O mascote oficial da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 será Fuleco, uma combinação das palavras “futebol” e “ecologia”. Esse nome venceu os outros dois, Zuzeco e Amijubi, em votação popular.
Um nome ridículo, vindo de uma entidade ridícula. Por que não houve a opção de Tatu-Bola?
Vou continuar chamando o mascote, que merece a homenagem contra a sua extinção, de Tatu-Bola!
Fuleco já virou motivo de chacota e uma anti-propaganda para a Coca-Cola, patrocinadora do mascote (crianças, Coca-Cola faz mal para a saúde).
O senador pelo Paraná, Roberto Requião (PMDB), já está chamando de Fuleco os deputados estaduais do PMDB do Paraná que aderem completa e irracionalmente ao governador Beto Richa (PSDB). Eu chamo esses deputados de “pmdbistas do rabo-azul”.
Fuleco deve virar sinônimo de cópias subalternas de coisas estrangeiras. Brasileiros ”americanizados” que incentivam seus filhos a comemorarem o halloween ao invés do dia do saci, por exemplo.
No Brasil existem juristas que copiam modelos alienígenas e querem aplicar no ordenamento jurídico brasileiro, como se pudesse ocorrer uma recepção natural no nosso sistema constitucional.
Isso ocorreu principalmente na famigerada década de 90 no Brasil, quando o gerencial-neoliberalismo era muito forte nos governos de Fernando I e Fernando II (nomenclatura de Celso Antônio Bandeira de Mello). Surgiram as agências reguladoras, organizações sociais – OS, parcerias público-privadas – PPPs (um pouco depois, mais ainda sob a influência do neoliberalismo).
Meu querido professor orientador do mestrado, Romeu Bacellar Filho, sempre conta a história do relógio de Siracusa. Um relógio de sol que funcionava perfeitamente em Siracusa, mas quando os dominadores romanos o levaram para Roma o relógio não funcionou.
Os neoliberais-gerenciais que copiam fórmulas estrangeiras para aplicação em solo brasileiro muitas vezes chamam os juristas defensores da Constituição Social e Democrática de Direito, que ainda prevê um Estado do Bem Estar, um Estado Social, um Estado prestador de serviços públicos (mesmo que muitas vezes com a iniciativa privada também prestando serviços públicos e principalmente explorando atividades econômicas), de dinossauros, ultrapassados.
Em homenagem ao grande Luis Fernando Verissimo, que ainda bem está melhorando de um quadro de infecção generalizada, já disse uma vez que os dinossauros ”foram grandes criaturas. Já os bichos que se adaptam a tudo, que estão aí desde o começo do mundo e sobreviverão até o fim, todos sabem quais são: as baratas, os ratos…”.
Sempre quando defendo um Estado Social, democrático, com justiça social, com redução das desigualdades, de bem estar, com a propriedade cumprindo sua função social, sou chamado de “dinossauro”. Respondo com a frase de Verissimo e a pessoa normalmente fica ofendida. A carapuça serve? Vou passar a chamar o neoliberal apenas de Fuleco. Os defensores de uma sociedade mais justa poderão ser chamados de dinossauro ou Tatu-Bola!
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1Um comentário
Fuleco é o fuleiro que chuta brazuca
Por favor digite as duas palavras abaixo