário Mário Cândido e André Vieira, o advogado e blogueiro Tarso Cabral Violin, a diretora-geral da APP-Sindicato Silvana Prestes, a sindicalista da educação Alessandra Oliveira, a ativista social Goretti Bussolo, entre outros importantes militantes.
Doutor Rosinha (340), da chapa Mensagem ao Partido Paraná (340), criticou a privatização da saúde por meio de OS – organizações sociais, defendeu alainças programáticas e eleições internas cada vez mais democráticas. Sua chapa é composta pela presidenta da APP-Sindicato Marlei Fernandes de Carvalho, a vereadora Professora Josete, entre outros militantes.
Roberto Elias Salomão (310), da chapa Constituinte, Terra, Trabalho e Soberania (410), defendeu uma Constituinte para a reforma eleitoral, também criticou o voto de Enio Verri em Fábio Camargo para o TC, a falta de democracia interna no PT, criticou a licitação para a concessão do pré-sal, entre outros temas. Sua chapa conta com os advogados Claudio Ribeiro e Daniel Godoy, o professor da UFPR Emmanuel Appel, e os militantes Anisio Homem, Gustavo Kuss, André Machado, entre outros.
Enio Verri (380), da chapa de situação Mudando o Brasil, Mudando o Paraná! (480), defendeu alianças amplas mesmo com partidos sem alinhamento ideológico com o PT, criticou quem é contra aliança e depois aceita participar do governo, defendeu seu voto em Fábio Camargo para o TC e defendeu deputado votar em deputado, defendeu privatizações na área de Infraestrutura, criticou privatização da saúde implementada por seu colega de chapa, disse que só é contra o PED quem perde as eleições internas. Estava claramente nervoso e irritado e perdeu o debate. Fazem parte de sua chapa Gleisi Hoffmann, Karinna Bueno, Luciana Rafagnin, Roseli Isidoro, André Vargas, Angelo Vanhoni, Zeca Dirceu, Luizão Goulart, Paulo Bernardo, e outros.
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Enio Verri critica privatização da saúde implementada por seu colega de chapa
13 de Setembro de 2013, 22:15 - sem comentários aindaNo debate entre os presidenciáveis do PT/PR que ocorreu hoje, o candidato da situação e atual presidente, Enio Verri, disse que é contrário à privatização da saúde por meio das organizações sociais – OS.
O problema é que a chapa encabeçada por Enio, a “Mudando o Brasil, Mudando o Paraná!”, tem o atual prefeito de Pinhas, Luiz Goularte Alves (Luizão Goulart), que privatizou o hospital público da cidade para uma OS.
A declaração promete abalar ainda mais a candidatura de Enio Verri, que foi mal ao defender seu voto em Fábio Camargo para o TC.
Os demais candidatos Ulisses Kaniak, Dr. Rosinha, Roberto Elias Salomão foram muito bem no debate e podem vencer Enio Verri na eleição que ocorrerá no dia 10 de novembro.
Amanhã (14) ocorrerá um novo debate em Ponta Grossa, às 9h.
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