58% aprovam Dilma, com aumento de 8,7 pontos
10 de Setembro de 2013, 10:07 - sem comentários aindaConforme pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes – CNT, o governo da presidenta Dilma Rousseff tem a aprovação de 38,1% da população. Em julho tinha 31,3%, com aumento de 6,8 pontos percentuais.
O desempenho pessoal da presidenta foi avaliado como positivo por 58% dos entrevistados, bem maior do que os 49,3% de julho.
A desaprovação despencou de 47,3% para 40,5%.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 estados, entre 31 de agosto e 4 de setembro.
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73,9% defendem contratação de médicos estrangeiros pelo Mais Médicos
10 de Setembro de 2013, 10:07 - sem comentários ainda73,9% dos brasileiros são favoráveis à contratação de médicos estrangeiros por meio do Programa Mais Médicos, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes – CNT.
49,6% acreditam que o programa solucionará problemas graves relacionados à saúde no país.
Para 34,7% o serviço vai melhorar nos próximos seis meses.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 estados, entre 31 de agosto e 4 de setembro.
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Beto Richa vai privatizar a TV e rádio estatal E-Paraná
9 de Setembro de 2013, 18:05 - sem comentários aindaEle não para. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), agora vai privatizar a TV e rádio estatal do estado, a E-Paraná, antiga TV Paraná Educativa.
O governador neoliberal quer que a Assembleia Legislativa transforme a E-Paraná em Serviço Social Autônomo, uma entidade paraestatal, uma entidade privada sem fins lucrativos, para gerir a TV e rádio.
Duplamente inconstitucional: é uma terceirização da atividade-fim da entidade e uma privatização da única TV e rádio estatal do Paraná. A Constituição obriga que haja TV e rádios estatais.
O intuito de Beto Richa é fugir do concurso público, fugir das licitações, fugir da lei de responsabilidade fiscal e fugir de um controle social e do tribunal de contas mais efetivo.
Ou seja, é uma burla, como o modelo das organizações sociais – OS.
Quem gostava do modelo de serviços sociais autônomos era o ex-governador Jaime Lerner (ex-PFL).
Jaime Lerner e Beto Richa concorrem para o título de pior governador do Paraná de todos os tempos.
Por favor 2014, chega logo.
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Curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo é o 2º melhor do Brasil
9 de Setembro de 2013, 10:05 - sem comentários aindaSegundo o RUF – Ranking Universitário Folha (Folha de S. Paulo), o Curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo, no questito avaliação do mercado, é o segundo melhor do país, ao lado da UFPR e PUC/PR. O melhor curso é do da USP.
Veja mais detalhes, clique aqui.
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Folha: 14 melhores universidades do país são estatais
9 de Setembro de 2013, 10:05 - sem comentários aindaSegundo o RUF – Ranking Universitário Folha (Folha de S. Paulo), as 14 melhores universidades do país são público-estatais. Cai por terra qualquer discurso privatizante.
A melhor universidade do país é a USP e a UFPR está em 9º lugar.
A Universidade Positivo é a 9º melhor universidade do Paraná, e entre as privadas é a segunda melhor, ficando atrás apenas da tradicional PUC/PR.
Entre os cursos de Direito, na avaliação do mercado a USP é a 1ª colocada e a UFPR a 11ª. A Universidade Positivo é a 9ª do Paraná (a 4ª entre as privadas).
Ainda no Direito, no quesito avaliação de ensino, a UFMG é a melhor do país, com a UFPR em 10º. A UP é a 14ª do Paraná.
Veja mais detalhes, clique aqui.
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Formação Jurídica e Mercado de Trabalho – ABEDI
9 de Setembro de 2013, 2:04 - sem comentários aindaFiled under: Direito Tagged: Luiz Edson Fachin
Segurança jurídica entre ouriços e raposas – Luiz Edson Fachin
9 de Setembro de 2013, 2:04 - sem comentários aindaOs enunciados normativos, ao servirem de instrumento na interpretação e aplicação, devem propiciar segurança como importante valor, coerente com a sociedade plasmada na Constituição brasileira. A centralidade desse valor assentada na legalidade constitucional recolhe da metáfora grega de Archilochus o sentido do ouriço, tal como descrito em Dworkin (em Justice for Hedgehogs): o ouriço sabe uma coisa muito importante. Seu universo, portanto, é unitário.
Nada obstante, os enunciados se revestem de polissemia: de um mesmo enunciado podem emergir diversas normas como também distintas interpretações. Essa possibilidade de respostas diferentes e às vezes incompatíveis entre si, repõe em cena, a partir da mesma metáfora antes mencionada, o significado da raposa, tal como exposta por Isaiah Berlin (no ensaio que escreveu sobre Tolstoi) : a raposa sabe muitas coisas. Seu mundo é, pois, plural.
Se, de uma parte, a prestação jurisdicional demanda legitimamente espaços de solução do caso concreto, tem havido, de outra, choques em termos de limites e possibilidades de atuação dos julgadores, especialmente das Cortes Superiores no Brasil.
Observa-se, em razão disso, adesão progressiva no Judiciário aos ‘precedentes’ como sustentação da razão de decidir, o que traduziria, nesse horizonte, busca maior pelo respeito à autoridade dos julgados. Almeja-se, pois, estabilização.
Tal estabilidade tem sido garantida? Diante de expressivo número de julgados, tanto do Supremo Tribunal Federal quanto do Superior Tribunal de Justiça, calha ressaltar que a almejada segurança não se coaduna com juízos estritamente pessoais nem com a imotivada negação do passado. A continuidade, assim, não é absoluta, mas pode ser sintoma de compromisso com a justiça. Vem daí que a jurisprudência, pois, não merece tal nome se variar ao sabor das percepções pessoais momentâneas.
A realidade social e econômica tem se mostrado dinâmica, especialmente diante das inovações tecnológicas incessantes ou de mudanças normativas no plano internacional. Logo, é perfeitamente compreensível (e desejável) que a conformação dos casos concretos demande novas soluções. Assim o fez o STF ao julgar a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental número 54, concernente às células-tronco, bem assim o STJ, quer ao homologar sentença eclesiástica de anulação de casamento religioso, com base no acordo firmado entre o Brasil e a Santa Sé, quer ao alterar a orientação referente à contribuição previdenciária sobre o valor do salário-maternidade e de férias.
Segurança jurídica, pois, não significa imutabilidade, mas sim um mínimo indispensável de previsibilidade, em patamares compatíveis com o dinamismo e o cosmopolitismo. Eis, então, o desafio: como encontrar a solução correta no texto constitucional e nas normas infraconstitucionais? Como não sucumbir ao reducionismo simplista da metáfora sobre ouriços e raposas?
O que se espera é que tanto o STF, em matéria constitucional, quanto o STJ, no campo da legislação federal, não apenas formalmente afirmem suas competências como consolidem a unidade do sistema jurídico, cumprindo com a missão de expor, com nitidez, as razões de seu decidir, adequadas como tradução da previsibilidade e da coerência. Os denominados ‘precedentes’, cujo sentido não é unívoco, podem contribuir, nesse limite, com esse desiderato.
Será isso suficiente? Há, a rigor, compromisso ainda mais elevado com a segurança jurídica e que vem marcado pela obediência à legalidade constitucional. Não basta o encadeamento formal de ‘precedentes’ (mesmo aqueles realmente merecedores de tal denominação), antes e acima de tudo, cumpre ser a imagem especular do ordenamento jurídico constitucional.
Trata-se, assim, tanto da legalidade constitucional quanto da compreensão sobre a natureza jurídica de tais precedentes. Quanto a estes, anote-se que, realmente, a decisão pode não ter somente efeito meramente persuasivo. O precedente pode realmente se apresentar como binding precedent (vinculante). Impende, então, reconhecer a aproximação dos sistemas do civil law e do common law, especialmente no redesenho atual do stare decisis.
Estabilidade e simplificação foram os princípios à época indicados pelo Ministro Victor Nunes Leal, que, no Supremo, construiu a finalidade da súmula correspondente ao enunciado de entendimento predominante, inclusive no terreno da declaração de inconstitucionalidade. O julgador, contudo, não se substitui ao legislador. A legalidade constitucionalconstitui fonte e baliza do sistema jurídico.
Hoje, ainda com maior ênfase, a ética da confiança no direito positivado a equilibrar-se com a estabilidade de entendimentos jurisdicionais, os quais, por si só, se imutáveis indefinidamente ou mutáveis imotivada ou constantemente também geram insegurança. Tal temperamento passa pelo rigor da fundamentação racional das decisões, e alcança o sentido da segurança não apenas como garantia de legítimas expectativas, mas também como incidência material da legalidade constitucional.
De quantos corpos se comporia, então, a segurança jurídica plena? A resposta se agasalha na complexidade que pode ser arrostada pela metáfora de Kantorowicz ao divisar os dois corpos do rei.
Com efeito, a dupla imagem fornece o primeiro passo para apreender o que se revela dentro do continente que compõe a concepção de segurança plena. No primeiro corpo está o terreno da raposa, das vicissitudes da conjuntura em que se vive; numa palavra: nele se apresenta o campo das efemérides humanas, vertidas nos pronunciamentos jurisdicionais: (i) ora pelo julgado que, face às efetivas peculiaridades do caso concreto, não configura precedente, (ii) ora pelo precedente julgado que, ao consolidar entendimento predominante, consiste em pronunciamento vinculante, (iii) ora marcado por nova orientação (overruling), motivadamente assentada; no segundo corpo, está a senda do ouriço, a unidade desejável que se exercita, também despida de sentidos insolúveis, na expressão da legalidade constitucional; nesta se compreende a Constituição formal, substancial e prospectiva.
Diante dessa dualidade imbricada, é a segurança jurídica um cavaleiro de duas épocas: tanto segue ou arrosta os arquétipos legislativos, bem como, sem preconceitos nem cópias colonizantes, apreende a força construtiva dos fatos sociais complexos.
Sob o oxigênio da Constituição, essa plenitude imprime à segurança jurídica o destino do que afirmou Ihering: “não é a vida que é o conceito, antes os conceitos existem por causa da vida”. Por essa dogmática jurídica crítica, a confiança na jurisdição pressupõe respeito à lei e julgamentos sólidos sem surpresas.
Luiz Edson Fachin. Advogado. Professor Titular de Direito Civil da Universidade Federal do Paraná. Pesquisador convidado do Max Planck-Institut für Ausländisches und Privatrecht, de Hamburgo, Alemanha. Professor Visitante do King´s College, de Londres, Inglaterra.
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Pela neutralidade nas buscas de internet – Google
8 de Setembro de 2013, 22:04 - sem comentários aindaPor Romero Rodrigues, na Folha de S. Paulo de 04.09.2013
Permitir que o Google use seu poder de mercado para distorcer resultados de busca acentua o prejuízo do consumidor e da concorrência
Os sites de busca são, hoje, a porta de entrada na internet. É por meio deles que os internautas realizam pesquisas, localizam outros sites e são direcionados para mercados específicos, como o de comparação de preços on-line.
A despeito de sua importância, trata-se de um segmento muito pouco competitivo. O mercado se encontra dominado pelo Google, de inconteste poder econômico e de dimensão internacional. O que o usuário não imagina é que esse domínio é prejudicial a ele próprio.
Criou-se um círculo vicioso devido a uma característica peculiar da ferramenta de busca do Google: a capacidade de aprimorar seus resultados quanto maior for o número de usuários. No Brasil, a gigante americana detém 96% do mercado. Assim, acaba por conseguir oferecer uma experiência mais rápida e eficaz. Como consequência, novos internautas nem sequer cogitarão usar uma ferramenta alternativa.
Some-se a isso o fato de que o Google controla as duas portas de entrada na internet (o navegador, Chrome, e o sistema operacional, Android). A empresa consegue proteger sua posição e acaba por consolidar o seu monopólio.
Nesse cenário, é possível destacar a adoção de práticas desleais pela gigante americana, como já confirmou a Comissão Europeia de Defesa da Concorrência. A empresa passou a manipular os resultados. É como se o Google, além de uma ferramenta de busca, também fosse dona de uma agência de viagens. Quando o usuário procura por passagens aéreas, por exemplo, a empresa, distorcendo a ordem dos resultados, dá prioridade ao link de seus próprios serviços. Engana o consumidor, que acreditará naquele resultado como o mais eficiente.
Ora, a livre concorrência é princípio básico da ordem econômica brasileira. É por meio dela que se incentivam os fornecedores a reduzir preços, investir e melhorar a qualidade dos produtos e serviços.
Permitir que empresas como o Google usem seu poder de mercado para distorcer resultados de busca significa contribuir para que competidores continuem sendo prejudicados de forma desleal. E o mais importante: reforça o prejuízo, potencial e concreto, do consumidor.
Pesquisas mostram que 88% dos usuários clicam em um dos três primeiros links dos resultados de busca apresentados. Esse cenário impõe a necessidade de regulamentação imediata das ferramentas de busca dominantes na internet.
A ordenação de resultados precisa ser totalmente neutra, levando em consideração apenas a relevância da ocorrência à luz dos termos de busca digitados pelo internauta, sem discriminação. Só assim será possível evitar a perpetuação das práticas anticompetitivas, de forma a proteger o maior interessado em um mercado competitivo e livre de condutas restritivas: o consumidor.
Da mesma forma que a discussão da neutralidade de rede toma espaço no Marco Civil, a discussão de neutralidade de busca se incorpora. De nada adianta que as companhias de internet internacionais tenham isonomia de tratamento por parte das empresas de telecomunicações se os consumidores não receberem isonomia das empresas que controlam a busca e a navegação na internet.
ROMERO RODRIGUES, 35, é empresário, fundador e principal executivo do Buscapé Company
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Sobre os médicos cubanos – Clèmerson Merlin Clève
8 de Setembro de 2013, 22:04 - sem comentários aindaNo caderno Justiça & Direito da Gazeta do Povo de sexta-feira
Clèmerson Merlin Clève, professor de Direito Constitucional da UFPR e da UniBrasil, é líder do Núcleo de Investigações Constitucionais e Teorias da Justiça da UFPR e vice-presidente da Associação Brasileira dos Constitucionalistas
A chegada dos médicos cubanos ao Brasil tem gerado uma série de questionamentos, tanto sobre a legalidade da presença desses profissionais no país, quanto sobre a forma de pagamento adotada – repasse financeiro à Organização Panamericana de Saúde (Opas). É preciso ver, antes de tudo, que os médicos cubanos não estão sendo propriamente contratados, nem estão aí para substituir os médicos brasileiros. Eles, na verdade, chegam na condição de intercambistas para, nos termos do acordo internacional firmado entre o Brasil e a Opas, participarem de processo de qualificação profissional, particularmente na área de atenção básica à saúde. Os intercambistas se submetem a um processo de capacitação, no qual, também atendendo às populações desassistidas, aprendem e, porque aprendem, ensinam. Haverá, aí, um diálogo entre referidos médicos e os profissionais de saúde brasileiros. Nesse processo, ganha a população hoje sem acesso ou com precário acesso às referidas prestações básicas de saúde.
Mesmo não contemplando forma ideal de remuneração, o acordo não configura terceirização de mão de obra, nem pode ser caracterizado como autorizando hipótese de trabalho escravo. Os médicos cubanos, porque trazidos por organização internacional para o atendimento de situação especial, não se submetem à legislação trabalhista do país. Não podem, portanto, ser comparados aos médicos brasileiros ou estrangeiros que atuam entre nós, sejam eles empregados, servidores públicos ou profissionais liberais. O acordo concluído com a Opas orienta-se no sentido de dar cumprimento ao disposto na Constituição de 1988 no que se refere ao direito fundamental à saúde, particularmente das populações mais desamparadas do país.
A situação dos médicos cubanos não deve ser muito distante daquela dos médicos residentes. São, nas relações que manterão com o Brasil, intercambistas e não, empregados. São, portanto, profissionais colocados à disposição de uma organização internacional por um país membro, no caso Cuba, sendo certo que referida organização, diante de acordo internacional, encarrega-se de trazê-los ao Brasil. Não há terceirização. O programa, repita-se, não supõe a substituição de médicos brasileiros. Também não há trabalho escravo ou análogo à condição de escravo. Os médicos receberão valores próximos, inclusive, aos pagos para outros profissionais de saúde brasileiros (não médicos), superiores às bolsas de residência e, mesmo, superiores, à remuneração paga aos médicos brasileiros por alguns estados da federação.
Faltam, é fato, médicos no Brasil, como comprovam os dados apresentados pelos Ministérios da Saúde e da Educação. Há mais de mil municípios sem nenhum profissional, o que demonstra a necessidade de criação de mais cursos de medicina, particularmente nas regiões Norte e Nordeste e, também, de mais vagas nas escolas de medicina já existentes. Isso tudo, evidentemente, sem descurar da qualidade dos cursos. Deve o Estado, também, levar condições adequadas ao exercício da medicina. Sem estrutura suficiente, tudo fica muito difícil. Os médicos brasileiros têm razão quando reclamam da precariedade dos equipamentos de saúde. Ou seja, o problema do país não será resolvido apenas com mais médicos, reclamando, mais do que isso, políticas públicas permanentes e arrojadas. O Estado brasileiro, ao que parece, finalmente, está acordando para isso.
Do pondo de vista estritamente jurídico, sem expressar nenhum juízo de valor a respeito da bondade da medida, cumpre reconhecer a possibilidade, sempre nos termos do acordo internacional referido e apenas para satisfação de seus objetivos, do exercício da profissão pelos médicos intercambistas sem a necessidade da submissão ao Exame Revalida. Basta a existência de lei ou ato normativo com força de lei dispondo nesse sentido. A condição especial desses profissionais justifica a circunstância. Sua permanência é por tempo limitado, com atuação circunscrita. Os aprovados no Revalida, ao contrário, exercerão a profissão de modo permanente. No caso dos médicos cubanos, há medida provisória, que no caso parece ser justificável, cuidando do assunto. Aliás, o legislador poderia mesmo, se assim recomendasse o interesse público, reconhecer automaticamente, para autorizar a prática médica no Brasil, os diplomas conferidos por universidades estrangeiras, de alguns países em especial, sem que isso, em princípio, configurasse inconstitucionalidade. Claro que o melhor caminho é a submissão dos estrangeiros a um exame prévio. Mas essa é uma questão que incumbe ao legislador decidir. A Constituição não cuida do assunto.
Por óbvio, a atuação dos médicos cubanos deve ser fiscalizada pelo Estado brasileiro, pela Opas e, em especial, pelos Conselhos Regionais e Federal de Medicina. Importa lembrar, por fim, que os conselhos não podem recusar o registro do médico intercambista, isso em virtude da existência de ato normativo, com força de lei, dispondo sobre a sua obrigatoriedade.
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Suspeita de ilegalidade na gestão de Beto Richa na Prefeitura de Curitiba no Transporte Coletivo
8 de Setembro de 2013, 22:04 - sem comentários aindaCuritiba, 03 de setembro de 2013
Ao Exmo. Sr. Prefeito de Curitiba Gustavo Fruet,
O Relatório Parcial da Comissão de Auditoria do Transporte Coletivo apresenta provas contundentes que evidenciam sérias ilegalidades na licitação do transporte ocorrida em 2009 / 2010, em Curitiba, na gestão do então prefeito Beto Richa e Luciano Ducci.
As diferenças entre o texto analisado pelo jurídico da URBS e o edital publicado pela comissão de licitação, ignorando a orientação de não continuidade do processo, apontam para uma manipulação das regras do certame para impedir a concorrência e direcionar o seu resultado.
Esse foi exatamente o conteúdo das denúncias realizadas à época pelos movimentos sociais e populares, que ajuizaram uma ação popular requerendo a nulidade da licitação. O resultado desta ação, como é de conhecimento do Senhor Prefeito, é surpreendente, pois os autores foram condenados por “litigância de má fé” e, mesmo frente a tantas evidencias, os réus foram absolvidos, restando agora recursos ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Diante do exposto, nos dirigimos ao Senhor Prefeito para exigir que a justiça seja reestabelecida em nossa cidade e que todas as providências sejam tomadas para reverter as ilegalidades cometidas nesse processo pela administração anterior, quais sejam:
1 – Suspensão de todos os servidores envolvidos na publicação do edital de licitação, para apuração de responsabilidades através de um processo administrativo, com a nomeação de Comissão de Sindicância;
2 – Anulação imediata da licitação do Transporte Coletivo Urbano de Curitiba de 2009 / 2010.
3 – Mudança no pólo na ação judicial nr.10546/2010 que tramita perante a 3ª. Vara da Fazenda Pública, Falências e Recuperações Judiciais, de réu para a parte autora da Prefeitura Municipal de Curitiba e da Urbs – Urbanização de Curitiba S/A somando esforços para a revisão da sentença;
4 – Denúncia das ilegalidades ao Ministério Público, para abertura de investigação administrativa e criminal;
Requeremos ao Senhor Prefeito o atendimento integral de nossas reivindicações e, desde já, asseguramos apoio dos movimentos sociais e populares às ações desta administração no tocante apontado neste documento.
Atenciosamente,
Plenária Popular do Transporte
SINDIURBANO-PR Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná
SENGE – Sindicato dos Engenheiros do Paraná
Veja o Relatório Parcial da Comissão de Auditoria do Transporte Coletivo, CLIQUE AQUI
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Partidos dos Trabalhadores do Paraná realiza debates entre os candidatos à presidência
8 de Setembro de 2013, 22:04 - sem comentários aindaO PT do Paraná realiza nos dias 13 e 14 de setembro, em Curitiba e Ponta Grossa, os primeiros debates entre os candidatos a presidente estadual do partido. Todos os filiados, militantes, dirigentes e lideranças petistas da Região Metropolitana de Curitiba e dos Campos Gerais estão convidados para participar dos debates e conhecer as propostas dos candidatos.
Os debates vão reunir os quatro candidatos à presidência do PT-PR: deputado estadual Enio Verri, candidato à reeleição pela chapa “O Partido que Muda o Brasil”, é o candidato da situação; deputado federal Dr. Rosinha, chapa “Por um novo ciclo da revolução democrática no Paraná”; jornalista Roberto Elias Salomão, chapa “Constituinte, Terra, Trabalho, Soberania” e engenheiro Ulisses Kaniak, chapa “Luta Socialista”.
Os três últimos são os candidatos da oposição, que entendem que o PT do Paraná deve ser oxigenado, mais ligado aos movimentos sociais, sindicais e estudantil, mais democrático, menos pautado pelo governo ou por mandatos parlamentares e com menos alianças apenas eleitoreiras.
Em Curitiba, o debate será no dia 13 (sexta-feira), a partir das 19 horas, no Hotel Petras (Al. Júlia da Costa, 340, São Francisco). Em Ponta Grossa, o encontro ocorre no dia 14 (sábado), às 9h, na Câmara dos Vereadores (Av. Visconde de Taunay, 880, Ronda).
Ocorrerão oito debates em todas as regiões do Paraná, quatro em setembro e quatro em outubro.
As eleições internas do PT ocorrem no dia 10 de novembro. Serão eleitas as novas direções de zonais, diretórios municipais, estaduais e nacional, além dos Conselhos Fiscais, Comissões de Ética e delegados.
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A carta da Amazônia
8 de Setembro de 2013, 22:04 - sem comentários aindaDo Blogoosfero
As entidades e movimentos da sociedade civil presentes no 1º AmazonWeb, realizado nos dias 1 e 2 de setembro e no III Fórum da Internet no Brasil realizado nos dias 3, 4 e 5 do mesmo mesmo, na cidade de Belém, vêm a público declarar:
O modelo de governança da Internet no Brasil, conduzido pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil – CGI.BR, é referência para comunidade internacional como sistema eficiente e representativo da multi setorialidade composta pelos diversos segmentos da sociedade brasileira.
O método de governança do CGI produz coesão em torno de políticas para avanço quantitativo e qualitativo da Internet no Brasil e tem como referência os valores expressados em seu decálogo de princípios construídos consensualmente por todos os setores. O AmazonWeb apóia o modelo brasileiro de governança e reconhece a legitimidade do CGI na sua missão institucional.
O “Marco Civil da Internet” é um projeto de lei que visa a consolidar direitos, deveres e princípios para a utilização e o desenvolvimento da Internet no Brasil. A iniciativa partiu da percepção de que o processo de expansão do uso da Internet por empresas, governos, organizações da sociedade civil e por um crescente número de pessoas colocou novas questões e desafios relativos à proteção dos direitos civis e políticos dos cidadãos. É crucial o estabelecimento de condições mínimas e essenciais para que a Internet continue livre e aberta e permita a inovação contínua, o desenvolvimento econômico e político e a emergência de uma sociedade culturalmente vibrante.
Defendemos a imediata aprovação do relatório do marco civil da internet que garante a neutralidade da rede, essencial para o livre desenvolvimento da internet, das tecnologias a ela relacionadas e à garantia da liberdade de expressão nos meios digitais.
Apoiamos o desenvolvimento nacional de tecnologias livres de comunicação que permitem a livre conexão entre cidadãos, a segurança na rede, privacidade dos dados e soberania tecnológica de nosso país. Por isso apoiamos o desenvolvimento das redes sociais federadas, livres e descentralizadas, baseadas em software livre e de código aberto. Nesse sentido, apoiamos o Blogoosfero.cc, plataforma livre e soberana de comunicação desenvolvida em software livre nacional.
Compreendemos a importância da inclusão digital para o desenvolvimento de uma nação livre e soberana e para a garantia do acesso à internet de qualidade como direito humano, por isso exigimos do Governo do Pará a reavaliação do programa “Navega Pará” para sua ampliação de forma séria e comprometida com a garantia de repasse de recursos para sua viabilidade técnica, implementação com sustentabilidade, garantindo a inclusão digital em todos os municípios e para as populações tradicionais como quilombolas, indígenas, ribeirinhos, entre outros.
Apoiamos também à ação popular mantida pelo autor substituto, o sociólogo Domingos Conceição, contra o “convênio” entre a Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa) e a TV Liberal, afiliada da Rede Globo, no Pará. Assim, os ativistas digitais, lideranças dos movimentos sociais e demais participantes do 1º AmazonWeb referendam o pensamento de que a sentença proferida na 21ª vara cível do Estado do Pará, ignorou argumentos importantes que deixam claro nos autos do processo que a relação entre a Funtelpa e a TV Liberal não se trata de convênio e sim de um contrato disfarçado. Esse “convênio” é um escândalo e um desrespeito à sociedade paraense, portanto exigimos a conclusão do processo de apuração – legal, administrativa e política do caso e respeite o verdadeiro caráter público da TV Cultura do Pará.
Conclamamos todos os movimentos da sociedade civil a um engajamento mais efetivo na defesa da campanha em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Livre, que visa regulamentar artigos que tratam da comunicação social e que são fundamentais para assegurar o soberano direito à informação.
A multinacional Amazon.com, empresa estadunidense de vendas online, pediu o registro do domínio .AMAZON na rede mundial de computadores. O pedido foi feito à ICANN, sigla em inglês para Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, responsável pela coordenação global do sistema de identificadores exclusivos da Internet, entre eles endereços numéricos e os respectivos nomes de domínio.
A aprovação deste pedido significará o domínio exclusivo da empresa, privando interesses de brasileiros, peruanos, bolivianos e demais países que compõem a Amazônia Global, do direito de registrar na Internet qualquer site cujo nome termine em .AMAZON. Na prática, significa que uma organização dos países da Amazônia Global só conseguirá registrar um site com o final .AMAZON se tiver autorização prévia da empresa Amazon Inc, Assim, endereços como “www.manaus.amazon”, “www.river.amazon”, “www.acai.amazon”, “www.ianomani.amazon”. “www.qualquercoisa.amazon” seriam exclusivos da empresa detentora deste domínio de primeiro nível. Além disso, a empresa estadunidense fez o pedido do registro em várias línguas.
Em repúdio à tentativa de privatizar o domínio .amazon, apoiamos a campanha “Nossa Amazônia” e conclamamos a todos que assinem a petição online, que reúne assinaturas dos brasileiros contrários ao registro, disponível no endereço http://www.nossaamazonia.org.br.
Por fim, queremos expressar nosso mais profundo descontentamento com o fato de que a comunicação via internet em nossa região, seja a mais precária e com menor infraestrutura do país, chegando ao absurdo de custar mais de dez mil reais, um simples link de 1mb, em municípios do arquipélado do Marajó e da transamazônica, só pra citar como exemplos.
Essa realidade precisa ser mudada urgentemente e por isso, reivindicamos que o governo federal, o governo do Estado do Pará e o Comitê Gestor da Internet possam intervir e mudar essa condição a que estamos submetidos na amazônia, pois consideramos que sem a inclusão digital, continuaremos mais excluídos do que já somos.
Belém, 05 de Setembro de 2013.
Assinam:
CUT-PA
CTB-PA
FNDC-PA
SUCESU- PA
SINDPD-PA
BARÃO DE ITARARÉ-PA
REVISTA PZZ
ASL-PA
PARATODOS
UNE
UJS
KIZOMBA
COLETIVO FORA DO EIXO-PA
MOCAMBO
FÓRUM DE MULHERES DA AMAZÔNIA PARAENSE
MOCAMBO
NUP@M – NÚCLEO DE PRODUÇÃO AMAZÔNICA
INTERVOZES – COLETIVO BRASIL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CUT-RJ
SINDIPETRO-RJ
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Nova enquete: quem vencerá o governador Beto Richa em 2014?
8 de Setembro de 2013, 18:03 - sem comentários aindaNova enquete do Blog do Tarso: quem vencerá o governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2014, a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (Partido dos Trabalhadores) ou o senador Roberto Requião (MDB velho de guerra)?
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Leitores querem Osmar Dias ou Tadeu Veneri como vice de Gleisi ou Requião
8 de Setembro de 2013, 18:03 - sem comentários aindaNa penúltima enquete do Blog do Tarso os leitores escolherem para vice de Gleisi Hoffmann (PT) o ex-senador Osmar Dias (PDT) ou o deputado estadual Tadeu Veneri (PT).
O resultado final da enquete sobre o vice do senador Roberto Requião (PMDB) é o seguinte:
Osmar Dias (PDT) | 156 | 26% | |
---|---|---|---|
Tadeu Veneri (PT) | 85 | 14% | |
Ratinho Junior (PSC) | 82 | 14% | |
Orlando Pessuti (PMDB) | 37 | 6% | |
Doutor Rosinha (PT) | 36 | 6% | |
Angelo Vanhoni (PT) | 36 | 6% | |
Joel Malucelli (PSD) | 28 | 5% | |
André Vargas (PT) | 23 | 4% | |
Jorge Samek (PT) | 23 | 4% | |
Doutora Clair (Rede) | 20 | 3% | |
João Arruda (PMDB) | 17 | 3% | |
Reinhold Stephanes (PSD) | 17 | 3% | |
Rosane Ferreira (PV) | 15 | 3% | |
Nizan Pereira (PMDB) | 10 | 2% | |
Sérgio Souza (PMDB) | 8 | 1% | |
Eduardo Sciarra (PSD) | 8 | 1% |
Ratinho Junior (PSC) ficou em terceiro nas duas enquetes, mas é impossível ele ser vice de Requião ou Gleisi.
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Pesquisa: Dilma vence ainda no primeiro turno
8 de Setembro de 2013, 18:03 - sem comentários ainda
Pesquisa Vox Populi de sexta-feira (6) divulgada pela melhor revista semanal do Brasil, a Carta Capital, mostra a presidenta Dilma Rousseff (PT) com 38%, Marina Silva (Rede ou PV) com 19%, Aécio Neves (PSDB) 13% e Eduardo Campos (PSB) 4%. A oposição soma apenas 36% e perdem ainda no primeiro turno.
A vantagem de Dilma sobre Marina mais do que dobrou, era de 9% e agora é de 19%.
Veja acima o pronunciamento de Dilma de ontem, o dia da independência.
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