Renan Calheiros, velha mídia e regulação
14 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda
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A Globo e a Veja a adoram. Você conhece a cubana Yoani Sánchez?
14 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaA blogueira cubana Yoani Sánchez, do blog Generación Y, chegará ao Brasil dia 18 de fevereiro próximo. Ela é a queridinha de toda a mídia golpista mundial, e no Brasil em especial é venerada pela Rede Globo, a revista Veja e toda a direita brasileira. Nos Estados Unidos a CNN e a Time a adoram. Para muitos ela não passa de uma agente estadunidense infiltrada para desestabilizar o governo socialista cubano.
Uma pesquisa no Alexa, que ranqueia a internet no mundo, confirma que seu blog não é tão influente, apesar dos enormes recursos técnicos de que dispõe. Inclusive com a estranha tradução “voluntária” para 21 idiomas. O domínio do seu blog é mantido pela empresa Godaddy, uma das empresas contratadas pelo Pentágono na ciberguerra propagandista da atualidade. Dessa forma, a blogueira tem acesso preferencial às tecnologias norteamericanas que o bloqueio proíbe para Cuba.
Em Cuba não há miséria e há saúde e educação para todos. Mas Yoani, que se diz “apolítica”, quer instaurar o capitalismo na ilha.
Yoani goza de condições de vida materiais privilegiadas quando comparadas às da imensa maioria de seus compatriotas. Ela diz passar fome, mas é frequentadora de restaurantes de primeiro nível. Desde que virou a representante do capitalismo na ilha, a blogueira já foi retribuída com mais de 250 mil euros no total.
Mantém estreita relação com a diplomacia estadunidense em Cuba. Assim demostrou uma mensagem classificada como secreta emitido pela SINA (Secretaria de Interesses Norte Americanos) e publicado pelo Wikileaks.
Uma análise dos dados da conta Twitter da blogueira cubana revela que cerca de 50 mil seguidores de Yoani são contas fantasmas ou inativas, que criam a ilusão de que a blogueira cubana goza de uma grande popularidade nas redes sociais. Dos mais de 390 mil seguidores da conta @yoanisanchez, quase 100 mil são “ovos” (perfis sem foto) ou revestem-se com características de contas fantasmas com uma atividade inexistente na rede. Ela diz que tuíta via SMS, sem acesso à rede, mas segue mais de 80 mil pessoas, o que é impossível só por SMS. Um acesso diário à rede é indispensável para tanto.
Yoani Sánchez envia, em média, 9,3 mensagens de texto via celular por dia, cerca de 400 mensagens ao mês, que representam 400 CUC (equivalente a dois anos de salário mínimo em Cuba) e uns 25 mil euros mensais, ou seja, 300 mil euros por ano. Qual é a procedência dos recursos necessários para essas atividades?
Yoani não tem nada de “jornalista independente”. Seus vínculos com o governo dos EUA são amplamente conhecidos. O Wikileaks, em 9/4/09, informa que o chefe da SINA, Jonathan Farrar, escreveu ao Departamento de Estado: “Pensamos que a jovem geração de dissidentes não tradicionais, como Yoani Sánchez, pode desempenhar papel em longo prazo em Cuba pós-Castro”. Ele ainda aconselha o governo dos EUA a aumentar os subsídios financeiros à blogueira “independente”.
Anualmente, o Departamento de Estado dos EUA destina cerca de 20 milhões de dólares para incentivar a subversão contra o governo cubano. Nos últimos anos, boa parte deste “subsídio” é usada para apoiar “líderes” nas redes.
A blogueira é colaboradora do Instituto Millenium no Brasil, financiado pelos grupos midiáticos Estado de São Paulo, Abril e RBS, entre outras empresas.
Em 6 de novembro 2009, Yoani disse em seu blog que foi sequestrada pelo governo por 25 minutos e que sofreu “golpes e empurrões”, que colocaram um “joelho sobre o seu peito”, que a golpearam “nos rins e na cabeça” e que estava cheia de “marcas roxas”. Três dias depois, ela convocou a imprensa internacional para denunciar o que lhe havia feito. Só não esperava que essa imprensa, supostamente hostil a Cuba, pedisse para ver as tais marcas. Resumindo: não havia marca alguma. Yoani apareceu na coletiva sem qualquer traço de agressão no corpo, não soube explicar como as manchas sumiram e não apresentou qualquer testemunha.
Sobre Yoani recomendo o blog cubano La Pupila Insomne de Iroel Sánchez Espinosa. Ver ainda os seguintes textos:
- “Yoani Sánchez: la hija de PRISA”. Enrique Ubieta Gómez.
- “Si los blogs son terapéuticos. ¿Quién paga la terapia de Yoani Sánchez?” Norelys Morales Aguilera.
- “Cibercomando y ciberdisidentes, más de lo mismo”. Rosa Miriam Elizalde.
- “Las omisiones de la bloguera de moda, Yoani Sánchez” Gianni Miná.
- “Yoani Sánchez: ¿Romance a la polonesa?” M. H. Lagarde.
- “De nuevo los medios españoles y Yoani Sánchez”. Antonio J. Antón
- “Sorprendida Yoani en plena faena mercenaria” M. H. Lagarde.
- “La corta noche de los cuchillos largos” Yoani Sánchez.
- “Yoani Sánchez: Del periodismo ciudadano al terrorismo mediático”. Idelfonso González.
- “Yoani Sánchez: Del toque de sartén a los cuchillos largos” M. H. Lagarde.
- “Yoani and Company, bajo la presión del águila” M. H. Lagarde.
- “Quién le paga a la “extraordinaria” mercenaria Yoani Sánchez” M. H. Lagarde.
- Yoani Sánchez y la blogosfera color camuflaje” M. H. Lagarde.
- “Usa Yoani iglesia católica en Santiago de Cuba para esparcir propaganda subversiva”. M. H. Lagarde.
- “Yoani cuarto lugar en encuesta Cambios” M. H. Lagarde.
- “Representantes de Yoani al borde del ataque de nervios” M. H. Lagarde.
- “Las mentiras de Yoani Sánchez” M. H. Lagarde.
- “Irán y los llamados a la subversión en Cuba” M. H. Lagarde.
- “Yoani Sánchez: ¿nostalgias polacas?” M. H. Lagarde.
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Comitê estadunidense critica Poder Judiciário brasileiro por censura às mídias digitais
14 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), dos Estados Unidos da América, divulgou em Nova York seu relatório anual “Ataques à Imprensa” no qual critica o Poder Judiciário do Brasil, que aceita requerimentos de empresários e políticos para censurar a mídia na internet. No relatório há em outras partes alguns equívocos e exageros, mas ele acerta na mosca quando trata dos políticos e do Poder Judiciário brasileiro.
Essa censura afeta a velha mídia mas, principalmente, os blogs progressistas e independentes. Veja parte do relatório, que inclusive cita jornalista da Gazeta do Povo que foi ameaçado e teve que deixar o país:
A censura judicial permaneceu um problema no Brasil, onde empresários, políticos e funcionários públicos entraram com centenas de ações judiciais alegando que jornalistas críticos ofenderam sua honra ou invadiram sua privacidade, mostrou a pesquisa do CPJ. Os querelantes tipicamente procuram ordens judiciais para impedir que jornalistas publiquem qualquer outra informação sobre eles e para retirar do ar materiais disponíveis online. No primeiro semestre de 2012, de acordo com o Google, os tribunais brasileiros e outras autoridades enviaram à empresa 191 ordens judiciais para a remoção de conteúdo.
“Tais ações judiciais minam a democracia e a imprensa do país, e criam um clima de insegurança legal que, de certa forma, se reflete na qualidade da cobertura de questões de interesse público”, declarou König ao CPJ.
Apenas para falar do Blog do Tarso. O deputado federal Fernando Francischini (ex-PSDB, atual PEN) censurou o Blog do Tarso por meio de notificação extrajudicial. O deputado-delegado também já ameaçou o autor do Blog do Tarso, conforme notícia divulgada para todo o Brasil por Paulo Henrique Amorim: Paulo Henrique Amorim chama Francischini de deputado “obscuro e valentão” ao citar ameaça contra o Blog do Tarso.
Recebi também multa de R$ 106 mil do TRE/PR, a pedido do ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB), com o claro intuito de intimidar e tentar calar o blogueiro, veja aqui. Sem falar de outros blogueiros censurados aqui no Paraná como Esmael Morais e Luiz “Polaco Doido” Skora, e outros por todo o Brasil.
Quando os políticos e o Poder Judiciário brasileiro vão conhecer (e entender) o que é liberdade de expressão?
Tarso Cabral Violin – autor do Blog do Tarso, advogado em Curitiba e professor de Direito Administrativo
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Privatização dos presídios faz o crime compensar – Marcelo Semer
14 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaNo Blog do Marcelo Semer
Já faz tempo o Brasil tem constatado um enorme crescimento de sua população carcerária, a quarta no mundo.
Desde a vigência da Lei dos Crimes Hediondos, o número de presos praticamente dobrou no país e vem se expandindo com a última legislação de entorpecentes.
O aumento expressivo desta massa carcerária em nada diminuiu os índices da criminalidade, mas agora pode representar um negócio altamente lucrativo para alguns, o encarceramento privado.
Vendido como o padrão inglês, de grande eficiência e alta tecnologia, a penitenciária mineira de Ribeirão das Neves inaugura este equívoco institucional.
O Estado não vai deixar de pagar para custear os presos. Os empresários é que vão passar a ganhar com as prisões, em valor por condenado –um estímulo e tanto para que elas continuem sempre crescendo. Trocaremos, enfim, salários por lucros.
O que está em questão não é apenas o esvaziamento do Estado em uma de suas mais importantes funções, mas também a ideia desvirtuada de que o crime compensa, ainda que para o carcereiro.
Não podemos criar um mercado que dependa das prisões, sob pena de acabarmos nós mesmos na dependência delas.
A divulgação da parceria enfatizou que a empresa não lucrará com o trabalho dos presos, regra dispensável diante da disciplina contrária da lei federal. Mas mencionou que a própria contratada seria responsável por fornecer assistência jurídica aos detentos –um evidente conflito de interesses, que colide ainda com a competência constitucional da Defensoria Pública.
A execução da pena é tarefa estatal, na qual tomam parte inúmeros agentes públicos e deve ser obrigatoriamente supervisionada pelo Judiciário. Presos não são objetos contratuais, mas sujeitos de direitos –ainda que boa parte destes, verdade seja dita, continuem desrespeitados. Não há porque supor que serão mais respeitados pelo mercado.
O caráter público da prisão, do julgamento e da aplicação da pena são princípios básicos da constituição de nosso Estado. São tarefas indelegáveis, que não se transmitem por contratos ou subempreitadas –como caçadores de recompensas ou oficiais privados de condicional de Estados norte-americanos.
A depreciação de importantes serviços públicos ao longo de décadas de abandono abriram espaços ocupados pela iniciativa privada, especialmente nos casos da educação e na saúde, que acabou entregue ao mercado das seguradoras.
As fissuras na previdência pública vitaminaram recentemente o mercado para as instituições financeiras.
Mas há limites aos quais não se deve ultrapassar, sob pena de se perder por completo a noção de Estado, como já se abala com a progressiva privatização dos serviços de segurança.
Que faremos em sequência, contrataremos mercenários para garantir as fronteiras?
Marcelo Semer
É juiz de direito em SP e escritor. Ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia. Autor do romance Certas Canções (7 Letras). Responsável pelo Blog Sem Juízo
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O encontro de Lampião com Eike Batista (El Efecto)
14 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaMuito boa a música “O encontro de Lampião com Eike Batista”, da Banda El Efecto, sobre a tentativa de Eike comprar Lampião. Parece um Rock-Baião. Uma crítica ao capitalismo, às privatizações, à elite que parece cordial e transparente mas é bem diferente. Algumas partes da letra:
“Duas coisas bem distintas, uma é o preço outra é o valor”
“Calangada arreda o pé que agora isso é de Eike Batista”
“Sou homem civilizado não gosto de violência, trago papel assinado, prezo pela transparência”
“A terra é de fato minha, o governo fez leilão. Eu que dei o maior lance, ganhei a licitação. Não sou nenhum trapaceiro, o que é meu é de direito”
“Hay que, eike resitir!”
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Tarso Genro desprivatiza estradas no RS
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO governo do Rio Grande do Sul de Tarso Genro (PT) não está renovando os contratos de concessão das estradas assinados por governadores neoliberais no passado. Com isso, os pedágios comunitários de Portão, Campo Bom e Coxilha serão transferidos para a recém criada Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) a partir de amanhã (15). Todos os demais contratos que vencerem, eles não serão renovados e a concessão também será repassada à EGR.
Parabéns ao governador Tarso Genro. A partir de agora o lucro com os pedágios serão de todos os gaúchos, e não apenas das grandes empresas concessionárias.
Enquanto isso, aqui no paraná o governador Beto Richa (PSDB) estuda a extensão dos atuais contratos com as concessionárias, que cobram tarifas de pedágios altíssimas.
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PT, PMN e PPS são os únicos partidos que foram contra superaposentadoria
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO desembargador José Aniceto do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) negou conceder liminar requerida pelos deputados estaduais Nelson Garcia (PSDB) e Duílio Genari (PP) em mandado de segurança para que a Assembleia Legislativa do Paraná fosse obrigada a conceder superaposentadorias complementares aos parlamentares (R$ 17 mil).
Apenas o PT, do PMN e do PPS têm deputados estaduais que não assinaram o abaixo-assinado favorável às superaposentadorias.
Veja a lista de deputados estaduais que pediram para a Assembleia manter a superaposentadoria especial, que vão para a Lista Proibida do Blog do Tarso:
Adelino Ribeiro (PSL)
Ademar Traiano (PSDB)
Ademir Bier (PMDB)
Anibelli Neto (PMDB)
Artagão Júnior (PMDB)
Caíto Quintana (PMDB)
Cleiton Kielse (PEN)
Duílio Genari (PP)
Élio Rusch (DEM)
Evandro Júnior (PSDB)
Fábio Camargo (PTB)
Fernando Scanavacca (PDT)
Gilberto Ribeiro (PSB)
Gilson de Souza (PSC)
Hermas Brandão Júnior (PSB)
Jonas Guimarães (PMDB)
Luiz Accorsi (PSDB)
Luiz Cláudio Romanelli (PMDB)
Mara Lima (PSDB)
Mauro Moraes (PSDB)
Nelson Garcia (PSDB)
Ney Leprevost (PSD). Depois se arrependeu e pediu para retirar sua assinatura do pedido
Pastor Edson Praczyck (PRB)
Roberto Acioli (PV)
Rose Litro (PSDB)
Stephanes Júnior (PMDB)
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PT, PMN e PPS foram os únicos partidos que foram contra superaposentadoria
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO desembargador José Aniceto do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) negou conceder liminar requerida pelos deputados estaduais Nelson Garcia (PSDB) e Duílio Genari (PP) em mandado de segurança para que a Assembleia Legislativa do Paraná fosse obrigada a conceder superaposentadorias complementares aos parlamentares (R$ 17 mil).
Apenas o PT, do PMN e do PPS têm deputados estaduais que não assinaram o abaixo-assinado favorável às superaposentadorias.
Veja a lista de deputados estaduais que pediram para a Assembleia manter a superaposentadoria especial, que vão para a Lista Proibida do Blog do Tarso:
Adelino Ribeiro (PSL)
Ademar Traiano (PSDB)
Ademir Bier (PMDB)
Anibelli Neto (PMDB)
Artagão Júnior (PMDB)
Caíto Quintana (PMDB)
Cleiton Kielse (PEN)
Duílio Genari (PP)
Élio Rusch (DEM)
Evandro Júnior (PSDB)
Fábio Camargo (PTB)
Fernando Scanavacca (PDT)
Gilberto Ribeiro (PSB)
Gilson de Souza (PSC)
Hermas Brandão Júnior (PSB)
Jonas Guimarães (PMDB)
Luiz Accorsi (PSDB)
Luiz Cláudio Romanelli (PMDB)
Mara Lima (PSDB)
Mauro Moraes (PSDB)
Nelson Garcia (PSDB)
Ney Leprevost (PSD). Depois se arrependeu e pediu para retirar sua assinatura do pedido
Pastor Edson Praczyck (PRB)
Roberto Acioli (PV)
Rose Litro (PSDB)
Stephanes Júnior (PMDB)
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Cade investiga cartel em licitações para serviços de TI
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaA Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai investigar um suposto cartel em licitações públicas de órgãos e empresas sediados no Distrito Federal para a contratação de serviços terceirizados de Tecnologia da Informação (TI). Segundo nota divulgada pelo órgão, a Superintendência instaurou processo administrativo para apurar indícios de que sete empresas e dez executivos do setor teriam trocado informações para fixar preços e ter vantagens nessas licitações, dividindo o mercado de TI no DF.De acordo com o Cade, documentos apresentados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contêm indícios de que os acusados mantinham “intensa comunicação entre si” após a publicação dos editais. Além de verificarem se a licitação já “estava encaminhada” para alguma das empresas participantes do suposto cartel, as mensagens eletrônicas também abordavam informações comerciais consideradas sensíveis, como preço, cliente e as condições de participação nos processos licitatórios.Segundo a Superintendência, a atuação do suposto cartel teria prejudicado órgãos e empresas públicas federais e distritais. Os acusados serão notificados e terão até 30 dias para apresentarem suas defesas.
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Hoje faleceu Ronald Dworkin
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaNa madrugada de hoje, aos 81 anos, faleceu em Londres por leucemia, Ronald Dworkin.
Dworkin era estadunidense, e se destacou como filósofo do direito e constitucionalista, professor da New York University e University College London.
Estudei muito Dworkin no mestrado na UFPR, sobre hermenêutica e interpretação dos princípios constitucionais.
Uma grande perda para o Direito!
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Iniciativa privada não pode ser exemplo para a Administração Pública
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaÉ um erro crasso a esquerda, ou a centro-esquerda, apoiar que exemplos da iniciativa privada sejam utilizados na Administração Pública. É chamado de neoliberalismo-gerencial a tentativa de implementação da Administração Pública gerencial no âmbito da Administração federal. O ápice do gerencialismo-neoliberal ocorreu durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002), com:
a) Privatizações em sentido estrito (venda das empresas estatais);
b) Privatizações em sentido amplo (concessões de serviços públicos, repasse da gestão de aparelhos estatais sociais para as organizações sociais – OS);
c) Criação de agências reguladoras independentes, com mandato fixo dos seus dirigentes que ultrapassam o mandato do presidente da República;
d) Meritocracia no âmbito dos servidores públicos, criando competição entre eles;
e) simplificação de procedimentos que ao invés de aprimorar a burocracia, acabam gerando mais corrupção, mais nepotismo, mais clientelismo. Ou seja, um retorno ao patrimonialismo.
Por que a iniciativa privada não pode ser exemplo para a Administração Pública? Simples.
Na iniciativa privada existe tanta corrupção quanto na Administração Pública. Além disso, quem corrompe a Administração Pública é a iniciativa privada, que é o corruptor. É o neoliberalismo-gerencial que quer que acreditemos que a iniciativa privada é menos corrupta.
A iniciativa privada não é mais eficiente do que a Administração Pública. Milhares de empresas privadas fecham suas portas todos os anos por má gestão. Hospitais privados com dívidas por não conseguirem sobreviver sem fartos recursos públicos. Bancos privados que necessitam de dinheiro público para não falirem. O Tribunal de Contas de São Paulo entendeu que a privatização da saúde no estado por meio das OS fez com que o atendimento fosse menos eficiente e mais caro. Os exemplos são vários.
As agências independentes com mandato fixo levam os técnicos se sobreporem aos políticos, o que subverte totalmente os ensinamentos de Max Weber. Além de ser totalmente antidemocrtático um presidente eleito não poder escolher os dirigentes das agências após vencer uma eleição.
A meritocracia também é um erro. A competição dentro da iniciativa privada leva a trabalhadores cada vez mais explorados, mais estressados, com mais doenças físicas e psicológicas e menos felicidade. Ou alguém acha que os trabalhadores de hoje, em empresas cada vez mais competitivas, são mais felizes? Ler sobre o tema o livro sobre os princípios dos servidores públicos da Ministra do STF, Cármen Lúcia Antunes Rocha. Altas taxas de suicídio, depressão, câncer, matanças realizadas por ensandecidos. Vivemos num mundo cada vez melhor? Não sou contra uma Administração Pública eficaz. Mas para isso não é necessária a implementação da neurose da iniciativa privada. É necessário o fortalecimento dos instrumentos de controle sobre a Administração Pública, principalmente o controle social. Somente com uma democracia participativa, direta, com a população controlando o poder público, poderemos implementar uma Administração Pública mais profissional e eficaz.
E o “jeitinho” do gerencialismo-neoliberal, com o intuito de fuga dos concursos públicos e das licitação, também deve ser combatido. Os processos devem ser aprimorados, e não extintos. O controle apenas finalístico, apenas de resultados, é totalmente equivocado. Não ocorre de forma eficaz e, ao invés de aprimorar a burocracia weberiana, leva o Poder Pública para o patrimonialismo.
E quando a iniciativa privada é mais eficiente do que a Administração Pública, como regra isso é devido a muita sonegação de impostos, criação de caixa 2, exploração ao máximo do trabalhador e devastação do meio ambiente.
O capitalismo vem se deteriorando a cada dia, com a concentração de recursos em empresas gigantescas, mais fortes do que a democracia das nações, com o poder do capital se sobrepondo ao direito do trabalho e ao direito ambiental. Sindicatos cada vez mais enfraquecidos. Estados cada vez mais fracos. A saída a pequeno e médio prazo é o fortalecimento das micro e pequenas empresas, o cooperativismo (real e não fictício) com trabalhadores donos de entidades que poderiam fazer frente ao grande capital e um Estado de Bem-Estar Social radicalmente democrático.
A longo prazo são várias as saídas. Mas daí são poucas as respostas.
Tarso Cabral Violin - Tarso Cabral Violin – autor do Blog do Tarso, é professor de Direito Administrativo, mestre em Direito do Estado pela UFPR, com dissertação crítica a Administração Pública gerencial-neoliberal e autor de livros e artigos sobre Direito Público
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A favor do financiamento público de campanhas
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais talvez seja dos aspectos da reforma política o que mais gera controvérsias. Por isso, é também o que precisa ser alvo de maior esclarecimento, a fim de que seus reais objetivos cheguem ao conhecimento de toda a sociedade.
Ao contrário do que a grande imprensa recorrentemente diz em seus editoriais, a defesa da adoção do financiamento público de campanha não é feita como a proposição de uma solução mágica para todos os males da corrupção. A complexidade deste debate por si só desmantela essa possibilidade e exige que a questão seja refletida e analisada sob seus múltiplos aspectos.
Os principais argumentos utilizados contra o financiamento público, muitas vezes por falta de conhecimento, outras apenas por pura má fé, é que ele retiraria recursos que deveriam ser investidos em áreas prioritárias como Saúde e Educação, que seria um ônus a mais para o contribuinte e que representaria um esforço inútil por não impedir a utilização de outras formas de arrecadação pelos partidos e candidatos.
É difícil afirmar qualquer coisa sobre algo que não experimentamos. Mas a manutenção do sistema atual, o financiamento privado “este sim, comprovadamente eivado de distorções e marcado pela prevalência do poder econômico sobre os interesses dos cidadãos” não pode ser defendido como alternativa razoável se quisermos aprofundar a democracia e evitar que, a cada novo pleito, amplie-se o poder dos financiadores.
Vale lembrar que não estamos saindo de um modelo exclusivamente privado. Caso não houvesse o aporte de recursos públicos às campanhas, que se dá atualmente por meio do Fundo Partidário e do horário gratuito de propaganda eleitoral, os gastos dos partidos com as campanhas seriam muito maiores.
Afinal, a principal despesa das campanhas modernas em países como os EUA, por exemplo, se dá justamente com a compra de tempo de veiculação nos meios de comunicação de massa.
Ainda assim, as campanhas eleitorais no Brasil, financiadas em maior parte por grupos poderosos e grandes corporações, estão entre as mais caras do mundo.
De acordo com dados do TSE, os gastos nas campanhas têm sido decisivos na eleição de um candidato.Dos 513 eleitos para a Câmara dos Deputados, 369 foram os candidatos que mais gastaram nas campanhas de 2010. Os 513 eleitos gastaram, em média, doze vezes mais do que o restante dos candidatos.
Os gastos declarados em campanhas eleitorais saltaram de R$ 800 milhões para R$ 4,8 bilhões em oito anos.
Como bem colocou o deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator do projeto de reforma política que tramita na Câmara, “o sistema vigente cobra caro do cidadão o retorno dos recursos privados despendidos”.
Cobrança que se faz de forma lícita, quando as empresas financiadoras embutem este “gasto” no preço de seus produtos, ou de forma ilícita, quando se estabelecem relações de interdependência entre parlamentares ou governos e determinados interesses privados.
É importante ressaltar que essa questão engloba não apenas o financiamento dos partidos políticos, mas também o alcance de uma representação mais democrática. O modelo atual fragiliza a democracia ao permitir que partidos e candidatos vinculados às elites econômicas tenham vantagem sobre os demais.
O financiamento público teria o efeito de equalizar essas diferenças, uma vez que todos passariam a dispor da mesma quantidade de recursos, e de levar a disputa para o campo realmente propositivo, da discussão de ideias e projetos que possam oferecer soluções aos problemas concretos da população.
Porém, o mais importante desta questão diz respeito à transparência, já que quando se trata de recursos públicos, a possibilidade de controle e fiscalização é muito maior tanto por parte da Justiça Eleitoral como da própria sociedade.
Se de um lado as arrecadações feitas junto a pessoas físicas e jurídicas têm sido passíveis de irregularidades, como a prática de “caixa 2″, por outro, a parcela que provém do Tesouro é transparente.
Se apenas esse mecanismo será suficiente para resolver os problemas de corrupção e arrecadação irregular não se sabe, mas certamente quebrará o círculo vicioso atual e abrirá espaço para baratear as campanhas e facilitar o trabalho de fiscalização, na medida em que estabeleça teto de gastos para cada cargo em disputa e estruture um rigoroso aparato de fiscalização sobre o uso do Fundo Público Eleitoral.
O PT sempre esteve à frente desta luta e há anos vem tentando, por meio de discussões com a sociedade e das propostas apresentadas por seus parlamentares, formar consenso para viabilizar o financiamento público de campanha e a reforma do sistema político.
A oposição, por sua vez, se esforça em obstruir tais mudanças, empenhada em fazer valer os interesses das velhas elites dominantes deste país. Receiam que o financiamento público equilibre a tão desigual correlação de forças existente no sistema atual.
O financiamento público exclusivo de campanha não é uma solução mágica, mas pode, sim, ser um instrumento fundamental para o aprofundamento da democracia, diminuindo a influência do poder econômico sobre as eleições, aumentando a transparência e os mecanismos de combate à corrupção e ampliando os espaços para candidaturas comprometidas com os interesses do Brasil e dos seus cidadãos.
José Dirceu, 66, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT
Filed under: Política Tagged: financiamento público, José Dirceu
Neoliberalismo, capitalismo e os ciclos de Kondratiev
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaPor Diogo Costa, no Luis Nassif
NEOLIBERALISMO, CAPITALISMO E OS CICLOS DE KONDRATIEV – A queda do Muro de Wall Street, conhecido também como o Crash de 15 de setembro de 2008, logo suscitou análises apressadas profetizando o fim do capitalismo. Lamento, mas o neoliberalismo é apenas uma vertente do capitalismo, uma de suas faces. O capitalismo não irá perecer por conta da ruína neoliberal. Muito antes pelo contrário. Poderá seguir seu curso com mais força ainda após a purga do sistema.
Crises de grande monta não são novidades no modo de produção capitalista, centenas já aconteceram nos últimos séculos. Algumas tem intensidade maior, como as crises de 1815, 1873, 1929 e 2008, mas nenhuma delas barrou o avanço do capitalismo. Nem mesmo as crises do capital fictício (ações nas bolsas de valores) são novidades… Vide a Crise das Tulipas, ocorrida em 1637, na Holanda, primeira crise especulativa de grande impacto na Europa.
Pois bem, segundo o economista russo Nikolai Kondratiev, vivemos no sistema mundo capitalista o que ele denominou de ciclos econômicos, ou movimentos cíclicos de ondas longas. Ou seja, as crises fazem parte, são parte integrante do modo de produção capitalista. Vários economistas comungam das idéias de Kondratiev, dentre eles Joseph Schumpeter, Immanuel Wallerstein, Ignácio Rangel e Ernest Mandel. Se a teoria dos ciclos é correta, então não temos nos dias atuais nenhuma crise terminal do capitalismo, mas apenas um período onde o sistema busca se reequilibrar sob bases diferentes do neoliberalismo dos últimos trinta e poucos anos.
O capitalismo tornou-se o modo de produção dominante após mais de 600 anos de renhidas disputas com o feudalismo (modo de produção anterior e que foi derrotado por ele). Temos hoje um modo de produção superior ao capitalismo, pronto a ocupar o seu lugar? E não vale essa estória de “socialismo em um só país”, ou o modo de produção capitalista é substituído por outro modo de alcance global, ou não será substituído…
Notem o que dizia Karl Marx, num trecho do Prefácio de seu “Para a Crítica da Economia Política”, escrito em 1859: “Uma formação social nunca decai antes de estarem desenvolvidas todas as forças produtivas para as quais é suficientemente ampla, e nunca surgem relações de produção novas e superiores antes de as condições materiais de existência das mesmas terem sido chocadas no seio da própria sociedade velha. Por isso a humanidade coloca sempre a si mesma apenas as tarefas que pode resolver, pois que, a uma consideração mais rigorosa, se achará sempre que a própria tarefa só aparece onde já existem, ou pelo menos estão no processo de se formar, as condições materiais da sua resolução.”
Resumindo, o capitalismo não morrerá de morte morrida, e, ao que parece, o seu perecimento não acontecerá em função da crise atual, ao contrário, poderá voltar com mais força ainda após a superação do impasse que por ora presenciamos. Nenhum modo de produção é eterno, se o capitalismo levou séculos para se afirmar enquanto força dominante do sistema mundo, um dia, da mesma forma, também sucumbirá. Só não sabemos ainda quando e qual será o outro modo de produção que irá substituí-lo. A luta pela sua superação será áspera e longa. E a luta continua, afinal de contas, a velha e boa luta de classes está aí, forte, firme e aparente para quem não fecha os olhos e quer vê-la. Vê-la e entendê-la.
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Ensino e Tecnologia
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda
Vídeos retirados do Blog do Romero Tori
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Ministério Público quer suspender privatização que Aécio Neves realizou via PPP
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO Ministério Público do Estado de Minas Gerais vai entrar com uma ação civil pública na Justiça, solicitando a suspensão da cobrança de pedágios na rodovia MG-050, pois a estrada se encontra em péssimo estado de conservação. A concessionária Nascentes das Gerais recebe por um serviço que não oferece, segundo o MP: são seis pedágios, no valor de R$ 4,10 cada.
Foi no governo de Aécio Neves (PSDB), em 2007, que a MG-050 foi privatizada, a primeira rodovia estadual feita nos moldes de uma parceria público-privada – PPP. O contrato termina apenas em 2032. Informações do Hoje em Dia.
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